Os 10 partidos com os piores desempenho na eleição em Santarém

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O PP, que elegeu dois vereadores em 2012, encabeça o top 10. O 2º pior desempenho foi do PCdoB

Os 10 partidos com os piores desempenho na eleição em Santarém, Partidos do Brasil

O PP foi o partido com o pior desempenho em Santarém, terceiro maior colégio eleitoral do Pará, nas eleições municipais de 2016. Em 2012, a sigla elegeu dois vereadores.

Confira o top 10, abaixo.

30 partidos, dos 35 existentes no país, participaram do pleito no município.

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Foi levado em consideração os votos que a legenda recebeu, a somatória dos votos dos candidatos a vereador e o percentual obtido pelo partido em relação ao total de votos válidos computados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para o cargo.

Entre os 10 piores, apenas aparece o PRP, que conseguiu elege um vereador (Alaércio Cardoso), graças a coligação da qual fez parte.

1. PPPartido Progressista
Votos de legenda: 301
Votos nominais: 171
Percentual de votos: 0,27%

2. PCdoB – Partido Comunista do Brasil
Votos de legenda: 14
Votos nominais: 627
Percentual de votos: 0,37%

3. PMN – Partido da Mobilização Nacional
Votos de legenda: 50
Votos nominais: 659
Percentual de votos: 0,41%

4. PTC – Partido Trabalhista Cristão
Votos de legenda: 29
Votos nominais: 700
Percentual de votos: 0,42%

5. PPL – Partido da Pátria Livre
Votos de legenda: 78
Votos nominais: 851
Percentual de votos: 0,53%

6. PEN – Partido Ecológico Nacional
Votos de legenda: 57
Votos nominais: 1.100
Percentual de votos: 0,67%

7. PMB – Partido da Mulher Brasileira
Votos de legenda: 50
Votos nominais: 1.359
Percentual de votos: 0,81%

8. PRTB – Partido Renovador Trabalhista Brasileiro
Votos de legenda: 37
Votos nominais: 1.486
Percentual de votos: 0,87%

9. Rede
Votos de legenda: 34
Votos nominais: 1.525
Percentual de votos: 0,89%

10. PRP – Partido Republicano Progressista
Votos de legenda: 136
Votos nominais: 2.332
Percentual de votos: 1,41%


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2 Comentários em Os 10 partidos com os piores desempenho na eleição em Santarém

  • Dos dez partidos citados, apenas a Rede, o PEN e o PMB disputaram sua primeira eleição municipal em 2016, o que por si só justificaria um péssimo desempenho. Mesmo assim, os três partidos considerados nanicos, tiveram melhor desempenho do que as outras legendas citadas (com exceção do PRP), que já participam de eleições municipais há mais tempo.

    O PP teve o pior desempenho, até porque essa votação corresponde ao único vereador lançado, Igor Ricardo. Mas sua votação total contribuiu para eleger os dois vereadores da coligação (do PSC, Reginaldo Campos e do PSB, Rogélio “Gaúcho” Cebuliski). Vale lembrar que o PP é a antiga Arena, partido ligado à Ditadura Militar, que depois mudou de nome várias vezes (PDS, PPB, PPR e PP). Já foi partido de eleger a maioria de vereadores no passado, quando era liderado pelo já falecido deputado Ubaldo Corrêa, e mais na frente pelo também falecido deputado Benedito Guimarães. Sua maior liderança estadual é o ex-deputado Gerson Peres, que viu o partido no município sair das mãos do ex-vereador Luiz Alberto e acabar nas mãos de pessoas ligadas ao líder comunitário Ivan leão, que comanda o PROS. Vale ressaltar que dos 472 votos que o partido amealhou, 301 foram na legenda, o maior desempenho entre os dez partidos acima, o que pode indicar a força que a sigla ainda tem, por conta de velhos remanescentes dos tempos áureos do partido.

    O PCdoB (partido que eu comando desde outubro de 2015) teve um péssimo desempenho por apresentar candidatos sem muita base eleitoral (inclusive eu…rs) e com quase nenhum recurso para a campanha. As despesas do partido são irrisórias para enfrentar uma campanha vultosa como a de hoje, já que não recebeu nenhum recurso da direção estadual e nem doações de campanha. Os dois nomes que seriam os mais fortes, por terem uma certa visibilidade na mídia (eu e o empresário e carnavalesco Paulo Costa), ficaram muito aquém de suas expectativas. Acabamos pecando em acreditar que a visibilidade nas redes sociais seria o suficiente para um bom resultado. A coligação com o PSOL e Rede acabou sendo prejudicada porque os três partidos tinham o mesmo problema: poucos candidatos, poucos recursos e pouca visibilidade eleitoral (com exceção do mais votado, Maike Viera, do PSOL). faltaram mais de 3.500 votos para a coligação ter pelo menos um vereador! Se tivéssemos coligado com o outro grupo de esquerda que fracassou (PT/PPL), teríamos eleito pelo menos uma vereadora (Ivete Bastos, do PT), mas não houve consenso para essa união. O PCdoB passou por uma renovação em sua direção e começou do zero, depois de ter estado nas mãos do empresário Paulo Barrudada, que indicou os dois últimos presidentes: o blogueiro JK e seu funcionário do hotel Diego Pinho, cuja direção foi destituída após este ter abraçado (literalmente) a candidatura de Simão Jatene em 2014, à revelia da decisão estadual que apoiava outra candidatura. Esse processo de reconstrução do partido é considerado, também, relevante para justificar seu péssimo desempenho em 2016.

