Justiça retira sigilo de conversas telefônicas da operação Perfuga; ouça

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Justiça retira sigilo de conversas telefônicas da operação Perfuga; ouça, Juiz Rômulo Nogueira de Brito
Romulo Brito, juiz responsável pela Perfuga em primeira instância

Responsável pela operação Perfuga na Justiça, o juiz Rômulo Nogueira de Brito autorizou, a pedido do delegado Kleidson de Castro, a divulgação de trechos das conversas telefônicas interceptadas nas investigações sobre o caso.

Os grampos foram autorizados pela Justiça. Abaixo, ouça uma das conversas.

O delegado pautou seu pedido no “interesse público”, bem como respeito ao “princípio da publicidade”.

Ao acatá-lo, o magistrado justificou que, “proibir a divulgação” dos áudios “seria atentar contra as balizas do Estado Democrático de Direito”.

“Averiguo que manter sigilo sobre informações de interesse público seria retirar do povo um direito fundamental, indo além, digo que seria aforar uma regressão de direitos”, escreveu Rômulo Brito na sua decisão, datada no último dia 7.

PERFUGA

A operação Perfuga foi deflagrada em Santarém no último dia 7 pela Polícia Civil e Ministério Público do Pará. Ela apura crimes de peculato, falsificação de documento público, corrupção e associação criminosa. Os suspeitos, entre os quais 3 advogados, tiveram prisão preventiva, temporária e coercitiva decretada pela Justiça.

O chefe, conforme as investigações, seria o vereador Reginaldo Campos. O esquema teria causado prejuízos na ordem de 1 milhão de reais ao erário público.

Neste link, visualize o organograma da organização criminosa, feito a partir de informações da Polícia Civil e Ministério Público do Pará.

Justiça retira sigilo de trechos de conversas telefônicas da operação Perfuga, Segredo desnundado
Fac-símile da autorização do juiz para retirar o segredo de áudios da Perfuga

TRECHO

Um dos áudios liberados pela Justiça é o da conversa entre o vereador Reginaldo Campos e o chefe do Setor de Recursos Humanos da Câmara de Vereadores de Santarém, Andrews Silva.

Foi gravado no dia 21 de março deste ano, por volta das 9h30.

Reginaldo liga para saber quais de seus assessores foram beneficiados com férias. Andrews informa que Valdirene Fernandes Lopes e Mário Francisco Fialho Cabral tiveram o adicional de férias incluídos na folha de pagamento do mês de março.

Com relação as férias da servidora identificada apenas como “Vani” não haviam sido creditadas. Ele também se refere ao pagamento de Wilson.


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