Família envolvida na Perfuga criou duas construtoras com o mesmo nome: Tupaiu

Familiares do ex-presidente da Câmara de Vereadores de Santarém Henderson Pinto (DEM), investigados na operação Perfuga, têm duas empresas com o mesmo nome — Tupaiu — e mesma atividade econômica principal, construção civil.

É o que apurou o Blog do Jeso no site da Receita Federal do Brasil.

Há diferenças sutis na nomenclatura empresarial das duas empreiteiras, ambas com CNPJ diferentes. Mas elas carregam o nome que virou marca registrada da família no setor, a denominação indígena Tupaiu.

A mais antiga é a Construtora Tupaiu Ltda, cujo nome de fantasia é “Construtora Tupaiu”. Foi aberta em 1996, ano em que Lira Maia ganhou a primeira eleição para prefeito de Santarém.

Ela tem como sócios Francisco de Araújo Lira, o Chiquinho Lira, e Raimundo Nonato Lira da Silva.

O primeiro é tio do vereador Henderson Pinto, tendo sido condenado em setembro deste ano a pena de 5 anos e 6  meses de prisão por dano ao erário público, pela Justiça Federal.

Na semana passada, Chiquinho Lira teve parte dos seus bens bloqueados no âmbito da operação Perfuga pelos crimes de fraude à licitação e peculato, de acordo com ação movida pelo Ministério Público do Pará.

O esquema de corrupção que drenou dinheiro dos cofres públicos teria sido montado no mandato de Henderson Pinto na presidência da Câmara de Vereadores, biênio 2014-2015.

TUPAIU DOIS

A outra empresa homônima em nome da família é a Tupaiu Construções e Serviços Ltda, cuja sede, segundo a Receita Federal, fica em Juruti, oeste do Pará. 

Criada em 2009, a construtora tem como nome de fantasia “Tupaiu Service”. Os sócios dela são:

— Geraldo Ribeiro de Rezende Neto, administrador;

— Andre Douglas Lourido Lira e

— Andria Lourido Lira.

Os Lourido Lira são filhos de Chiquinho Lira. Foi a Tupaiu Service que entrou no esquema de corrupção da Câmara de Vereadores de Santarém, conforme acusação do MP à Justiça. 

As duas Tupaiu estão ativas junto à Receita Federal.