O Ministério Público do Pará pediu a prisão preventiva do presidente da Câmara de Vereadores de Santarém, Antônio Rocha (MDB), e do diretor geral da Casa, Sandro Lopes, no âmbito da Perfuga.
O pedido, feito pelos 3 promotores à frente da operação — Maria Raimunda Tavares, Rodrigo Aquino e Bruno Fernandes — não foi acolhido pelo juiz Alexandre Rizzi, da 1ª Vara Criminal de Santarém.
“Há fortes indícios que os acusados, Antonio Rocha e Sandro Tárcito, tenham participado da imbricada criminosa. Todavia a prisão antes do processo penal ser instruído, com base no contraditório e ampla defesa, deve atender as requisitos de cautelaridade que não verifico presentes neste momento”, justificou o magistrado.
Rizzi concordou em afastar os dois do cargo público que ocupam arualmente, por entender que, “com poderes de mando”, eles poderiam influenciar no desenrolar do caso.
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E lembrou:
“Pelos depoimentos colhidos, [os dois] tentaram, mesmo que de forma transversa, influenciar depoimentos testemunhais na fase inquisitorial”.
Em decisão na sexta-feira (14), Rizzi acatou denúncia ajuizada pelo Ministério Público no ano passado, e tornou réus, pelo crime de peculato continuado, Antônio Rocha e Sandro Lopes, além de Bruna Figueira Torselli, Esequiel Aquino de Azevedo e Pedro Gilson Valério de Oliveira.
CONTRAPONTO
Sandro Lopes não quis se manifestar sobre o caso. “Não fui intimado ainda, por isso desconheço o teor do processo”, alegou. Também procurado, Esequiel Aquino nada declarou.
O blog aguarda o contraponto de Antônio Rocha, via assessoria de imprensa, contactada. Não conseguimos localizar Pedro Oliveira e Bruna Torselli. O espaço para a manifestação de todos, a qualquer tempo, está aberto.