Jeso Carneiro

Suposta dívida de quase R$ 800 mil é que move oposição ao prefeito de Alenquer

Suposta dívida de quase R$ 800 mil é que move oposição ao prefeito de Alenquer
Neto Macedo, Josino e Betão: contra Juraci

Cerca de 800 mil reais devidos a um empresário e político pelo Município é um dos panos de fundo de todas tentativas — até agora fracassadas — de afastar em definitivo o prefeito de Alenquer (PA), Juraci Estevam (PSB), do cargo.

A cobrança da dívida por supostos serviços prestados pela empresa MB de Macedo Neto Comércio e Serviços tramita na Justiça desde o início de 2017. O impasse perdura porque Juraci não reconhece a dívida, e é encarado por isso como grande obstáculo ao fim do litígio.

 

Mario Batista de Macedo Neto, 33 anos, o Neto Macedo, é o credor e apontado como o braço empresarial visível das manobras para derrubar Juraci. Em 2016, ele disputou a eleição ximanga como candidato pelo DEM a vice-prefeito de Carlos Cambraia (PSC).

A dobradinha, que ficou em 3º lugar na disputa com 4 candidatos, obteve pouco mais de 3 mil votos (14,3%) — contra 12 mil de Juraci, vitorioso com 51,24% dos votos válidos.


R$ 773.428,41

Valor da dívida, por supostos serviços prestados para PMA, que Neto Macedo cobra do Município na Justiça, através do processo número 0000247-15.2017.8.14.0003


Aliança

Para destituí-lo do cargo, Neto Macedo aliou-se ao vice-prefeito Josino Filho (PP), o líder político do golpe, e que sucedeu Juraci nas 4 vezes em que o prefeito foi afastado do cargo — duas em 2018 e duas em 2019.

A aliança conta ainda com a participação de vereadores, entre os quais o atual presidente da Câmara, Betão (DEM), e de advogados, entre eles Marjean Monte, processado pelo Ministério Público do Pará em Óbidos por corrupção (improbidade administrativa), em conluio com o prefeito Chico Alfaia (PL).

 

Apesar das 4 tentativas infrutíferas de apear Juraci Estevam do cargo, o grupo não desiste. Já articula novas ações em 2020 contra o prefeito.

Uma delas, inclusive, é lançar ou apoiar candidato — com acerto previamente definido — para evitar a reeleição ”do padre” que se recusa a honrar a suposta dívida de quase R$ 800 mil.

Assim que reassumiu o cargo na semana passada, Juraci desfez todos os atos administrativos do vice-prefeito, como por exemplo as nomeações de pessoas ligadas a Neto Macedo, Josino, Betão e companhia limitada.

Com o controle da máquina pública de novo em suas mãos, o prefeito se arma para novos confrontos com o grupo que ele denomina de “máfia”.

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