Secretária geral da OAB/ Santarém, Gracilene Amorim comenta o post Retaliação da OAB continua:
Tentamos muito, e de todas as formas administrar a Subseção de Santarém conjuntamente com a Seccional. Tentamos, através de vários telefonemas e idas a Belém, tentar falar com o presidente por pelo menos duas vezes, através de amigos em comum, através das conselheiras estaduais.
Mas somente temos recebido ofensas, desprezo e agora por último essa tentativa de jogar a opinião dos advogados contra nossa diretoria com um ofício que desmerece e muito o seu subscritor, aliás, a sua mão pesada já nos é conhecida desde a gestão do Dr. José Ricardo Gueller.
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Tal ofício tinha a intenção de causar um constrangimento à direção da Subseção Santarém, como uma movimentação política bélica dentro de um contexto que a revela totalmente inconveniente aos advogados paraenses.
Não se trata apenas de reclamar a presença de dirigentes estaduais na posse festiva em Santarém, pois aqui qualquer um que viesse representar a Seção Pará seria recebido com respeito devido a qualquer advogado, muito mais em se tratando de representante de cargo da entidade, de modo que nem mesmo as diferenças políticas internas anulam a participação da direção estadual em qualquer atividade da OAB em Santarém.
A OAB não é um partido político, não é um front político-ideológico, e assim entendemos o caráter de nossa subseção.
As críticas feitas durante a disputa eleitoral são saudáveis para qualquer entidade democrática e importante para a depuração das práticas administrativas ao longo da existência da OAB – isso vale em qualquer das suas instâncias.
Não merecemos esse ataque por que queremos e já estamos administrando a nossa subseção com respeito aos advogados, introduzindo a OAB nos debates e nas questões sociais em nosso município, e isso pode ser constatado pelos meios de imprensa, pelo nosso site.
Temos acompanhado os contatos do nosso presidente da subseção com a direção paraense da entidade e não registramos o tratamento que agora lhe tentam imputar. De minha parte, digo que não é necessária uma convivência de amigos entre a direção local e estadual da OAB, porém a relação institucional não deveria nunca ser abalada por não haver superação da disputa eleitoral que antecede os mandatos.
É isso que mais tem preocupado a direção da OAB em Santarém: por mais que tenhamos envidado esforços, não estamos conseguindo que a subseção de Santarém receba tratamento orgânico em relação a nossa Seção Pará (estadual).
E isso deve preocupar também todos os advogados assistidos pela OAB subseção de Santarém, aqueles advogados que votaram na chapa que se tornou a direção local e aqueles que votaram na chapa concorrente, pois os serviços que a atual direção tem o dever de garantir aos advogados locais dependem do respeito institucional dispensado pela direção Estadual da OAB.
Nós temos todo o interesse que a Seccional Pará entenda o processo eleitoral como um momento que já passou, compreenda que a direção local da OAB é um veículo de prestação de serviço e defesa do advogado em Santarém, e que é indispensável fazer isso por intermédio da direção de Santarém, sob pena de acabar prejudicando o profissional advogado que espera nos seus dirigentes a capacidade de gerir mesmo diante de diferenças políticas.
Creio que ainda é tempo de costurar essa relação institucional abalada pelo teor do ofício mencionado e pelo tratamento, até agora, indiferente às necessidades práticas para o funcionamento da nossa subseção como parte da OAB paraense.
Escrevo em meu nome, mas exponho aqui o sentimento dominante nos dirigentes locais da OAB que é de muita preocupação com a declarada e inequívoca intenção de impor uma crise institucional que segregue a Subseção Santarém da estrutura da instituição da Ordem dos Advogados do Brasil, no Estado do Pará.