A garota do tempo do “todopoderoso”

Publicado em por em No Salto

Fotos – Ádrio Denner
A garota do tempo do “todopoderoso”

Ela tem personalidade forte, é uma profissional qualificada, super top, sabe muito bem o que quer. É bonita. A cada pergunta ela surpreende. Me fez rir com histórias da infância dela e da vida adulta então…hahahahahaah, mas essas ficarão em off.

É a mãe do João e da Glaucinha e mulher do “todopoderoso” de Santarém, que se rendeu aos encantos e a cantoria dela.

Gláucia de Fátima Gomes da Silva, 30 anos, coleciona recalques que atrai dos quatro cantos da cidade. Bora lá conferir o bate-papo?

Menina, você cresceu na passarela. Fez cursos, participou de concursos de beleza… Me conta um pouco desse teu mundo…

Bem, na verdade meu primeiro contato com as passarelas foi com uns 8 anos de idade. Eu nasci e cresci mesmo foi amando jogar bola (futebol), e por causa desse meu gosto minha mãe tratou logo de me tornar mais feminina… rsrsrs

kkkkkkkkkkkk…. Sério? Teus pais achavam que você poderia ser homossexual?

Minha mãe acredito que não, mas meu pai tenho minhas dúvidas… hahahahaha…

kkkkkkkkkkk…

Ele pegava muita corda com o que as pessoas iam falar pra ele. Falavam para não deixar eu jogar bola, que eu podia virar… hahahhaahahhaha… Lembro que quando eu tinha 3 anos queria muito ganhar um caminhão de brinquedo, ele negava, dizia que era de menino. Minha avó, Lindalva, que mora em Itaituba, na época comprou um e me deu. Fiquei muito feliz! Quando ele chegou em casa, ficou furioso e foi tomar satisfação com ela…. kkkkkkkkkkk…

Hahahahahaha…

Ela é nordestina daquelas arretada, e disse “Mas ora, Cláucio, deixe disso! Não é um brinquedo que vai fazer minha neta deixar de ser menina, tenho certeza que ela será uma ótima motorista!” E não é que acertou!!!… hahahhahahaahaha Não confio em homens no volante! kkkkkkk…

Meninaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, bonecas, então, nem pensar, né? rs rs…

Eu lembro que meus brinquedos preferidos sempre foram bola, carrinhos… As minhas bonecas durariam a vida toda se não fosse minha irmã quebrar (rsrs), por mim ficariam enfeitando a estante do quarto. Lembro-me das fotos com os presentes de aniversário dos meus 2 anos. Eu estava rodeada por vários brinquedos, mas a bola estava lá em baixo do braço. Pelo fato de que eu era muito apegada com meu pai, até fugi de casa com 3-4 anos de idade lá em Itaituba por causa dele, mas isso é outra historinha. rs rs…

(eu morri de rir com essa história… em off)

Você era um chicletinho do teu pai.

Então, ele tinha que me levar pra bola desde cedo, e era incrível como eu me concentrava assistindo as “peladas”. Como na minha infância o preconceito era maior que hoje em dia, meu pai se incomodava bastante com os falatórios. Depois que mudamos para Santarém, por volta de 1989/1990, não demorou muito, minha mãe me matriculou na Academia Plena Forma para fazer balé e confesso que no inicio eu detestava. Aquelas músicas eram muito enjoadas pra mim, achava tão triste e deprimente…

Você então desistiu por causa da bola?

Não. Eu tive uma professora tão maravilhosa que até comecei a gostar do tal balé, a Lena. E participei de alguns festivais da Academia na Casa de Cultura e Babilônia, por exemplo. A academia passou a oferecer cursos de modelo/manequim nas férias de julho com um grande profissional chamado Wernher Botelho. Muitas meninas fizeram esse curso, era muito bom, e encerrava-se com fotos e desfiles. Apesar da minha timidez, eu gostava muito do curso. Eu era muito tímida, tinha muita vergonha de quase tudo, era de poucas palavras. Até pra abrir a geladeira da minha saudosa avó eu tinha vergonha de pedir. A única coisa me fazia perder a timidez rapidamente era jogar bola.

Glaucia

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk… Mas, você chegou a desfilar?

Sim, meus primeiros desfiles foram no Iate Clube, pela Boutique Stylos que ficava na Av. Barão do Rio Branco. Desfilei com 8, 9 e 10 anos. Depois não teve mais curso, a boutique fechou também e ficamos sem desfiles pela cidade. Até que um dia surgiu um homem (não lembro o nome) em Santarém dizendo que era representante da Agência Mega Model de SP, muitas pessoas se empolgaram com o cara, até organizou alguns desfiles, era muita gente interessada em entrar para o mundo da moda, teve muita confusão! Meninas faltavam brigar para serem as escolhidas dele. Nessa época eu tinha uns 13-14 anos, mas minha mãe sempre teve um sexto sentindo, estava sempre comigo. Um dia descobrimos que ele era uma fraude, e já tinha enganado muitas pessoas em outras cidades. Muitas meninas ficaram decepcionadas, principalmente aquelas que sonhavam em ser modelo, que não era o meu caso. Acho que minha mãe sonhava no meu lugar.

Hahahahahaaa…

Então, até o tempo que fiquei em Santarém, antes de ir estudar em Belém com 16 anos. Eu ainda participei de alguns desfiles, desfilei para as boutiques Ponto da Moda da Daliane Maia, e Life Hurrah, da Silvia. O último desfile foi da revista Amazon View. Lembro que desfilei com a minha amiga Larissa Lazzaretti, que mais tarde virou modelo profissional, Roberta Mendonça, Maryela e Mirella Pereira, todas muito belas. Fora os desfiles também tive algumas fotos estampadas em alguns jornais e revistas daquela época que circulavam na região, como a própria Amazon View. Foi uma época muito legal da minha vida… Depois fui cuidar dos estudos.

Hummmmmmmm…

Hoje como é tua relação com o mundo da moda?

