Jeso Carneiro

Nélio exonera vigia cuja esposa participou de ato contra lixão, revela vereador do PT

Nélio exonera vigia cuja esposa participou de ato contra lixão, revela vereador do PT
Nélio Aguiar, prefeito de Santarém em segundo mandato: exoneração covarde, segundo vereador do PT. Imagem: Arquivo BJ

O prefeito de Santarém (PA), Nélio Aguiar (DEM), exonerou nesta quinta-feira (5) um servidor público que trabalhava como vigia no lixão localizado na comunidade de Perema por fato, segundo o vereador Biga Kalahare (PT), relacionado a protestos contra o lixão.

Em nota de repúdio, o parlamentar classificou a exoneração de Alesandro Nogueira da Silva como “covardia” do prefeito santareno.

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A esposa do vigia teria participado de uma manifestação a favor da retirada do lixão da comunidade santarena localizada na PA-370 (Santarém-Curuá-Una). Em represália, Nélio teria ordenado a exoneração do servidor.

Procurada, a assessoria do prefeito não se manifestou até a publicação desta matéria. Que será atualizada assim que o contraponto for enviado à redação do portal BJ.

Abaixo, a íntegra da nota de repúdio e indignação assinada pelo vereador Biga Kalahare (PT):

“Minha indignação e repúdio pela demissão do servidor Alessandro Nogueira de Sousa, que ocorreu na manhã desta quinta-feira (5), sem justificativas. Alesandro trabalhava como vigia no lixão de Santarém há seis anos, lotado pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Serviços Públicos (SEMURB).

Tudo indica, que o servidor foi desligado de suas funções, pelo fato de sua esposa ter participado da manifestação em prol da retirada do lixão da comunidade Perema.

Ressaltamos que vivemos em um país democrático, onde todos têm o direito de manifestar suas opiniões e lutar pelo seus interesses. Qualquer ato de represália, é interpretado por nós, como covardia.

Vereador Biga Kalahare (PT)”

Biga Kalahare: ato de covardia de Nélio Aguiar. Imagem: Reprodução

Alesandro Nogueira de Sousa trabalhava na prefeitura desde 2017, início do primeiro mandato de Nélio Aguiar. Começou lotado na Seminfra (Infraestrutura), como temporário. Recebia menos de R$ 1 mil nos 4 primeiros meses daquele ano.

Em janeiro deste ano, foi encaminhado para Semurb, criada no início do ano, desmembrada da Seminfra. Como vigia, Alesandro tinha salário de pouco mais de R$ 1,4 mil. No mês passado, com antecipação de parte do 13º salário, ganhou R$1.906,67.

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