Jeso Carneiro

No raso com… Iza Tapuia

Fotos: Blog do Jeso
Iza Tapuia, líder indígena

Ela nasceu Iza Maria Castro dos Santos,  na comunidade santarena de Ajamuri, no Lago Grande de Curuaí. Mas é como Iza Tapuia que ganhou projeção nacional e internacional por sua luta pelos direitos e reconhecimento dos povos indígenas, de modo particular dos que habitam a Amazônia.

No tocante à educação indígena no Pará, por exemplo, Iza virou referência e fonte de consulta para qualquer projeto ou ação séria que se pense para esse segmento educacional.

Recentemente, ela esteve na Venezuela, onde participou de um congresso que reuniu lideranças indígenas de toda a América.

Iza Tapuia é a 3ª personagem a participar da seção “No raso”, onde já estiveram a jornalista Márcia Reis e o arquiteto e urbanista Anísio Quincó.

Conheça um pouco mais sobre ela.

Nome: Iza Maria Castro dos Santos (batismo). Ou, o nome indígena: Majahua (Flor da Manhã); povo Tapuia ou Jerral (Venezuela).

Idade: 40 e tantos anos.

Natural: Ajamuri, Lago Grande do Curuai.

Decidiu que seria antropóloga quando: entre os anos de 1985-1990, na convivência com os indígenas do Povo Kulina (Madija), baixo rio Juruá, no Amazonas.

Uma pesquisa científico-antropológica que marcou sua vida: a tese de mestrado “Povos Indígenas do Baixo Tapajós, rostos contemporâneos do Brasil”, FLACSO – Equador. Estudo realizado em 2003 na comunidade Muratuba do Povo Tupinambá, rio Tapajós.

Um herói: os meus ancestrais indígenas, meus avós Tapuia Clarinda e Venâncio; Maria e Joviano.

Livro favorito: “As veias abertas da América Latina”, do jornalista uruguaio Eduardo Galeano.

Uma viagem marcante: em 2009, para Wuachamakary, aldeia indígena Yecuana, no alto rio Orinoco,Venezuela.

Lugar para descansar: a casa dos meus pais no Mapiri, em uma rede embaixo da mangueira.

Fugiria para: Cidade dos Deuses, Alenquer , com ele.

Um momento que gostaria de reviver: banho na cachoeira Rocha Negra, em Santarém.

O presente mais legal que já recebeu: meus filhos Maíra, Uirá e Huaido.

Não sai de casa sem… colar artesanal.

Especialidade na cozinha: bolinho de Piracuí

Sonho não realizado: conhecer Cuba, antes do Comandante Fidel Castro partir para cidade celestial.

Sempre visita na internet: no geral, artigos e livros antropológicos sobre memória, territorialidade e identidade; revistas, entre elas “Carta Maior” e temas ligados a espiritualidade e músicas MPB. Local: o Blog do Jeso e do advogado José Ronaldo Dias Campos, além das redes sociais Facebook, Skap e Anaind.

O melhor de Santarém: a beleza paisagística, a elegância de sua gente e a gastronomia.

Com quem gostaria de fazer uma pesquisa antropológica: com Fernando Garcia, antropólogo, professor e diretor do curso estudos étnicos da FLACSO, de Quito, Equador. Sobre “A natureza e a importância sócio cultural dos cordões de pássaros nas décadas de 70 e 80 no Município de Santarém”.

O que seria se não fosse antropóloga: Arqueóloga.

Um recado curto e grosso: Vamos ser cada vez mais, seres humanos, humanizados e respeitosos incondicionais da diversidade cultural, sexual e ambiental.

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