Depois que fui morar em Belém, em 2002, até os dias de hoje não participei mais de desfiles. Preferi me envolver com os estudos, parei até minha vida de atleta. Com isso tive um belo resultado: engordei mais de 10 kg em 1 ano, entrei na universidade com 17 anos pesando 74 kg, quando sai de Santarém pesava em torno de 62 Kg. Isso me abalou muito na época, me fez até perder a autoestima ao ponto de não querer comprar roupas e nem me arrumar.

Essa baixa autoestima que te levou a torcer pelo Fluminense? Kkkkkkk…. Não sai do Salto, por favor. Rsrsrsrsrs

Hummum… queres mesmo me fazer sair do salto hein!? Só vou te dizer frase do saudoso Nelson Rodrigues: “Sou tricolor, sempre fui tricolor. Eu diria que já era Fluminense em vidas passadas, muito antes da presente encarnação.” E nós tricolores costumamos sempre dizer que somos o único time do mundo tricolor, os outros são times de 3 cores! Ah…

E de onde, exatamente, vem essa relação com o Flu?

Vem de dentro, é algo que não sei exatamente explicar, mas me apaixonei por esse time, pela sua tradição, sua história, sua linda camisa, por alguns jogadores… sempre tivemos jogadores que demonstraram amar o Fluminense. Meu pai é vascaíno, minha mãe é tricolor, mas ela nunca me influenciou, até porque ela nunca gostou muito de esporte, mas ela tinha uma camisa. E quando eu jogava bola com os meninos resolvi vestir aquela camisa número 7, de algodão, a camisa do Renato Gaúcho. Eu queria jogar igual ele com aquela faixa na cabeça hahaha… e modéstia parte, eu dava um baile de bola nos meus primos e nos outros meninos.

E qual foi o jogo mais inesquecível?

Foi o gol de barriga do Renato Gaúcho no clássico FlaxFlu. Foi sensacional! Meu primo Claudivan Júnior era Fla, eu baguncei tanto com o menino que fomos parar no chão brigando kkkkkkkk… Tivemos que ser separados, aliás vivíamos brigando… muito pelo futebol. Mas seria outra historinha… hahaha. Ainda bem que não brigamos mais porque agora ele só mede 1,96 m e pesa uns 90 Kg… kkkkk. Eu perderia com certeza!

Glaucia

Você é fanática mesmo…

Sim, sou torcedora fanática de Fluminense e apaixonada pelo número 7. Já cheguei a fazer ameaças no tempo de atleta: “Se não for com a camisa 7 não jogo!”rsrs… Naquele tempo eu podia exigir, hoje não sou mais assim! Se bem que sou a camisa 7 da seleção de basquete de Santarém :).

Everaldinho também é tricolor. Então não houve influência?

Nãooooooo… Depois que conheci Everaldo, o fiz até lembrar que ele também é Flu, agora toda a família tricolor. Tenho muito orgulho disso! Agora sou da diretoria da torcida do Flu em Santarém, aceitei o convite do amigo Bruninho Rickli. A intenção é aproximar os tricolores em Santarém, vou tentar ajudar no que for possível. Como diria Nelson Rodrigues, “não temos a maior torcida, mas temos mais gente!“…Hahahaha… Sem dúvida, o Flu só aumenta minha autoestima!

Hahahahahah… Posso dizer que a minha também. Principalmente quando ele perde para o Fla. rsrsrs…

Antes que você saia do salto, deixa eu fazer um elogio… Tu és bonita…amenizei, né? hahahahahaha… O que o todopoderoso te atraiu?

Sinceramente nunca enxerguei o Everaldo com esses olhos, como o “todopoderoso”. Eu o conhecia mais por Che Guevara lá em casa…. hahahahahahahaha

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk…. Everaldinho vai me ligar esculhambando hahahahahahahahahah…

Como passei muito tempo fora da cidade, pouco sabia sobre ele. Mas lógico que sempre escutei muitos boatos e conversas, algumas coisas até de assustar. Mas eu sempre pensei que independente de nome e sobrenome, classe social ou escolaridade, entre outras coisas, as pessoas pertencem a um mesmo mundo, não existe ninguém de outro mundo aqui nesse Planeta apesar de algumas até parecerem às vezes. hahahahahahahahhahahaha…

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk…

Acho que muitas pessoas que não tiveram oportunidade de conhecer o Everaldo fora da política ainda guardam essa imagem dele, algumas até fantasiam.

Você é uma comédia, mas ainda não respondeu, o que te atraiu nele?

hahahahahaah… Sei que muitas pessoas já fizeram essa pergunta e outras responderam pela cidade…

Não me enrola … hahahaha…

Na verdade muitas pessoas duvidam que Everaldo tenha me atraído, outras pensam que é apenas interesse da minha parte. Você mesma já deve ter ouvido muitas conversas por aí…

Opa…

Já ouvi muitas. Isso tudo, principalmente, pelo fato da diferença de idade. É engraçado isso, pois se ele tivesse com uma mulher mais velha (idade dele), com outros padrões de beleza, e que fosse apenas uma “Dona de casa” que não tivesse renda. Estas mesmas pessoas que falam de interesse não se incomodariam. Eu acho que todo mundo tem seus interesses, eu também tenho o meu é lógico. E meu maior interesse hoje é ser feliz, meu lema é “Em Busca da Terra do Nunca”, todos os dias…

Menina, tu estais me enrolando…. hahahahahah

Kkkkk… Eu acredito que Everaldo apareceu na hora certa, no momento certo em minha vida, se eu estou atrasada ou ele está adiantado nesse mundo, eu não sei. rsrsrsrs Mas eu estava o esperando com certeza, eu sempre costumo dizer que ele é primeiro e único e no que depender de mim também será o último. Apaixonamo-nos à primeira vista, foi uma intensa paixão. Tenho lindas mensagens guardadas no aparelho de celular da época, de vez quando gosto de ler e reviver.

