Indagações do jornalista e professor santareno Manuel Dutra:
Isto é Alter do Chão, em imagem que fiz em 18 de fevereiro de 2012, pousando em Santarém. A pergunta: essa diferença de coloração entre as águas do Lago e as águas do Tapajós é natural?
Ou essa diferença já seria, de novo, a mudança de cor do Tapajós por efeito da devastação de seu leito e de seus afluentes pelas dragas dos garimpos, lá mais em cima, na direção de suas cabeceiras?
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Olhar do leitor.
É a fragilidade da situação. Alter do Chão poderá virar póde tudo investido
Gostaria de ver outras fotos tiradas nesse mesmo dia, pois para a data o nível do rio está muito cheio. A água está muito próxima das malocas!
São vários os fatores que contribuem para a poluição do outrora limpo e lindo rio Tapajós; dragagem em garimpos, construções de novos portos a montante, aumento da navegação motorizada, desmatamentos em suas margens, etc.
Mas quanto a coloração, que o professor menciona, pela data (inverno); pode ser também influência do rio Amazonas com maior vazão pela contribuição hídrica de seus tributários, que com um nível mais alto e maior peso, acaba avançando no Tapajós, inclusive pelo Canal do Jari (Arapixuna) que funciona como um sangradouro do rio Amazonas para o Tapajós.
Existe uma ilha (Ponta Grande) em frente a Ponta de Pedras, já no Tapajós que é formada por sedimentos argilosos oriundos do rio Amazonas.
Já previ que em médio prazo, com o fenômeno “terras caídas”, e o desaparecimento da Ponta Negra (desbarrancando diariamente), o belíssimo “encontro das águas” em frente à Santarém, se deslocará para a Ponta do Cururu, ou Aramanaí.
É só esperar pra ver…
O PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DE ITAITUBA, QUE ESTÁ SENDO FEITO POR UMA EMPRESA DO MATO GROSSO E PATROCINADO PELOS EMPRESÁRIOS, ORÇADO EM R$ 750 MIL REAIS. EM FEVEREIRO DE 2014, A BUNGE DEVERÁ COMEÇAR A OPERAR SEU PORTO DE TRANSBORDO DE GRÃOS EM MIRITITUBA. AS OBRAS ESTÃO BEM ADIANTADAS, INCLUSIVE DA CIDADE DE ITAITUBA, JÁ SE VER DO OUTRO LADO DO RIO TAPAJÓS, A GRANDE ESTRUTURA PORTUÁRIA ALI ERGUIDA. JÁ A CARGIL, CIANPORT E HIDROVIA DO BRASIL, ESTÃO AGUARDANDO A LIBERAÇÃO DA LICENÇA DE INSTALAÇÃO PARA COMEÇAR AS OBRAS. A LICENÇA PRÉVIA DESTAS EMPRESAS JÁ OI LIBERADA. O QUE SERA DO NOSSO TAPAJÓS ATENDENDO APENAS A INTERESSES DO AGRONEGÓCIO, ALIENÍGENA E DESTRUTIVO.
Garimpagem, esgoto, dejetos, lixo e afins. A lista de culpados é enorme: desde o ribeirinho que joga garrafa PET até os órgãos ambientais.
Este é o maior crime ambiental da bacia do Tapajós,principalmente garimpos,dragas e garimpos nos afluentes do rio.
MAIS OS GARIMPEIROS,PAGAM MENSALMENTE O MENSALINHO,,PARA A TURMAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA,E ASSIM NINGUÉM VER NADA
Tibério e Jubal,
será que já não está na hora – e já passou da hora – de começarmos uma luta para salvar esse grande e belo rio, que faz parte da nossa existência? Ou ficaremos calados, esperando sempre para reclamar depois?
Professor Manuel Dutra,
nós que vivemos aqui neste município presenciamos ainda mais de perto a degradação ambiental.
Retificando o Tibério, também contribuem em gênero, número e grau as operações garimpeiras no Tapajós, que atravessa os municípios de Jacareacanga e Maués.
Além disso posso acrescentar que o desmatamento causado pela exploração florestal deixa o solo mais desprotegido e ajuda a produzir, nos afluentes, uma quantidade de sedimentos em suspensão muito grande.
Além de que o rio Tapajós serve de esgoto natural das cidades que o margeiam.
Estou aguardando um estudo prometido (que seria encomendado pela SEMA junto a UFOPA) para determinar qual a quantidade e o poder de poluição que as dragas causam no Tapajós.
Visualmente é enorme.
Prof.
Infelizmente essa é a nova “coloração” do Rio Tapajós, cada vez mais parecido com a do Rio Amazonas.
E não é de agora !
A gente quase que cotidianamente navega por essas águas, nas duas margens (Resex e Flona) até a região de Aveiro, onde detectamos que o “fenômeno” de mudança de cor, já vem ocorrendo a mais de um ano, inclusive só piorando.
A causa principal, segundo os relatos dos moradores das duas margens, são as ações de garimpagem que vem ocorrendo de forma sistemática Rio acima, mais especificamente no Município de Itaituba.
Esse é um fenômeno que ocorre no dia a dia, sob os olhos cúmplices do Governo do Estado e dos demais Órgãos de controle e fiscalização.
Mas o mais grave é que passa “despercebido” para a maioria da população e principalmente do nosso movimento dito “ambientalista” que só “enxerga” como problema a geração de energia (hidroelétricas) vistas como inimigo do Rio Tapajós e da humanidade (sic).
Enquanto a indiferença da população persistir e os Dom Quixotes da vida lutar contra os Moinhos a Vento, o Rio Tapajós já mudou de cara e não vai demorar para mudar a cara dessa que já foi uma das mais belas regiões da amazônia.
Fazer o que ?
Tiberio Alloggio