
Morreu na manhã desta segunda-feira (17), em sua residência em Santarém, oeste do Pará, o historiador, escritor e ex-vereador Hélcio Amaral. Ele estava prestes a completar 79 anos. Lutava contra um câncer.
O corpo, segundo informações de seu filho Podalyro Neto, será velado na capela mortuária da igreja Santíssimo Sacramento, no bairro do Santíssimo. O enterro está programado para amanhã.
Helcio Amaral de Sousa, natural de Juruti, é o terceiro ex-integrante da Câmara de Vereadores de Santarém morto neste ano — Argemiro do Vale, antes, e Faustino Sales, semana passada.
Era casado com a professora aposentada Rosinete Amaral. Tiveram 3 filhos e adotaram mais 2. Comerciante, foi presidente (1981-1982) da antiga ACS, hoje Aces (Associação Comercial e Empresarial de Santarém).
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Autor de vários livros, em 2017 lançou O Guardador de Memórias – Fragmentos Históricos da Amazônia. Ocupava a cadeira de nº 16 da Academia de Letras e Artes de Santarém.
REPERCUSSÃO ⤓
— Neucivaldo Moreira, professor e escritor:
“Hélcio era uma lição sempre. Cada momento de conversa com ele na Academia [de Letras e Artes de Santarém] era sempre muito significante. Demonstrava muita força sobre a morte”.
— Wildson Queiroz, professor e historiador:
“Com tristeza recebi na manhã desta segunda feira a notícia do falecimento do escritor e historiador Hélcio Amaral, figura com destacada atuação no campo cultural de Santarém, onde, entre muitas funções, exerceu o cargo de secretário de Cultura. Hélcio Amaral teve destacada atuação nas reuniões preparatórias para a fundação do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós – IHGTap, do qual é sócio fundador e também participou da fundação da Academia de Letras de Santarém, Alas. Em seu último livro, O Contador de Histórias, publicado em 2018, abordou temas relacionados ao desenvolvimento da região amazônica, com destaque para a região oeste do Pará. Uma grande perda para a cultura e a literatura paraense”.
— Edu Dias, cantor e compositor obidense:
“Seu Hélcio era uma pessoa imprescindível para a historiografia e cultura do Baixo Amazonas. Autodidata, tinha um interesse pelo estudo dos ciclos econômicos na Amazônia, conhecia a história das famílias, escreveu livros e fazia palestras. Um sábio. Eu frequentava a varanda da sua casa em conversas quase intermináveis, de não fosse a intervenção pra almoçar ou jantar, era assim. Santarém e Óbidos acaba de perder um grande personagem. Meu amigo querido, que os anjos o recebam de braços abertos na companhia do pai celestial”.