Que fofoooooooo…

Além de médico ele também é cantor, nas horas vagas. Você também canta. Aliás, quem cantou quem nessa relação?

Conheci o Everaldo no Boteco, eu estava cantando com o Nato Aguiar, adoro cantar com ele acompanhando no violão, é um músico que admiro muito, desde os tempos do CDA, quando ainda nem era famoso, ele sabe disso. Mas o Everaldo estava jantando sozinho lá, e acho que eu cantei e encantei o “todopoderoso”. hahahahahahaha…

Glaucia

Hahahahahahhaahahha…

Ele nem sabia, mas tinha ido lá só para se encantar comigo, é o destino… Depois, como eu sabia que ele cantava muito bem, pedi para que fosse cantar, foi meio retraído e deu um show. Everaldo é um grande intérprete e também escreve muito bem. Ele canta com a alma e o coração, é o meu cantor preferido.

Marrapááááá…

Você “canta” bem mesmo, heim?

Eu sou aquela cantora de ocasião e também sempre gostei de escrever. Às vezes nas aulas de história que não gostava muito, eu ficava escrevendo poesias e pensando em melodias, escrevi muitas… Uma delas me rendeu até um prêmio num primeiro Festival de Música e Poesia no Colégio Dom Amando (2000), organizado pelos professores Nato Aguiar e Pedro Fernando. E olha, foi concorrido hein… O agora músico Pedro Guilherme foi meu concorrente. Eu ganhei com uma música inédita chamada Céu da Solidão. Foi uma graça a história dessa música… Comecei a cantar e meu amigo de sala e grande violonista e músico, o Emanuel Camarão, lá de Juruti, fez o arranjo, depois desafiei a amiga Elzany Mafra que tocava flauta transversal a fazer o seu arranjo, e para acompanhar meu amigo Chiquinho Escamoso no contrabaixo e eu lógico na voz. Ficou linda a música, eles irão lembrar!

Eu sempre achei o Everaldinho muito sério, onde é que tá a parte engraçada dele?

Realmente é um homem muito sério e muito profissional. Tudo o que faz é com muita seriedade. Tenho grande admiração por ele. Eu me divirto com o jeito que ele trata as crianças, acaba se tornando uma, é engraçado os cuidados exagerados que ele tem com nossos filhos. Antes eu até me incomodava, hoje relevo e tento controlar algumas situações.

Eu disse pra ele que eu o achava muito brabo.. hahahaha

Quem acha que Everaldo é apenas bravo e sério precisa levar seu filho numa consulta com ele, tenho certeza que irão mudar de opinião. Ele adora crianças e é super divertido e engraçado com elas… Quando eu o conheci, ele dizia que queria ter 8 filhos, perguntou se eu topava… rsrs
Hahahahaha… Ah, ele quer formar um time de futebol, já tem 4, um terá que ficar no banco de reserva… rsrs

Ele é muito conservador?

Simmmmm. E no mundo atual ele tem umas opiniões que acho até engraçadas. Às vezes digo que ele é chato, mas no fundo me divirto com algumas coisas… já me acostumei com o jeito dele, que quando ele está longe sinto muita falta.

Você sempre gostou de homens mais velhos?

Olha! Lembro-me que minhas amigas eram loucas pelo Fábio Assunção na novela O Rei do Gado, eu já preferia o Antônio Fagundes. rsrsrsrsrs

Duas rs rs..rsrsrs

Mas falando sério, eu tive namorados da minha idade, porém, nossos pensamentos e gostos não davam muito certo, nunca gostei de namorar “moleques”, aqueles meninos que queriam apenas somar na sua lista de “ficantes”. Os poucos namorados da minha idade que tive achavam que me enganavam, mentiam que não iam sair pra festa e saiam etc… Eu não tinha paciência pra isso. A maioria dos homens mais novos quer aproveitar “aquela fase”… Se é que você me entende.

Clarooooooo

Mas eu sei lógico que tem as exceções e conheci alguns homens da minha idade que eram diferentes da maioria, mas por alguma razão não dava certo os relacionamentos. Então, aos poucos fui começando a namorar homens mais velhos. Muitas vezes eu pensava que minha idade seria outra, maior, que minha mãe tinha se enganado.

Glaucia

kkkKkkkk… boa essa.

É claro que nem todos correspondiam as minhas expectativas, mas pra falar a verdade, eu quase nunca consegui também corresponder as expectativas dos homens, do tipo gostar, me apaixonar, amar… Gostava mesmo da minha vida sozinha e sempre fui muito rude, dura, coração de pedra. Pensei por muitas vezes que jamais viveria uma vida a dois. Achava a Xuxa um máximo, super independente. Mas um dia, todo mundo encontra alguém para bagunçar o seu juízo e amolecer o coração.

Hahahahaha….vc é muito divertida…

Ele é um homem que tem sua vida voltada, principalmente, para a política. Me diga, o que você tem a ver com política?

Bem, eu nunca tive uma relação direta com a política, mas a política sempre esteve de alguma forma próxima a mim. Pra inicio de conversa, meu avô paterno, Antonio Pereira, foi envolvido na política lá na região norte do estado do Tocantins. Ele foi vereador por um curto tempo, na época que vereador nem tinha salário. A família é grande e alguns se envolveram na política, como por exemplo, o primo da minha avó paterna (Iraci), o Darci Coelho. Foi vice-governador e, também, deputado federal no estado do Tocantins. Ele foi muito importante na época da criação do Estado (1988). Cresci ouvindo falar muito sobre ele, era um grande orgulho da minha avó, foram criados juntos. Quando fui morar em Palmas, em 2011, tive oportunidade de conhecê-lo, por coincidência justa no ano que minha avó faleceu.

