Jeso Carneiro

A política do ódio em Oriximiná pode ser exportada para Terra Santa

Política do ódio em Oriximiná pode ser exportada para Terra Santa. Por Jeso Carneiro
Os irmãos Siqueira (chapéu de palha) e Willian Fonseca: política de ódio em Oriximiná

O modus operandi de fazer política dos irmãos Fonseca em Oriximiná (PA), pautada no ódio e que enxerga nos adversários inimigos a serem destruídos, inclusive fisicamente, pode ser exportada para o município de Terra Santa, também na região da Calha Norte.

Apoiadores de Siqueira Fonseca (PRTB) na cidade vizinha embarcaram na ideia, ainda em fogo brando, de lançá-lo candidato a prefeito nas eleições de 2024, entorpecidos com a votação conseguida ali pelo policial do Amazonas.

O irmão do atual prefeito oriximinaense Willian Fonseca obteve a maior votação para deputado estadual no pleito deste ano em Terra Santa. Amealhou exatos 3.605 votos – ou seja, quase 35% dos votos válidos para o cargo.

Esse desempenho nas urnas é duas vezes maior que o alcançado pelo 2º mais votado para Alepa (Assembleia Legislativa do Pará) na cidade: o deputado estadual reeleito Angelo Ferrari (MDB), que conseguiu pouco mais de 1,8 mil votos.

Como Siqueira não pode suceder Willian em Oriximiná, por impedimento da legislação eleitoral, a estratégia de “exportar a revolução” para Terra Santa ganhou tração.


Mais um episódio da política de ódio dos Fonseca, ocorrido nesta semana


O município, com os cobiçados royalties da exploração de bauxita, tem potencial também, assim como Oriximiná, de cacificar voos políticos mais altos dos Fonseca – fracassados, é verdade, nas urnas deste ano, tanto com Siqueira quanto com Renata, candidata ao Senado (52,9 mil votos), mas nada que detenha o sonho de mais poder político da família.

Pacata, pacífica, cordata, a política de Terra Santa pode se transformar amanhã no faroeste de ódio que hoje virou Oriximiná, terra arrasada da civilidade democrática desde que os Fonsecas ali pisaram.

A panela está no fogo.

Jeso Carneiro

É repórter e editor do portal JC. Pai, avô do João e Joaquim, corredor, botafoguense e leitor voraz.

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