Jeso Carneiro

13º e o modo de governar tucano

O post Alexandre Von: uma rara exceção provocou o comentário abaixo, da lavra do professor universitário Válber Almeida:

“Prática bem diferente de grande parte dos prefeitos do oeste do Pará empossados no dia 1º de janeiro deste ano, a exemplo dos petistas Sérgio Monteiro (Monte Alegre) e Dilma Serrão (Belterra), além de Marcílio Picanço (PSD), de Terra Santa”.

Jeso, e isso só evidencia que o mote utilizado pelos candidatos do PT para ganhar votos em eleição – “votem em mim porque eu sou amigo do Lula e da Dilma, porque com eles lá em Brasília nós teremos maior facilidade de conseguir recursos para a nossa cidade” – é uma grande mentira, embromação, enganação para ludibriar o povão.

De outro modo, também evidencia que a prática de governar do PT é bem diferente da prática tucana. Os tucanos, quando no poder da União ou dos estados, não fazem média em privilegiar seus aliados e prejudicar seus adversários com repasses de verbas.

O Edmilson Rodrigues, vítima do ódio do sanguinário Almir Gabriel, que o diga. Praticam abertamente o ódio político como filosofia administrativa. Em termos estratégicos, a postura do PT é ruim, mas em termos morais é positiva.

Porém, positivo mesmo seria o Governo Federal parar de sacrificar as prefeituras com a redução no repasse de verbas do FPM ou compensar as perdas com o repasse de outras verbas, uma vez que a União está sentada sobre uma montanha de dinheiro oriundo das arrecadações recordes de impostos.

Por fim, as pequenas prefeituras justificam os atrasos em pagamento de salários com base na redução dos repasses do FPM, no entanto, não há como deixar de considerar, também, a incompetência administrativa que marca grande parte dos gestores municipais, os quais não somente não sabem administrar adequadamente os recursos que possuem, como também não sabem investir em projetos para elevar as receitas municipais.

Outrossim, é preciso considerar as prioridades que estes governos estabelecem, as quais, na maioria das vezes, não é valorizar e respeitar o funcionalismo, mas pagar os contratos sempre supervalorizados que possuem com as empresas terceirizadas que prestam serviços à prefeitura.

E nós sabemos o porquê desta última opção. Dando aula no interior do Pará, já fui professor de muitos membros das administrações municipais, sei o quanto as prefeituras são carentes de pessoas qualificadas em seus quadros de funcionários, tanto que os seus instrumentos de planejamento – o Planejamento Estratégico Municipal, o Plano Plurianual e o Plano Diretor Urbano- são, geralmente, cartas de intenções feitas por consultorias especializadas que possuem seus escritórios nos grandes centros urbanos do eixo Sul-Sudeste.

Por fim, fica a dica para os eleitores: não votem em candidato que pede voto com o argumento de que é amigo deste ou daquele salvador. É argumento furado, mentiroso. Vote em quem apresentar uma reputação ilibada, capacidade, conhecimento e um programa detalhado de governo que aponte como incrementar, concretamente, a economia, a gestão e a sociedade local.

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