Dando sequência à pauta de reivindicações do Sindju (Sindicato dos Funcionários da Justiça do Estado do Pará), os servidores do Judiciário em Santarém realizam nesta quarta-feira, 13, mais uma paralisação de suas atividades usando, desta feita, motivo junino para protestar, com humor.
Com o tema “Servidores da Justiça há muitos anos na Roça!”, analistas, auxiliares e técnicos judiciários realizam o “Arrasta-pé do Reajusto” em frente ao fórum, com música junina, distribuição de comidas típicas e caracterização caipira.
“Queremos chamar a atenção da população sobre a intransigência da Direção do TJPA [Tribunal de Justiça do Pará] de não conceder um reajuste justo à categoria e nem querer discutir nossas perdas salariais”, diz o analista judiciário Francinaldo Bentes, um dos líderes do Movimento ReaJusto, em Santarém.
Os servidores do Judiciário, em todo o estado, iniciaram na semana passada uma série de paralisações às quartas-feiras com o intuito de divulgar o movimento e preparar uma greve, que deve ocorrer no final de junho.
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Em Santarém, os servidores decidiram paralisar somente meio expediente para protestar, sempre em frente ao fórum, na avenida Mendonça Furtado, e manter o apoio à pauta de reivindicações do Sindju, que congrega todos os servidores, menos os oficiais de Justiça.
ABATIMENTO
Sindojus, o sindicato dos oficiais de Justiça, já se conformou com a proposta do TJ, que mantém uma política diferenciada com para essa categoria, concedendo outros benefícios não agregados ao salário-base, como o pagamento extra de diligências por mandado, que será aumentado este ano.
A Ordem dos Advogado do Brasil (OAB) no Pará tentou intermediar na terça-feira (12) uma solução ao conflito, reunindo com a direção do TJ, mas recebeu apenas a confirmação de que o tribunal não pretende pagar mais do que já propôs: 3% de reajuste salarial, mais 50 reais sobre o auxílio alimentação da categoria.
O Sindju propõe 4,69% de reajuste para este ano, parte dos quais poderiam servir já de abatimento para as perdas salariais da data-base de 2016 (7,03%), outra pauta proposta pela categoria.
O TJ propõe discutir as perdas só no segundo semestre com a futura direção do tribunal, que assume em 2019, mas a categoria desconfia da proposta, já que ocorreu a mesma coisa no ano passado e depois não houve qualquer manifestação da direção.
Com informações do Sindju
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Direitos se constroem com luta e com a força da coletividade.
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Sem os serventuários não se faz justiça.
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