Jeso Carneiro

Poetas amazônicos – Irônico dicotômico

Soneto macarrônico

Como não ser tão cênico
– E porque não dizer, irônico –
Nesse mundo esquizofrênico
E assim tão dicotômico?

Como não ser psicodélico
E até mesmo, bem platônico,
Nesse caos maquiavélico,
Nesse cosmos, quiçá, daltônico?

Como não ser lacônico
Nesse mundo tão afônico,
Que acredita no zodíaco?

Como não ser, enfim, sardônico
Ao viver tão catatônico
Até morrer feito cardíaco?

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De Jota Ninos, poeta amazônico naturalizado tapajônico.

Leia também dele:
Diálogos de mim mesmo.
Corpoesia.

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