Jeso Carneiro

Poetas amazônicos – Tessitura têxtil

Intertexto

Tessitura textual
É tal e qual
Tessitura têxtil
Terra sempre fértil
Onde ideia
Traduz imagem
Linguagem,
Onomatopeia!

A textura do meu texto
Há de contestar
O contexto
Inconteste!

Atestará o pretexto
Que apetece
O hipertexto
Constante
Em minha estante
De poetas delirantes
E bissextos

Haverá em meu sextante
Um sexteto navegante
Das terras de Camões…

Haverá em meu semblante
O incesto degradante
Da guerra entre irmãos…

Mas cada trecho
Terá um apetrecho
Desconexo
Sem nexo
Sem sexo
Sem eco

Pois meu texto
É hipertexto
É metatexto
É super-texto
Que não aceita
O cabresto
O arresto
De quem acha
Que meu texto
É “textículo”…

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De Jota Ninos, poeta amazônico nascido no Pará (Belém) e naturalizado santareno.

Leia também dele:
S.O.S.
Soneto de um filósofo armagurado.
Simbioese.
Na tal idade.
Volúpia tropical.

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