
Contraponto do leitor Jorge Parente, residente em Belém, ao artigo PMDB do amanhã, da lavra do deputado estadual petista Airton Faleiro:
Infelizmente, a política aplicada pelos partidos de direita sempre foi um balcão de negócio, hoje capitaneada pelo PT para se manter no poder.
O PMDB do passado poderia ter no meio de seus dirigentes pessoas menos ambiciosas, que defendam posições mais republicanas, desentrelaçadas com práticas corruptas. Mas das lideranças que dirigem hoje o esfacelado PMDB não se pode esperar outra coisa, senão negociata para se manter no poder – e arrancar todos os recursos possíveis para manter seus negócios pessoais.
Nunca se pode esperar do PMDB uma emancipação com estado de coisa que está posto.
Quem errou foi o PT que negociou até a alma para ser poder, e mais ainda para se manter.
Não me venham agora achar que o PMDB e o vice-presidente são traíras. Sempre estiveram do lado que defenderam, que é ao lado dos banqueiros, ricos e poderosos. Simplesmente agora enxergaram a brecha de ser poder sem o PT, e se agarraram com unhas e dentes nesta perspectiva.
Se alguém traiu foi o PT, que traiu a mente e coração dos trabalhadores.
Era um partido diferente que romperia com as práticas escusas de governar dos partidos de direita e ao chegar ao poder utilizou dos métodos praticados por esses partidos.
E foi governar para burguesia.
Os trabalhadores viraram retórica de palanque quando precisam de massa para se contrapor aos desmandos do governo, nem sequer mea culpa fizeram. Preferiram a acomodação dos palácios luxuosos ao calor das ruas.
Viagens internacionais, férias nos locais mais desejados e caros, enquanto os trabalhadores sofrem as consequências das reformas capitalistas propostas pelos governos LULA e DILMA, para atender os apelos do mercado internacional.
O PMDB cumpriu se papel de agente dos mercados nacional e internacional. Foi o PT que aderiu essa política de traição aos trabalhadores.