Jeso Carneiro

Lava Jato, a farsa jurídica que destruiu a soberania nacional. Por Valber Pires

Mensagens divulgadas em site mostram colaboração entre Moro e Deltan na Lava Jato
Deltan Dallagnol, procurador da República, e Sérgio Moro, ex-juiz federal: ícones da Lava Jato. Foto: Arquivo BJ

Tínhamos uma das indústrias de construção civil mais competitivas do mundo. Tínhamos um modelo de exploração do pré-sal que atendia aos critérios de justiça social e federalismo econômico.

Tínhamos uma poderosa indústria de construção naval. Tínhamos um programa nuclear capaz de nos colocar na dianteira da indústria de alta tecnologia mundial.

Valber Pires *

No lastro de tudo isso, tínhamos centenas de milhares de engenheiros, cientistas, técnicos bem empregados e bem remunerados, um mercado consumidor em crescimento e cobiçado pelos grandes players da indústria mundial. A Lava-Jato destruiu tudo isso através de um esquema monumental de farsa jurídica e mentiras históricas.

Quando analisamos racionalmente os grandes eventos jurídicos de um país, devemos considerar as seguintes premissas para compreender seus verdadeiros propósitos:

— 1. Quais interesses econômicos práticos estão sendo satisfeitos. 2. Quais interesses políticos práticos estão sendo satisfeitos. 3. Quais interesses ideológicos práticos estão sendo satisfeitos.

 

Somente a resposta a estas premissas nos permite enxergar os interesses práticos por trás do discurso moralista ou anti-corrupção.

Pois bem, as indústrias de construção civil do Brasil foram desmontadas para atender aos interesses das indústrias de construção civil dos EUA, principalmente a hiper, mega corrupta Halliburton, acostumada a estimular guerras, matar civis, crianças para manter a prosperidade dos seus negócios.

Outras companhias chinesas e europeias aproveitaram o leilão da soberania econômica brasileira para também avançar no mercado nacional. Nossa indústria de construção naval foi destruída numa canetada do Temer. A Petrobrás está sendo paulatinamente liquidada e o pré-Sal, hoje, só gera lucros para o mercado e a contrapartida social desta monumental riqueza foi eliminada.

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Nosso programa nuclear foi paralisado pela prisão arbitrária do almirante Otto, com apoio de oficiais militares vende-pátria a serviço dos EUA, que sempre odiou o Brasil como concorrente neste mercado estratégico.

Politicamente, o país foi entregue a um grupo político que mistura fascistas, religiosos terraplanistas e obscurantistas, e, o pior de tudo, milicianos, narcotraficantes, traficantes de armas e coisas do gênero. O lastro de tudo isso: centenas de milhares de empregos de qualidade foram liquidados.

Cientistas, engenheiros, técnicos desempregados ou virando Uber. Mercado consumidor encolhendo. Grandes players industriais retirando seus investimentos do Brasil. Mas, a história real começa a ser explicitada.

 

A Vaza Jato e a quebra de sigilo dos áudios entre promotores e juízes da Lava-Jato está expondo a armação criminosa, infame e irresponsável desses personagens que foram aclamados enganosamente como moralizadores da coisa pública e heróis nacionais.

Todos se dando bem, atuando imoral e corruptamente num mercado de compliance que agora vendem para empresas que ajudaram a quebrar ou que ajudaram a fortalecer no Brasil. Só eles se deram bem às custas de deixar o Brasil sem rumo e sem futuro.

Por isso o ditado: pobre povo que precisa de heróis!


— Valber Pires é professor universitário, doutor em Sociologia, com pós-doutorado em Socioeconomia e Sustentabilidade.

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