
A pedido do MPF (Ministério Público Federal), a Polícia Federal em Santarém começou a investigar a suposta existência de uma quadrilha em Óbidos especializada em desviar recursos públicos federais da área da Saúde.
A denúncia foi feita no ano passado – e repercutida aqui no portal Jeso Carneiro – pelo presidente da Câmara de Vereadores de Óbidos, Preto Sousa (PSD).
Três pessoas ligadas à gestão do prefeito Chico Alfaia (PR) deverão ser interrogados nesta semana em Santarém pelo delegado Gecivaldo Vasconcelos Ferreira, que está à frente das investigações.
São elas:
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— Melina Braga, ex-titular da Semsa (Secretaria Municipal de Saúde);
— Moisés Portela, atual titular da Semsa, e
— Caio Amaral, farmacêutico concursado da Prefeitura de Óbidos.
No inquérito policial, o delegado Gecivaldo Ferreira busca provas de materialidade e indícios de autoria para a denúncia protocolada pelo vereador Preto Sousa em março deste ano no Ministério Público Federal em Santarém.
O parlamentar foi, inclusive, o primeiro a ser ouvido pelo delegado da PF sobre o caso, no início deste mês.
O prefeito Chico Alfaia, acusado de participação no esquema, além de empresários do ramo de medicamentos, também devem ser notificados pela PF.
Em nota ao portal no ano passado, Alfaia classificou a denúncia de Preto Sousa como “sem fundamentos”, cuja única intenção era tão somente motivada pelo prazer de ofendê-lo.
Preto Sousa, conforme o portal Jeso Carneiro apurou, fez o relato detalhado ao delegado da PF do modus operandi da quadrilha.
No final de 2017, Chico Alfaia fechou licitação para compras de medicamentos no valor de R$ 5 milhões com 6 empresas, entre as quais Allgreens Hospitalar, de Goiás, que levou uma ambulância do Samu, supostamente para “conserto” e com ordem do prefeito, para Goiânia, sem qualquer comunicação à Câmara de Vereadores.
Até agora o veículo não retornou a Óbidos.
A Allgreens é uma das empresas que mais vende remédios para a Prefeitura de Óbidos.
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