
o post Ministro pode ser candidato a presidente suscitou o comentário a seguir, do professor doutor e jornalista Samuel Lima:
Caro Jeso,
Se a informação do sempre antenadíssimo Élio Gaspari (que está muito longe de ser “porta-voz de mensaleiro”) se confirma, as atitudes e alianças que o ministro vem consturando, no âmbito desse julgamento (Ação Penal 470) se explicaria… Barbosa tem uma carreira meritória e digna de respeito, mas não é isso que está em questão.
Contudo, convém lembrar que o último “messias” eleito com o voto popular, sob o mântra do justiçamento social (“caçador de marajás”), foi Fernando Collor de Mello. Desnecessário rememorar os desatinos que o levaram ao impeachment…
Não precisamos de herois, tampouco de messias. Na minha modesta avaliação, precisamos fundamentalmente fortalecer as lutas democráticas e populares, tensionando e questionando a representação partidária e lutando por uma profunda reforma política no país. Só assim avançaremos a um nível mais qualificado e universal de sociedade democrática.
Nunca é demais repetir: toda cautela na hora de julgar e condenar a democracia e os partidos políticos. Em 512 anos de história ainda não completamos 50 anos de vida democrática digna desse nome. Com Dilma Roussef vivemos um raríssimo momento: um ciclo de seis presidentes eleitos, sem golpes nem quarteladas. Misturar os poderes (Judiciário e Executivo) seria uma insanidade sem par, à beira da aventura autoritária (considerando o perfil de Barbosa, mui especialmente). Não percamos o fio da história.