Quixotesco
Morro de medo de dormir e não acordar
Do meu profundo sono oceano
Por isso me indago notívago
E brigo com Morfeu
Por não saber me acalentar
E tirar de mim, mesmo à fórceps,
A fobia do Tártaro
Onde Caronte me aguarda
Paciente…
Nego-me o sono dos justos
Pois meus sustos
São constantes, delirantes
Típicos arroubos de Cervantes
Por onde anda meu amado Rocinante?
E em que lugar minha doce Dulcineia?
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De Jota Ninos, poeta amazônico nascido em Belém (Pará) e naturalizado tapajônico.
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