    O PMN renovou sua direção municipal e recebeu a experiência de dois jornalistas no apoio ao presidente Zequinha Franco: Ednaldo Rodrigues e José Ibanês. Chegou a cogitar o lançamento de candidatura própria a prefeito (do professor Edivaldo Bernardo), mas acabou fechando com Alexandre Von e servindo de apoio ao partido do deputado Chapadinha, o PTN, que elegeu dois vereadores e à reeleição de Silvio Amorim, do PSL. Vale ressaltar que o PMN já teve como vereador de sua bancada no passado, o atual prefeito Nélio Aguiar que à época chegou a ser presidente da Câmara e depois deputado estadual, antes de cair no colo de Lira Maia, do DEM. Na eleição passada o PMN tinha o primeiro suplente, Marcilio Cunha (já falecido), que chegou a exercer mandato e depois saiu para o DEM.

    PTC e PPL até hoje não conseguiram ter uma forte liderança para dar mais consistência eleitoral ao partido. No caso do PPL, sua maior liderança é o pastor Irmão Valter, que em 2012 teve uma boa votação, mas este ano acabou sendo impedido de se candidatar. O PPL acabou não conseguindo contribuir na eleição de pelo menos um vereador de sua coligação, porque o PT também teve um desempenho abaixo do pretendido. Com poucos candidatos, essa coligação sofreu do mesmo problema da do PSOL. Já o PTC, apesar da pouca votação, também contribuiu com a eleição dos vereadores do PSC e PSB, da mesma coligação.

    O PRTB elegeu em 2012 um vereador, Silvio Amorim, reeleito este ano pelo PSL. Sua saída desestruturou a legenda assumida pelo ex-candidato a prefeito Rubson Santana que ensaiou se candidatar a prefeito novamente, mas acabou compondo a coligação que elegeu os vereadores do PSC e PSB e nem tentou se arriscar a uma vaga na Câmara. Também sem nomes de maior densidade eleitoral, o partido precisa reencontrar seu caminho após a saída de Amorim, que já provou que é bom de votos (foi um dos poucos vereadores reeleitos com uma votação mais expressiva que em 2012).

    O PRP que nunca teve expressividade, este ano foi assumido por empresários ligados a Olavo das Neves, que chegou a ensaiar uma candidatura a prefeito. Com bons recursos e um candidato empresário de farmácia (Alaércio Cardoso) que surfou na onda dos “não-políticos”, e apesar de um desempenho menor entre os 31 partidos que participaram destas eleições acabou elegendo-o vereador, favorecido também por uma coligação que amealhou mais votos (encabeçada pelo PV de Valdir Mathias, reeleito).

    A REDE teve uma candidata bem votada para uma primeira experiência, mas que não conseguiu a votação pretendida por seu grupo de apoio (que mesclou sindicalistas, religiosos e ativistas das redes sociais). A professora Darcilete Canté tinha a expectativa de uma votação três vezes maior do que teve (449 votos), mas não conseguiu êxito. Entretanto, tem futuro para crescimento em outro contexto. O partido liderado pelo líder comunitário e ativista ambiental Dinael Cardoso, deve aprimorar sua estrutura com lideranças como o geógrafo Daniel Fernandes e o advogado Alcir Mota.

    PEN e PMB tiveram a mesma origem: o ex-peemedebista Pedro Paulo Ferreira. Já tarimbado em eleições, mas sem nunca ter conseguido êxito, Pedro Paulo perdeu o PEN às vésperas das eleições, e acabou fundando o Partido da Mulher Brasileira, que teve o maior número de candidatas mulheres, muito embora algumas tenham tido suas candidaturas indeferidas o que acabou prejudicando seu desempenho. Já o PEN, que estreou em 2014 com vários candidatos a deputado estadual em Santarém, foi prejudicado pela mudança de direção às vésperas da eleição. Mas seus mais de mil votos ajudaram a eleger dois vereadores de sua coligação, do PV e do PRP.

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