Então você cresceu nesse meio…

Lembro que sempre que chegava à casa do meu avô ele estava assistindo TV senado, ou outro canal que falasse de política, era seu assunto preferido. E meu pai também sempre gostou, inclusive até trabalhou na campanha para prefeito do Antonio Rocha que era irmão da Maçonaria do meu avô Antonio. E quando tinha os comícios sempre nos levava, eu contava as horas para chegar o dia de subir nos trios elétricos, era super animado acho que eu tinha uns 12 anos. E quando nosso candidato não ganhou fiquei tão triste. rsrsrs…

Então, esse meio sempre te atraiu também, né?

Quando eu tinha uns 13 anos e estudava no colégio Dom Amando ajudei a organizar com os colegas o grêmio estudantil que não existia. O professor Alipio Gomes lembra-se bem disso, tive que “papear” muito o Irmão José Ricardo porque ele não queria de jeito algum!

Você consegue convencer as pessoas?

O meu irmão sempre se rendia aos meus pedidos (saudades), na maioria das vezes eu o convencia.

E no casamento… A política não atrapalha a relação de vocês?

Antes de conhecer Everaldo, eu havia prometido a mim mesma que não me envolveria mais com político nenhum. Não tive uma boa experiência… mas quando o conheci, ele me disse: “Sou da política, mas não sou candidato!” Pensei… é vou ter que mudar de opinião por causa desse homem! Tivemos muitos conflitos por causa da política sim, mas política é boa e, também, muito interessante. A maioria das pessoas faz política sem perceber no dia a dia, e o mundo todo precisa de políticas públicas e privadas o tempo todo. Não é à toa que um dos assuntos mais comentados e falados na sociedade é a política. O problema da política é a vaidade das pessoas. Eu, sinceramente, prefiro o Everaldo médico, mas eu respeito a política que ele faz, porque vem antes de mim.

Qual é o teu partido político?

Não tenho. Já pensei em alguns… algum convite? hahaha

Olhaaaaa, tô achando que vai rolar convites… rs rs

Por enquanto, estou fofocada no trabalho e em casa. Quero ser melhor mãe, melhor filha, irmã, tia, mulher e lógico profissional… Isso me consome muito, mas quem sabe um dia!

Me diz uma coisa: o fato do teu marido já ter sido casado com uma militante do PT, a Socorro Pena, e pelo que comentam nos quatro cantos da cidade, é ele quem praticamente dar as ordens em Santarém, existe alguma situação que já fez você sair do salto algumas vezes?

Olha, eu acredito que não, apesar de que até tive vontade algumas vezes… rs rs

Mas não lembro. Eles são do mesmo partido, sempre foram, e precisam tratar de vários assuntos políticos juntos, pra mim isso é indiferente.

Gláucia Martins

Aliás, você votaria na Socorro Pena para a Prefeitura de Santarém? Haja vista que o Everaldo é o maior cabo eleitoral da então pré-candidata?

Hummm… Sinceramente preferia não responder a essa pergunta.

Hahahahahah imaginei…

Mas o que você acha dessas supostas candidaturas a prefeitura de Santarém?

Acho que não há muita opção. Precisamos de lideranças novas com ideias novas, pois a maioria dos que hoje está na política pertence a uma geração que prefere ser reconhecida pela sua experiência que por sua capacidade de inovação, é a conhecida geração “Baby Booner”. Isso não acontece apenas na política, também é a problemática que estamos vivendo na Educação. Precisamos ser menos conservadores e mais inovadores. A geração “Y” (década de 80) precisa se envolver mais nos assuntos da política, é aquela geração que tem mais facilidade para fazer várias coisas ao mesmo tempo, por exemplo. Na verdade, todas as gerações mais novas precisam se interessar mais por política, não se pode simplesmente dizer que não gosta de política e deixar as coisas como estão.

Eu acho que você tem um lado petista… rs rs rsrsrsrs

Como te disse não tenho partido político, e apesar de ter tido contato com alguns partidos e políticos, eu sempre preferi votar nas pessoas e não em partido. Acho que outro grande problema atual no país é justamente esse, existem muitos partidos e isso não pode ser saudável. Precisamos entender que apesar de ideologias diferentes, o objetivo deve ser o mesmo, a melhoria da qualidade de vida da população.

A diferença de idade atrapalha alguma coisa no casamento de vocês?

Pois é, ele é da geração Baby Booner e eu da geração Y, são 26 anos de diferença…

kkkkkkkk…

Fico me perguntando onde eu estava todo esse tempo? Hahahahahaha…

Pensamos muito diferente sobre vários assuntos e não poderia ser mesmo diferente. Eu me divirto com o fato dele não consegui, por exemplo, fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo. Como assistir TV e conversar, escutar música no carro e conversar…

Mas isso faz parte do universo masculino….

Kkkkk… pois é! Tem que ser uma coisa de cada vez. Eu consigo fazer estas coisas ao mesmo tempo sem prejuízos. Ele fica chateado quando está falando comigo e estou no celular, pergunta o que ele estava me dizendo, mas eu sempre escuto tudo. Hahahahaha… Eu penso que preciso aproveitar ao máximo o meu tempo.

Mas no final, a gente sempre se entende. De vez em quando uma briguinha é até saudável, não é? Nada é perfeito. Eu cada dia vou relevando mais coisas, porque sei que ele não vai mudar seu jeito, e eu preciso ser mais flexível.

E a tua relação com a família dele?

Tenho uma relação boa com as irmãs dele, com seus maridos e filhos (as) também. A gente se encontra em datas especiais como aniversários, almoços especiais e natais, por exemplo. Às vezes fazemos visitas na casa delas e elas em nossa casa, mas agora a Maria mora em Belém.

Também trocamos fotos de viagens, de momentos importantes… Mando principalmente fotos do João Lucas pra elas. Mas ultimamente tenho mantido pouco contato até com a minha própria família, fico com a consciência pesada de não visitar mais meu avô com muita frequência, sei que preciso mudar isso em minha vida, mais a cada ano que passa vamos apreendendo a dividir melhor nosso tempo.

