CDP: nome indicado por Jader Barbalho irá dirigir a companhia. Por João Salame

Depois de meses, finalmente a Comissão Interna de Elegibilidade da Companhia das Docas do Pará (CDP) aprovou o nome de Jardel Rodrigues da Silva para a presidência.

Agora, o nome vai para o Conselho de Administração (Consad), obedecendo o que regulamenta a Lei das Estatais, para finalmente ser nomeado.

Jardel foi diretor da Funasa e atualmente é assessor do presidente da Alepa, deputado Chicão (MDB). Ele foi indicado pelo senador Jader Barbalho (MDB), com o aval do filho, o governador Helder Barbalho (MDB).

Como o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, é do PSB, o cargo era postulado pelo ex-deputado Cássio Andrade, que pretendia indicar para a presidência o ex-prefeito de Brejo Grande do Araguaia, Marcos Dias do Nascimento, o Marcos Baixin.

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Com a definição de Jardel na presidência, Andrade tem manifestado a interlocutores que haverá uma gestão compartilhada na CDP entre MDB e PSB. Para tanto, o nome de Baixin teria que ser nomeado para ocupar uma das diretorias.

No entanto, para a mais importante das diretorias, a de gestão portuária, já existe um nome sendo avaliado pela Comissão de Elegibilidade. É o de Alexandre de Carvalho, atual secretário de Portos de Barcarena.

Indicado pelo prefeito Renato Ogawa (PP), Alexandre trabalhou na chefia de gabinete do Governo do Estado, levado por Luziel Guedes. Depois que foi exonerado por motivos particulares, ele foi levado para a prefeitura de Barcarena por Ogawa.

Após de ter seu nome preterido para a presidência, Marcos Baixin pode ser indicado para a diretoria financeira da CDP.

Mas até agora seu nome sequer chegou na Comissão de Elegibilidade. Antes tem que ser indicado por algum parlamentar para a Casa Civil da Presidência e, depois de aprovado, ser encaminhado pelo Ministério dos Portos para a Comissão. Um longo caminho.

E especula-se que, para essa diretoria, um outro nome deve surgir, o do ex-presidente da Cohab e ex-vereador Orlando Reis. Em qualquer caso, é preciso a concordância do governador Helder Barbalho.

Além de tudo isso, em Brasília, o comentário corrente é que o presidente Lula (PT) pretende atrair para o governo o PP e o Republicanos, num amplo acordo com o presidente da Câmara Federal, deputado Artur Lira (PP), para assegurar uma maioria confortável no Congresso.

Nesse contexto, esses partidos indicariam pelo menos 2 ministros. E uma das hipóteses aventadas é retirar o PSB do Ministério dos Portos, deslocando Márcio França para outra pasta.

Ou seja, os interessados passarão algumas noites de sono até agosto.

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