
Tínhamos uma das indústrias de construção civil mais competitivas do mundo. Tínhamos um modelo de exploração do pré-sal que atendia aos critérios de justiça social e federalismo econômico.
Tínhamos uma poderosa indústria de construção naval. Tínhamos um programa nuclear capaz de nos colocar na dianteira da indústria de alta tecnologia mundial.

No lastro de tudo isso, tínhamos centenas de milhares de engenheiros, cientistas, técnicos bem empregados e bem remunerados, um mercado consumidor em crescimento e cobiçado pelos grandes players da indústria mundial. A Lava-Jato destruiu tudo isso através de um esquema monumental de farsa jurídica e mentiras históricas.
Quando analisamos racionalmente os grandes eventos jurídicos de um país, devemos considerar as seguintes premissas para compreender seus verdadeiros propósitos:
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— 1. Quais interesses econômicos práticos estão sendo satisfeitos. 2. Quais interesses políticos práticos estão sendo satisfeitos. 3. Quais interesses ideológicos práticos estão sendo satisfeitos.
Somente a resposta a estas premissas nos permite enxergar os interesses práticos por trás do discurso moralista ou anti-corrupção.
Pois bem, as indústrias de construção civil do Brasil foram desmontadas para atender aos interesses das indústrias de construção civil dos EUA, principalmente a hiper, mega corrupta Halliburton, acostumada a estimular guerras, matar civis, crianças para manter a prosperidade dos seus negócios.
Outras companhias chinesas e europeias aproveitaram o leilão da soberania econômica brasileira para também avançar no mercado nacional. Nossa indústria de construção naval foi destruída numa canetada do Temer. A Petrobrás está sendo paulatinamente liquidada e o pré-Sal, hoje, só gera lucros para o mercado e a contrapartida social desta monumental riqueza foi eliminada.
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Nosso programa nuclear foi paralisado pela prisão arbitrária do almirante Otto, com apoio de oficiais militares vende-pátria a serviço dos EUA, que sempre odiou o Brasil como concorrente neste mercado estratégico.
Politicamente, o país foi entregue a um grupo político que mistura fascistas, religiosos terraplanistas e obscurantistas, e, o pior de tudo, milicianos, narcotraficantes, traficantes de armas e coisas do gênero. O lastro de tudo isso: centenas de milhares de empregos de qualidade foram liquidados.
Cientistas, engenheiros, técnicos desempregados ou virando Uber. Mercado consumidor encolhendo. Grandes players industriais retirando seus investimentos do Brasil. Mas, a história real começa a ser explicitada.
A Vaza Jato e a quebra de sigilo dos áudios entre promotores e juízes da Lava-Jato está expondo a armação criminosa, infame e irresponsável desses personagens que foram aclamados enganosamente como moralizadores da coisa pública e heróis nacionais.
Todos se dando bem, atuando imoral e corruptamente num mercado de compliance que agora vendem para empresas que ajudaram a quebrar ou que ajudaram a fortalecer no Brasil. Só eles se deram bem às custas de deixar o Brasil sem rumo e sem futuro.
Por isso o ditado: pobre povo que precisa de heróis!
— Valber Pires é professor universitário, doutor em Sociologia, com pós-doutorado em Socioeconomia e Sustentabilidade.
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A operação Lavajato tratou a corrupção no Brasil como uma praga de carrapato em um rebanho, que para acabar com a praga dizimou o rebanho. Acabou com as empresas nacionais de construção pesada (Civil, naval, petrolífera. etc.), mas ainda existe um bocado de babaca que ainda consideram esses “juízes” como heróis.
Discurso de ideologia de esquerda.
Professor Vagner, parabéns pela clareza da sua opinião. Acrescentaria como beneficiados, também as agências multilaterais como BIRD e BID que voltaram a emprestar dinheiro a Estados e financiar grandes obras, substituindo o BNDES, que tinha se tornado um Banco internacional. Esses rapazes, com sua boa pinta, formação jurídica primária, que se tornaram juízes sabe lá por que meios, serviram à propósitos de grandes multinacionais e de países que prezam por suas pátrias. Pobre Brasil!