
A Câmara de Vereadores de Óbidos (PA) impôs nesta terça-feira (3) uma nova derrota ao prefeito Chico Alfaia (PL), candidato à reeleição, ao aprovar as contas de 2005 do ex-prefeito Jaime Silva (MDB). A votação foi conduzida pelo presidente da Casa, Rylder Afonso (PSDB).
Desde o ano passado Alfaia articulava a desaprovação das contas. Chegou a reforçar a bancada governista com duas das principais vozes da oposição ao seu governo na Casa — Kedson das Neves (MDB) e Preto Sousa (PSD) –, mas não obteve sucesso.
O prefeito precisava de 9 votos para derrubar o parecer favorável à aprovação das contas do TCM (Tribunal de Contas dos Municípios). Obteve somente 7 votos. Seis vereadores acompanharam o TCM.
Antes, na Comissão de Economia e Finanças da Casa, a estratégia de tornar inelegível Jaime Silva na eleição deste ano já havia sofrido uma acachapante derrota.
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Por 4 a 1, a comissão aprovou o parecer do TCM, enterrando o parecer do relator, Chico Barbado (MDB), que custou 10 mil reais à Câmara pagos pela gestão de Nivaldo Aquino, falecido no início do ano, ao advogado acusado de improbidade administrativa Marjean Monte.
Quem votou pelo parecer do TCM
1. Rylder Afonso (PSDB); 2. Lindomar Marinho (PSC); 3. Valdo Amorim (PL); 4. Carlinhos Guimarães (PSDB); 5. Bico de Pato (PSC) e 6. Professor Dinanci (PSD).
O voto da bancada governista
1. Rosinaldo Cardoso (Patriota); 2. Valdecy Milagres (PSC); 3. Preto Sousa (PSD); 4. Isamarc Soares (Republicanos); 5. Kedson das Máquinas (MDB); 6. Chico Barbado (MDB) e 7. Rubinho Sousa (PSC).
Medo do enfrentamento
Jaime Silva, que já foi gestor de Óbidos duas vezes, tentará emplacar o 3º mandato na eleição deste ano. Ele é o favorito da disputa.
Entra no páreo com apoio declarado do governador Helder Barbalho (MDB) e de mais 3 deputados: Júnior Ferrari (federal do PSD) e os estaduais Ângelo Ferrari (PTB) e Júnior Hage (PDT).
Isolado politicamente e traço nas pesquisas de intenção de votos, Chico Alfaia tentou, com a reprovação das contas de 2005, retirar Jaime Silva da disputa. Fracassou.
Terá que, agora, bolar outra estratégia até outubro deste ano se não quiser enfrentar o adversário nas urnas.
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