Beto Salame, o 2º a esquerda, quando assumiu em Brasília a presidência do PP no Pará
Menos de 24 horas após o fim da votação da Câmara que aprovou a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o PP começou a punir os parlamentares que se posicionaram contra a orientação do partido de votar pelo afastamento da petista. A informação é do site Brasil247.
A degola começou pelo Pará, onde o deputado federal Beto Salame foi defenestrado da presidência estadual da legenda.
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Beto Salame filou-se ao PP recentemente, oriundo do PROS. [Na votação de ontem, ele optou pela abstenção].
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Ele havia assumido a presidência estadual do PP em março. O presidente nacional da legenda, senador Ciro Nogueira (PI), diz que o deputado já havia sido alertado que o partido havia fechado questão em torno do assunto e que ele poderia ser punido caso fosse de encontro à decisão partidária.
Ao todo, 4 deputados dos 45 deputados do PP votaram contra o impeachment. Outros três parlamentares se abstiveram.
Dois deputados que votaram com o governo são da Bahia e alegaram questões de alianças locais para ficarem contra a orientação partidária (Roberto Brittoo e Ronaldo Carletto). Dos que se abstiveram, Cacá Leão e Mário Negromonte Júnior, também são baianos.
A questão da Bahia é considerada delicada para o PP, uma vez que o é aliado do PT no Estado e tem a vice-governadoria.
A bancada pró-impeachment também cobra a expulsão do deputado Macedo (CE), que também votou contra o impeachment. Na semana passada, o partido já havia destituído o 1º vice-presidente da Câmara, deputado Waldir Maranhão, da presidência estadual do partido no Maranhão por ele ter anunciado seu apoio contra o impeachment.
Não era pra ser Beto Salame mas Beto Mortadela.
Mortadela ainda é bom. Tinha que ser é “mortandela”.