Jeso Carneiro

Barcelona: o Brasil de antigamente

De Sandro Lopes, cartola do São Raimundo, pelo contato do blog:

O debate do início da semana no mundo do futebol foi a humilhante derrota do Santos para o Barcelona, assistida por milhões de pessoas no mundo inteiro.

Assistindo a alguns comentaristas e fazendo uma análise pessoal vejo que na verdade o grande problema do futebol brasileiro se deu a partir de 1982 , quando a Seleção Brasileira, o time do mestre Telê Santana com Zico, Sócrates, Falcão, Junior, Leandro, Luisinho e cia não ganharam a Copa do Mundo, mesmo jogando um belíssimo futebol.

A partir daí e com a pressão de não ter um título desde 70, o Brasil começou a desconfigurar o seu jeito de jogar. Surgiram os Lazarones da vida com seus líberos, o Parreira com seu ferrolho Dunga, Mauro Silva e que ganhou o título mundial, mesmo com zero x zero, fazendo com que se pensasse que aquele era o caminho.

A parir de então os volantes passaram a ser mais importantes que os ponta de lança, o drible foi condenado, o passe de pé em pé, considerado humilhação, porque a torcida gritaria olé (imagine o olé que o Santos levou em mais de 70% do jogo contra o Barcelona ).

Devemos refletir: jogador com duas partidas e um gol plástico é craque? E entra locutor, empresário todos interessados na venda desse produto. Quando não vendemos nossos jovens atletas para a Europa, e sua formação é toda lá.

Perguntado, o técnico do Barcelona, Pep Guardiola falou: “Jogamos como o Brasil jogava antigamente, o segredo é esse”.

Que antes dos brincos, apliques no cabelo, munhequeira, os jogadores calcem chuteiras e joguem futebol. Que nos sirva de lição. O ídolo não é o mais importante do time, mas o sucesso do time torna o ídolo importante.

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