A relação familiar vai sendo construída com o tempo, não adianta forçar nenhuma situação, sempre pensei que tudo tem seu tempo certo de acontecer, e se não acontecer é porque não era pra ser mesmo!

Casada com o “todopoderoso”, você se sente poderosa?

Não me sinto poderosa por isso não. Acho que sou importante. Mas sempre me senti assim antes dele aparecer na minha vida. Acho que sou importante para meus filhos, para meus pais, avós e avôs, irmãos, sobrinha, para o Everaldo, para meus amigos (as), alunos (as), para meus clientes… Enfim, eu prefiro ser importante para a sociedade a ter algum poder! Ser poderoso (a) é algo que alimenta a vaidade pessoal, ser importante pode fazer bem tanto a nós quanto aos outros.

Às vezes a pessoa tem até poder, mas não consegue ser importante. Mas se você é importante, vai ter algum tipo de poder, como o de fazer as pessoas felizes.

Verdade! Vamos mudar de assunto, você é formada em engenharia florestal e também é meteorologista. Na área florestal você tem algum projeto que você gostaria de desenvolver na cidade?

Bem, eu tenho vontade de no futuro ter uma área para construir viveiros, onde eu possa plantar e cultivar espécies nativas e com grande potencial madeireiro, para trabalhar com as comunidades em conjunto com a universidade. Seria um projeto de reflorestamento, com a participação de alunos para um retorno a médio e longo prazo…

Gláucia Martins

O que falta para colocar em prática?

Infelizmente em nossa região ainda faltam investimentos na área de reflorestamento. Como possuímos a maior floresta do mundo e ainda muita madeira apta a manejar em floresta primária, encontramos dificuldades de executar projetos de médio a longo prazo. Mas acredito que com o mercado crescente na área de floresta plantada, por questões ambientais, a nossa realidade esteja perto de mudar.

No sul e sudeste do Estado do Pará, já existem grandes área de floresta plantada e grandes empresas instaladas neste setor com um mercado consumidor crescente. No entanto, plantar e cultivar não são tarefas tão simples assim… É preciso tempo e recursos financeiros, neste momento ainda não está ao meu alcance, mas se algum empresário quiser investir no setor, eu topo ser a engenheira.

Tá certa! Tem que vender o peixe! Hahahaaa..

Hahahaa… Sinceramente, espero que esse mercado prospere na região. Seria mais uma oportunidade de emprego para diversos profissionais.
Várias cidades se destacam pela arborização. Belém é considerada a cidade das mangueiras; Belterra, das seringueiras… Santarém não tem uma característica e nem denominação deste porte. O que falta para mudar esse cenário?

Falta apenas executar um projeto de qualidade. Setor público em conjunto com setor privado, poderia funcionar. Por exemplo, a Semma multou uma empresa por poluição ambiental, em troca esta empresa iria ficar responsável em arborizar um local da cidade como forma de pagar a multa. Mas para isso precisaria de um planejamento urbano/ambiental prévio com base no diagnóstico da cidade, isso se torna fácil usando técnicas de geoprocessamento e especialistas na área que com certeza temos. Desta forma, se estabeleceria prioridades num plano de arborização, começando por pontos mais críticos.

Mas então você pode se perguntar, por que então Santarém nunca executou algo desse tipo?

Até tentaram, mas não foi pra frente por diversas razões… Sinceramente sempre achei a população de Santarém muito tranquila. Aqui sempre preferimos asfaltos em ruas que poderiam esperar mais um pouco e shows caríssimos no Sairé ou aniversário da cidade. Eu sei que lazer também é bom, mas tanto dinheiro investido em shows ao longo de todo esse tempo, pense como poderíamos estar melhores servidos de arborização na cidade, além de outras melhorias. E depois do show a realidade continua para a população.

É, mas isso não depende da população…

Sinceramente ainda acho que deve ser muito tranquilo ser vereador (a) de Santarém, todo mundo só reclama do prefeito (a), inclusive os próprios vereadores (as). Mas o que você acha que estes ou estas estão pensando agora? Acho que a maioria só está pensando em que lado e em que partido ficar para a reeleição nas próximas eleições, se vão ou não apoiar o prefeito.

Já que você tocou novamente em política, você aceitaria convite para ser secretária no governo do PT, caso tenha sucesso nas eleições deste ano?

Neste momento não aceitaria convite de nenhum governo para nenhuma secretaria. Tenho outros planos… Um deles é cuidar da minha empresa de Consultoria Ambiental e Florestal que iniciei final de 2015, preciso me estruturar. Minha prioridade agora é essa, e atender melhor meus clientes. Além disso, quero investir na carreira de professora universitária onde já atuo há 4 anos, e ano que vem pretendo começar meu doutorado.

Nossa região é propícia para o curso de Engenharia Florestal, mas você acha que o profissional da área é valorizado por aqui?

Sou suspeita para responder a essa pergunta. Mas, como ex-presidente da nossa Associação de Engenheiros Florestais do Oeste do Pará (ASPEF), posso lhe dizer com toda a tranquilidade do mundo, com certeza não somos valorizados como deveríamos. Ao contrário, muitas das vezes, nossa profissão é criminalizada. Sofremos muito com o conceito e opinião das pessoas.

Por que há poucos profissionais na área, principalmente local?

Na verdade não há poucos profissionais na área, temos curso de engenharia florestal em Santarém, Altamira, Belém, por exemplo, e com bastantes vagas nestes locais. No entanto, muitos profissionais acabam optando em seguir direto da graduação para o mestrado, depois doutorado, pós-doutorado e depois ficam esperando por vagas em concursos públicos. Enquanto não passam, conseguem bolsas de estudo para trabalhar com pesquisa e extensão nas universidades públicas inseridos no projeto de algum pesquisador. Esta é uma tendência ainda maior entre os profissionais formados recentemente e talvez esse contexto continue por algum tempo ainda. Mas aqueles profissionais que resolvem investir no setor privado, em sua maioria, são bem sucedidos.

