Citado no mais recente artigo do articulista Evaldo Viana (Estado do Tapajós já nasce independente), o pesquisador do Ipea Rogério Boueri escreveu o contraponto, abaixo:
Caro Sr. Jeso Carneiro,
Para começar, os R$ 2,5 bilhões de reais calculados pelo Sr. Evaldo Viana são uma estimativa completamente irrealista, visto que o Estado do Pará como um todo recebeu a título de FPE em 2010 R$ 2,385 bilhões (ver planilha oficial da STN). Como poderia o futuro Estado do Tapajós, sozinho, contando com pouco mais do que 10% da população do Pará inteiro receber mais FPE?
Impossível.
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As receitas que calculei foram baseadas na arrecadação atual do Pará, onde as rateio segundo a população e o PIB dos municípios que formariam (ou formarão) o Estado do Tapajós. As estimativas de gastos foram obtidas de acordo com metodologia por mim desenvolvida no seguinte texto para discussão https://www.ipea.gov.br/082/08201008.jsp?ttCD_CHAVE=2966.
Entendo os anseios da população local por melhorias nas sua condições de vida, bem como sei que tal população é frequentemente negligenciada pelo governo estadual. No entanto, a criação de um estado novo implica gastos vultuosos para toda Federação e é uma forma muito cara de se fazer os recursos chegarem a quem realmente precisa.
Estou à sua disposição para esclarecimentos.
Atenciosamente,
Rogério Boueri
DIRUR – IPEA