Unanimidade
Emudeço umedecido
E me desço adormecido
E me decido pela noite fria
De teus lençóis…
Te aqueço com meu frio
Enrijeço teu apreço
E obedeço ao teu preço
No calafrio dos arrebóis…
Amanheço tuas noites
Com açoites em tua languidez
Escorrego em tua tez
E me transbordo
À tua bordo
E me rebordo
De bombordo à estibordo
Dessa tua insensatez…
Nau desgovernada, desfaçatez
De corpos intumescidos
Sudorese divina, embriaguez…
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Unânime “anima” na umidade!
E, despudorado, exploro tua nudez
Com ardor enfurecido
Obedeço teu começo
Mas me esqueço do meu fim…
Emudecido umedeço
Até o céu de tua boca
Esmaecer enternecido
Da umidade do meu prazer…
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De Jota Ninos, poeta amazônico nascido em Belém (Pará) e naturalizado santareno.
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