Qual o grau de competitividade do mercado hoje?

Acho que o mercado está bem competitivo em todas as áreas. O profissional de hoje precisa realmente fazer a diferença. Tem que se dedicar e principalmente, gostar do que faz, todos os dias…

Gláucia Martins

Como professora do curso de Agronomia, qual a maior preocupação que você percebe dos alunos?

Acho que todo mundo quando inicia um curso universitário acha que sabe tudo, mas na medida em que o tempo passa, e o diploma vai se aproximando… o aluno começa a achar que na verdade não sabe nada. rsrs. Fica com medo, com receio do mercado de trabalho. Enquanto estão sentados ali na cadeira da Universidade, eles só esperam e esperam tudo do professor (a). De repente percebem que não podem mais ficar esperando, precisam correr atrás… Sempre digo pra eles: “Tudo depende de vocês! Nós como professores, estamos aqui para orientar, ajudar, mas vocês precisam ter um objetivo… Precisam correr atrás!”. Essa parte de ter objetivos ainda bem que eu apreendi cedo.

O Pará “perdeu” a denominação da castanha que, hoje, em vários cantos já é conhecida como castanha do Brasil. A castanheira corre algum risco de desaparecer completamente ou ser tirada das nossas terras?

Existem leis de proteção as Castanheiras e outras espécies aqui em nossa região. Acredito que elas estejam bem protegidas. As pessoas sabem que derrubar uma árvore de Castanha do Pará é um crime ambiental, só derrubam em condições muito necessárias e com autorização dos órgãos ambientais. Então devido às leis protecionistas, hoje em dia, as pessoas tem medo de comercializar a madeira dessa árvore. Eu acredito que esse desaparecimento da espécie é algo muito remoto, mas as novas gerações precisam ter a consciência da importância que a Castanheira possui dentro de um ecossistema. Acredito que não sofremos ainda esse risco de desaparecimento ou de retirada desta espécie das nossas terras, mas seria muito bom incentivar o plantio de castanheira em recuperação de áreas degradadas por exemplo.

O seu trabalho requer muitas atividades na floresta, por exemplo, já passou por alguma situação inusitada, do tipo assustadora?

Assustadora do tipo valendo… Não! Eu não sei se é porque não costumo sentir medo com qualquer coisa, sempre gostei de mato e de aventuras… Grande parte da minha infância passava férias brincando em Alter, no tempo que tinha muito mato ainda, em Ponta de Pedras, também nas comunidades do Vila Nova e Santa Luzia, eu e meus primos e primas adorávamos brincar pela floresta…

Bem petista esse lance de primos e primas.. hahahahahahha

Kkkkkkk…Uma vez, tínhamos uns 9-10 anos, andamos de noite do Tira Ressaca para o São Braz e voltamos, não sei como nossas mães deixavam, fomos acompanhados da moça que trabalhava com nós e era lá da comunidade. Eu sempre convivi muito bem no mato, ganhei até um apelido de índia Juruna. Corta essa parte… kkkkkkkkkkk…

Vi uma foto, você em cima de uma torre, corajosa mesmo, heim?

Kkkkk… aquela situação me deixou preocupada… Percebi que não sou nenhuma Mulher Maravilha. Eu trabalhava no LBA e tinha que subir na torre micrometeorológica pelo menos duas vezes por semana, uma torre de aproximadamente 70 metros no meio da Floresta Nacional do Tapajós…Uma vez o tempo fechou rapidamente, fiquei com medo de ser atingida por um raio. Desci desesperadamente e ao mesmo tempo com muita precaução. Já pensou? Se deixasse o medo me dominar eu poderia cair de lá tranquilamente e hoje não estaria aqui. rsrsrs

Vc também é formada em meteorologia, acho que és a única que trabalha em Santarém, pelo menos, quando fala do assunto, só vejo você na mídia. hahahaah

Kkkkkkk… Quando cheguei em Santarém acho que só tinha eu e o professor João Feitosa, que era da UFPA e agora é da UFOPA, de meteorologistas. Mas durante esses 5 anos que voltei a morar em Santarém, já temos alguns outros meteorologistas na cidade. Acho que somos agora 7 meteorologistas em Santarém, hoje.

A “garota do tempo” já deu uma previsão que falhou?

Acredito que já tenha dado sim alguma previsão errada… sabes de alguma? rsrs

kkk… Olha, não me pergunta não! rs rs… Mas, quando erra a previsão do tempo a culpa é do tempo? hahaha…

Hahahahaha… Este é um assunto muito polêmico. O que as pessoas precisam entender é que como o próprio nome diz, é apenas uma previsão. Existe uma probabilidade de ocorrer e outra de não ocorrer aquilo que está sendo previsto. A previsão depende não apenas da análise do meteorologista, mas também de modelos de previsão de tempo, por isso os prognósticos não são perfeitos.

Não da para entender, com exatidão, a interação que ocorre entre a superfície da Terra e a atmosfera?

Não é como uma simples soma de 1 + 1= 2. As condições meteorológicas não é algo exato. Se fosse simplesmente assim, seria muito fácil e poderíamos planejar bem melhor nossas atividades. Mas existem diversos fatores influenciando, e muitos destes ainda estão sendo estudados.

Gláucia Martins

A região amazônica deve ser um caso à parte, né?

Isso, os modelos meteorológicos respondem com menos precisão ainda quando comparados com outras regiões do Planeta, devido a grande heterogeneidade da Amazônia.

Então “errar” é, digamos, comum?

Não é difícil errar. E o erro pode ser maior quando a previsão é superior a 3 dias. Mas eu sempre faço uma analogia da meteorologia com a medicina. Você paga um plano de saúde prevendo que algo pode acontecer, não quer dizer que vá acontecer, mas se um dia acontecer você estará mais bem preparado para enfrentar problemas de saúde. Na meteorologia é similar. Imagine que seja previsto um intenso furação em uma região do país, as pessoas começam a se preparar para enfrentar o fenômeno, mas o furacão acaba não chegando. Todo mundo vai pensar, foi alarme falso? Não, não foi! E se ele tivesse chegado sem que fosse previsto? Imagine a confusão e os prejuízos… com certeza seriam bem maiores.

