O cerco se fechou ainda mais contra o Atacadão Meio a Meio, nome de fantasia da empresa Rocha Distribuições Eireli, acusada de suposto crime de assédio eleitoral contra seus funcionários em Santarém (PA).
O que era denúncia (notícia de fato) subiu de patamar e virou inquérito civil (IC) no MPT (Ministério Público do Trabalho), onde o caso está sendo apurado desde que foi revelado na sexta-feira (21) pelo JC.
A procuradora do Trabalho Amanda Fanini Gomes Alcântara foi quem determinou a abertura do IC (nº 000254.2022.08.003/0), ainda ontem, oficializado através de portaria, também publicada na sexta.
A decisão de Amanda Alcântara se deu “considerando a notícia de fato emergente das peças informativas existentes nos autos” sobre o caso.
— ARTIGOS RELACIONADOS
O principal alvo das investigação é o empresário Abraão Rocha, que se diz, no vídeo, um dos donos do Atacadão Meio a Meio, e pede votos para Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais deste ano.
Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, venceu no 1º turno em Santarém. Amealhou 92,7 mil votos (49,4%); Lula (PT) teve 78,3 mil (41,7%).
“Que vergonha [se] nós elegermos um ex-presidiário”, discursa Abraão Rocha a alguns de seus funcionários dentro de uma das unidades da empresa na cidade, referindo-se ao candidato do PT. Lula lidera as pesquisas de intenção de voto para o 2º turno.
Com camisa amarela da seleção brasileira, o empresário promete, ao final do vídeo, pagar um churrasco para todos os funcionários caso Bolsonaro seja reeleito.
“Se o nosso presidente [Bolsonaro] ganhar, em todas filiais, em todas lojas a gente vai fazer um churrasco. A gente vai comemorar a fartura, porque uma certeza eu tenho: a gente mantendo o governo, a gente tem [sic] muito sucesso a brindar”, concluiu, pedindo palmas a todos os presentes.
- O JC também está no Telegram. Siga-nos e leia notícias, veja vídeos e muito mais.