Jeso Carneiro

Poetas amazônicos – Diabético lunático

Soneto diabético

O diabo não foi nada ético
Muito menos democrático
Ao tornar-me um ser diabético
E deixar-me mais lunático…

E nem deus foi tão herético
Nem tampouco, antipático
Ao tornar-me um ser dietético
Muito embora homeopático…

E assim continuo um cético
Um sujeito problemático
Muito embora mais dialético

Com um desejo em si, catártico
De livrar-me de um mal hermético
Que destrói meu ser errático…

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Do diabético Jota Ninos, poeta amazônico nascido em Belém e naturalizado tapajônico.

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