Jeso Carneiro

Em parecer, MP pede cassação do prefeito, vice-prefeito e vereador de Rurópolis

Em parecer, MP pede cassação do prefeito, vice-prefeito e vereador de Rurópolis

O Ministério Público Eleitoral (MPE) emitiu parecer favorável à cassação dos mandatos do prefeito, do vice-prefeito e de um vereador de Rurópolis, no Pará, por entender que as provas colhidas demonstram a prática de captação ilícita de sufrágio (compra de votos) e abuso de poder econômico nas eleições municipais de 2024.

O parecer, concluído na semana passada (dia 26), à Justiça, 68ª Zona Eleitoral de Rurópolis.

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Conforme o parecer do Ministério Público, investigações revelaram um “esquema organizado de compra de votos mediante transferências bancárias via PIX”.

Os investigados são o prefeito José Filho Cunha de Oliveira, o vice-prefeito Edegar da Rocha e o vereador Raimundo Nonato Souza Silva, todos da coligação “Pra Rurópolis Avançar”. A ação foi movida pela coligação oposicionista “Rurópolis Pra Frente”.

As provas apresentadas

O MPE fundamenta seu pedido em um conjunto de provas que, segundo o relatório, inclui:

Defesa contesta legalidade das provas

A defesa dos 3 eleitos contestou a legalidade das provas. Alegou que as mensagens de WhatsApp foram obtidas sem autorização judicial e que os celulares foram apreendidos sob coação, configurando, na visão dos advogados, “prova ilícita por derivação”.

Eles também sustentaram que a transferência de R$ 300,00 era um pagamento por serviços prestados e que as movimentações bancárias eram compatíveis com a vida empresarial do prefeito.

O parecer do MPE rebate esses argumentos, afirmando que a análise completa do material “revela, de forma cristalina, a prática de condutas graves que macularam o pleito”. O documento ainda cita entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que a captação ilícita de sufrágio “prescinde da efetiva mudança do resultado eleitoral, bastando a potencialidade lesiva da conduta”.

Os pedidos do Ministério Público

Ao final do parecer, o MPE requer:

A decisão final sobre o caso agora cabe à Justiça Eleitoral de Rurópolis.

Leia a íntegra do parecer do Ministério Público.

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