Tá certo!

A gente enfrenta um clima “tensooooo”, calor insuportável. Essa situação tende a piorar? Me da uma notícia boa, por favor!

As cidades cresceram e ainda crescem, a população está se aglomerando. Então temos a impressão que as cidades estão aquecendo. É como numa sala de aula, poucos alunos refrigera mais rápido, mas a medida que começa a chegar mais alunos e a sala fica lotada, começa aquecer pelo devido a troca de calor do nosso próprio corpo com o ambiente. No caso das cidades, existem diversos fatores além do simples aumento populacional, como as alterações antropogênicas no ambiente natural.

Um termômetro, instalado numa cidade, colabora com essa percepção, pois passa a medir temperaturas cada vez mais elevadas com o crescimento da área urbanizada com o tempo, o chamado “efeito de ilha de calor urbana”. Ou seja, a sensação térmica sentida pelo ser humano advém de condições atmosféricas locais e não globais. Um exemplo disso é quando você dirige da cidade para um ambiente rural com os vidros do carro aberto, a medida que vai se afastando da cidade o vento começa a ficar mais frio e úmido, acaba-se sentindo uma sensação refrescante. Mas não significa que o clima dos dois ambientes seja diferente, é apenas a sensação térmica que muda.

O que a gente precisa fazer pra mudar esse clima?

Costumo dizer que é muita pretensão do homem achar que tem o poder de alterar o clima do mundo! Estamos aqui há muito pouco tempo comparado com a idade do Planeta, e temos muitas evidencias e comprovações que o clima já foi alterado antes mesmo do homem aparecer aqui. Um exemplo, o desaparecimento dos dinossauros. Mas antes que pensem que sou a favor dos impactos ambientais e tudo mais de ruim ao meio ambiente, eu quero adiantar que não sou. Acho que o homem está destruindo sim seu habitat, e pior de forma não planejada e muitas vezes desorganizada.

Precisamos cuidar do nosso conforto térmico e ambiental. Se o homem mitigasse os impactos ambientais e se preocupasse mais com a sustentabilidade, com certeza, teríamos melhor qualidade de vida! Mas o homem não controla o clima.

É notório a quantidade de carros em Santarém aumentou muito nos últimos anos, até por conta das facilidades na hora da compra, com isso a poluição também é crescente. O CO2 é mesmo o maior vilão da poluição?

De uma maneira geral o número de automóveis realmente aumentou. O CO2 é um do gases poluentes da atmosfera, mas não é o único e nem o mais abundante. Existem muitos outros poluentes e alguns com efeitos mais nocivos que o CO2. Não devemos achar que o CO2 é um grande vilão na natureza, e nem que ele seja responsável pelo efeito estufa.

É interessante ler a opinião de um renomeado físico e meteorologista brasileiro, o único da America Latina que ocupa uma cadeia na Organização Meteorológica Mundial, o ilustre e polêmico professor da UFAL o Dr. Luiz Carlos Baldicero Molion que inclusive já esteve aqui em Santarém para uma palestra na UFOPA em 2013. Ele diz que o CO2 não controla o clima global, o aquecimento na terra é causado pela radiação solar que possui variações ou ciclos, períodos de máxima e mínima atividade do sol, a cada 50 anos mais ou menos.

Hoje o que você acha que deveria ser discutido para melhorar o meio ambiente local?

Acho que a educação ambiental deveria se fazer presente na vida das pessoas, desde o inicio de sua vida de estudante. Além disso, seria interessante oferecer algum tipo de benefício para empresas que fossem ecologicamente corretas e se preocupasse de verdade com questões ambientais. Toda empresa que possui um risco de cometer poluição ambiental, deveria ser obrigada a ter um profissional da área trabalhando para aplicar medidas mitigadoras.

Meteorologista tem medo do aquecimento global?

A maioria dos meteorologistas não acredita em aquecimento global. Como expliquei, acreditamos em mudanças climáticas que já ocorrem antes. Há 7 mil e 3 mil anos atrás e entre os anos 800 e 1200 d.C., há evidencias que o clima teria estado até 10 °C mais quente. Nessa época, os vikings colonizaram áreas do Canadá e da Groenlândia que hoje são cobertas de gelo, apesar do “aquecimento” a concentração de CO2, porém, era pelo menos 50% menor que a atual.

Tô quase finalizando esse bate-papo… Fiquei sabendo que você é uma das maiores defensoras da presidente Dilma… Algum motivo especial?

Não me considero uma de suas maiores defensoras, mas também não concordo com tamanha perseguição que estão fazendo com a presidente. Acho que no fundo é mais desespero do que outra coisa, pois passar 16 anos longe do poder pode enlouquecer. Da mesma forma também acho que todo esse tempo no poder pode não ser tão saudável. Logicamente que não concordo com todas as decisões e atitudes da presidente Dilma, mas ainda acho que muito do que falam dela é pelo simples fato de ser uma mulher. Não tenho dúvidas nenhuma, que o Brasil de hoje é muito melhor do que o Brasil que eu fui criada quando criança.

Gláucia Martins

Você pertence a qual religião?

Eu nasci em uma família católica, fui batizada, fiz primeira eucaristia, fiz crisma e até fui ajudante de aula de catecismo da saudosa professora Prazeres lá da Igreja Aparecida. Era engraçado que os alunos (as) me chamavam de professora e me respeitavam com aquela idade, 12 ou 13 anos, alguns até mais velhos. Mas, depois de um tempo na adolescência, passei por um conflito interno, acho que a maioria passa por isso, aquela dúvida com relação a religião, a Deus, etc… Passei algum tempo afastada da igreja, mas meu pai sempre me incentivou a voltar, ele é ministro da eucaristia, quase padre! hahahahahaha Ele tem o dom da palavra. E depois que a Ana Gláucia nasceu, fui voltando a participar mais…

O que você acha do casamento gay?

