Ao menos 3 servidores públicos da Semsa (Secretaria Municipal de Saúde) de Óbidos (PA) irão atravessar o rio Amazonas, na próxima semana, e desembarcar em Santarém.
O destino deles é a delegacia da Polícia Federal, onde irão depor no âmbito da operação Contraste.
MPF (Ministério Público Federal) e PF deflagraram a operação no início deste mês em Óbidos, com busca e apreensão de documentos em diversos setores da Semsa. O mandato foi expedido pelo juiz Domingos Daniel Filho, da 1ª Vara Federal em Santarém.
Dois ex-titulares da Semsa já prestaram depoimento à PF: Melina Braga e Moisés Portela. Assim como Caio Amaral, farmacêutico e servidor público efetivo. Todos no ano passado.
A PF investiga a compra milionária, de cerca de R$ 12 milhões, de medicamentos e materiais hospitalares pelo prefeito Chico Alfaia (PL) em 2017.
A linha de investigação é se os valores que foram pagos às empresas que ganharam a licitação resultaram em produtos médicos distribuídos à população – no caso dos medicamentos. Ou se a expedição de notas fiscais à época foi só manobra para desviar recursos públicos.
Com o interrogatório dos 3 servidores da Prefeitura de Óbidos, a PF pretende colher mais provas sobre o suposto esquema criminoso, revelado por 2 vereadores oposicionistas no final de 2017 — Preto Sousa (PSD), hoje aliado de Chico Alfaia, e Kedson das Máquinas (MDB).
Eles nunca conseguiram criar uma CPI na Câmara, para investigar o caso por conta da maioria governista na Casa. Entre eles, Nivaldo Aquino, atual presidente da CMO.
— Sobre o caso, leia também:
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