5 perguntas. Titular da Semed responde por que Terra Santa ocupa o topo do Ideb 2017

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5 perguntas. Titular da Semed responde por que Terra Santa ocupa o topo do Ideb 2017, reginaldo gentil
Reginaldo Gentil, titular da Semed em Terra Santa

Pode-se dizer que Terra Santa, no oeste do Pará, faz parte da elite dos municípios no estado em se tratando de educação básica, o primeiro nível de ensino escolar no país.

A qualidade do ensino terrasantense foi comprovada pelo mais recente resultado do Ideb (Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico), referente a 2017.

O município cravou a nota 5.6, maior entre todas as cidades do Baixo Amazonas, inclusive à frente de Santarém (5.5), Oriximiná (4.8) e Monte Alegre (4.4) – mais populosas e mais antigas que Terra Santa.

Para saber as razões desse sucesso, o Blog do Jeso entrevistou o nº 1 da Semed (Secretaria Municipal de Terra Santa), Reginaldo Gentil, 42 anos, historiador formado na Ufam (Universidade Federal do Amazonas) com especialização em Gestão Escolar pela UFPA (Universidade Federal do Pará).

Ele, que ocupa o cargo desde 2015, ainda na gestão do ex-prefeito Marcílio Picanço, comanda uma equipe de 260 professores, lotados em 27 escolas municipais, responsáveis pelo ensino de 4.200 estudantes. 

  — 1. Na sua opinião, quais os dois fatores decisivos que levaram Terra Santa ao topo do ranking do Ideb 2017 no Baixo Amazonas?

— Reginaldo Gentil: Primeiro foi o empenho de todos os nossos professores que se doam todos os dias para uma melhor aprendizagem dos nossos alunos, ou seja, nossos professores sentiram se respeitados e valorizados. Segundo, é o apoio que a educação recebe por parte da gestão do nosso prefeito Doca Albuquerque, que tem investido em melhorias na infraestrutura e também no apoio a qualificação de nossos professores.

— 2. Para manter essa posição no alto do ranking ou subir ainda mais, alguma ação nova deve ser implementada na área educacional?

— Já reunimos com a equipe de coordenação [da Semed] e implantamos de imediato um programa chamado complementação de estudos, em que o aluno terá semanalmente no contra turno mais 5 horas de aulas. Isso fará com que ele posso obter mais conhecimento. Outras ações ainda estamos fazendo um levantamento junto ao corpo docente de todas as nossa escolas para, juntos, conseguirmos elevar ainda mais a nota de nossas escolas e do nosso município.

— 3. O salário pago aos professores em Terra Santa é um ingrediente importante nesse bolo de sucesso do Ideb 2017?

— Sim. O salário hoje em Terra Santa está obedecendo à lei do piso. Temos o nosso PCCR [Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações] que estabelece gratificações aos nossos professores. Aqueles que se deslocam para a zona rural recebem o que nós chamamos de difícil acesso, moradia, pagos pela prefeitura. É claro que essa política salarial é um fator contribui para esse sucesso, sem contar o não atraso de salários da Educação. Hoje, nossos professores recebem os seus salários em dia.

— 4. O Ideb 2017 de Terra Santa foi de 5.6. É possível chegar a quanto em 2019 se mantida essa pegada?

Nossas meta para 2019 é chegarmos a 6.2.

— 5. Secretário, que conselho o senhor daria a um colega seu, também secretário de Educação de um município com nota baixa no Ideb 2017?

— Que mobilize seus professores, buscando formações. Hoje temos uma ferramenta chamada Pnaic, muito importante para que os alunos possam estar alfabetizados na idade certa. Faça investimento na qualificação de seus professores e, acima de tudo, trate a educação com respeito, ou seja, dê melhores condições de trabalhos para os professores, investindo na infraestrutura das escolas, não atrasem salários e use o dinheiro do Fundeb com responsabilidade, como fazemos em Terra Santa, investindo onde deve ser investido, na educação.

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