Acho um assunto muito complexo de responder. Conheço vários casais gays e não tenho preconceito, mas sinceramente não gostaria de um casamento desses para meus filhos, não vou mentir. No entanto, o que me incomoda mesmo na sociedade é o adultério, é algo que as pessoas nem se incomodam mais como antes, e existem vários casais que dizem viver o relacionamento aberto, acho isso o cúmulo! Não acredito que seja amor. Já ultrapassaram aquela linha sabe? Difícil voltar! Prefiro ser careta e conservadora.

Eu também!

Tem alguma coisa que você se arrepende de não ter feito? O que?

kkkk… Nem sei direito! Acho que não ter ido no Insano no Beach Park.

Pretende fazer ainda?

Hora se não… pretendo fazer muitas aventuras daqui pra frente, inclusive saltar de pará-quedas!

O que te tira do salto?

É relativo. Depende da minha paciência! Às vezes falar mal do Fluminense me faz sair do salto, algumas vezes política… Mas estou tentando nem usar muito salto ultimamente, sou muito satisfeita com minha altura! Deixa o salto para as mais baixas… assim não corro o risco! Entendeu? kkkkkkkkkkkkkkk…

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk…

Gláucia Martins

Me despeço, agora, agradecendo toda a sua boa vontade em participar do No Salto comigo. Muito bom rir contigo e com as tuas histórias. Até a próxima.

Eu que agradeço! Sempre acompanho suas entrevistas no Blog do Jeso e no Facebook também, muito boas! Acho que todos nós temos muita história para contar, e sinto-me honrada em ter sido escolhida para participar do “No salto”, espero que não saiam muito do salto por causa dessa entrevista!

Kkkkkkkkkkk… Brincadeira!

Espero que gostem de saber parte da minha história, não foi fácil chegar aonde cheguei (só eu sei) e tenho muito orgulho dos meus 30 anos, principalmente do que sou e das minhas origens; do meu casal de filhos, do meu marido e das minhas profissões, sou uma mulher muito realizada e feliz. E queria aproveitar pra dizer que modéstia parte Everaldo, o “todopoderoso”, tem toda razão de se sentir assim não é mesmo? hahahahahaha…

Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk…

Gláucia Martins


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25 Comentários em A garota do tempo do “todopoderoso”

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  • Fiquei pensando no que escrever porque queria dizer muito do que sei sobre você, uma bela mulher por dentro e por fora. Por isso demorei a escrever, mas finalmente… Eu Vi você de longe crescendo e amadurecendo, tornou-se essa importante pessoa para a sociedade santarena. Muitos julgam sem conhecer, mas a vida não perdoa. A jonarlista fez uma observação que resume tudo o que você já deve ter passado de ruim por ser o que é: porque simplesmente desperta uma certa inveja de muitas pessoas, é difícil ser como você! És tanta coisa em uma só pessoa.! Eu vi de longe também seu sofrimento quando preciso se afastar da filha para trabalhar em outra cidade. Parabéns por sua história de vida! Nem todos sentem orgulho de si mesmo, você demonstra que tem e muito.
    Desejo que você possa crescer ainda mais profissionalmente…
    Eu preferiria não me identificar, mas em outra oportunidade me apresento!

  • Parabéns professora! Só esqueceu de dizer que é também nossa professora do IESPES no curso de Gestão Ambiental. Nossa turma é muito agradecida por tudo que a sra fez e continua fazendo por nós! Obrigadooo por tudo nossa eterna e linda professora por dentro e por fora! rsrsrs
    Fique com Deus!

  • Parabéns professora! Só esqueceu de dizer que é também nossa professora do IESPES no curso de Gestão Ambiental. Nossa turma é muito agradecida por tudo que a sra fez e continua fazendo por nós! Obrigada por tudo nossa eterna e linda professora por dentro e por fora! rsrsrs
    Fique com Deus!

  • Conheço a Gláucia a um bom tempo e sempre acreditei no potencial dela, isso porque sempre foi e é muito determinada em buscar a realização dos seus objetivos. Que Deus continue lhe abençoado querida e continue firme, pois tenho absoluta certeza que irá realizar todos os seus sonhos… SUCESSO e PARABÉNS!!! Ao blog também!

  • Conheço a Gláucia a um bom tempo e sempre acreditei no potencial dela, isso porque ela ê muito determinada com em buscar a realização dos seus objivos. Que Deus continue lhe abençoado querida e continue firme pois tenho absoluta certeza que irá realizar todos os seus sonhos… SUCESSO e PARABÉNS!!! Ao blog também!

    1. Obrigada querida! Faltou falar do hand ️️rsrs mas esse está cada vez mais distante. Vou ficar no basquete mesmo, mas sempre que puder vou lá pra ajudar nos treinos!

  • Muito boa a entrevista!!! O blog tá de PARABÉNS!!! Comecei a ler e fui até o final, isso porque me prendeu com respostas bem colocadas, demonstrando sutileza e inteligencia. Ratifico os meus PARABÉNS ao blog e principalmente a essa BELISSÍMA MOÇA, que tem um grande potencial para contribuir com a nossa sociedade nesta região Amazônica.

  • Ei Gal….!!! Também vou querer pular de paraquedas viu???? PARABÉNS ao blog e também pra você filha, será sempre um orgulho pra nós… TE AMAMOS!!!

  • NOSSA QUE MULHER LINDA!!!!….. Até que enfim uma entrevista com conteúdos bons. PARABÉNS ao blog e a BELA GLÁUCIA!!!

  • Belissíma entrevista!! PARABÉNS ao blog pela escolha, além de ser LINDA ainda fala bem… SUCESSO!!

  • Adorei toda a entrevista,prima a bizavó lindalva ta dizendo que voce falou direitinho a historia do caminhão,bjs!

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