
A Câmara de Vereadores de Juruti, no oeste do Pará, em sessão realizada nesta quarta-feira (4) reprovou a prestação de contas de 2004 do ex-prefeito Isaías Batista Filho (MDB).
Com a decisão, o emedebista passou à condição de inelegível, sem condições legais de se candidatar a qualquer cargo público nos próximos 8 anos.
Isaías Batista precisava de 9 dos 13 votos da Câmara para reverter o parecer técnico do TCM (Tribunal de Contas dos Municípios) pela não aprovação das contas.
Conseguiu apenas 5.
8 votaram de acordo com o que recomendou o TCM do Pará.
Votos pró-Isaías:
Adão Pinheiro (Podemos), Andréa Alves (PSD), Elivan Rocha (PSD), Fladimir Andrade (PSC) e Marissom Garcia (PT).
Votos contra aprovação das contas:
Carlos Alberto Batista (DEM), Carlos Alberto Sarmento, o Coroca (DEM), Edinho Almeida (PSD), Dorli Guimarães (PT), Dr. Mário Itiá (PSB), Manoel Vitor, o Maneco Telecoteco (Avante), Lucimir Pereira, o Paturi (PL) e Raimundo Carvalho, o Nonatinho (PSD).
Sucessora política
Isaías Batista já se encontra inelegível há muito tempo. A última participação direta dele em um pleito eleitoral aconteceu há 11 anos. Mas na época sua candidatura a prefeito foi indeferida pela Justiça, por inelegibilidade.
Para contornar essa situação, ele transformou a esposa, Lucídia Batista, como sua sucessora na política. E já tentou elegê-la a cargo público em Juruti por duas vezes.
A primeira, em 2012, quando a lançou à prefeita, e em 2016, ao cargo de vice-prefeita. Em ambas, Dona Lucídia, como é mais conhecida, foi derrotada nas urnas.
O ex-prefeito, porém, não desiste. Articula novamente a candidatura à prefeita de Lucídia para disputa do próximo ano. O PSD já acenou que irá apoiá-la. Deve enfrentar o atual prefeito Henrique Costa (PT) em mais uma disputa eleitoral.
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