Bancário, santareno residente em Belém, Osilênio Moura (foto) escancara: o termo arigó é preconceituoso sim senhor.
– Sou cearense e também sofri na pele esse preconceito indigno da colonia santarena em relação aos cearenses – relata, em comentário ao blog a propósito do post Preconceito em Manaus e Santarém.
Segundo o bancário, esse tratamento dado aos nordestinos e seus descendentes é tipicamente santareno.
– Esse é um termo pejorativo com intenção de ofender que infelizmente ocorre em terras tapajônicas e não adianta querer dizer que isso não existe – critica.
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Abaixo, a íntegra do comentário de Osilênio.
“Felizmente aqui em Belém não se verifica qualquer tipo de preconceito com relação ao fato de ser arigó ou Manauara. Sou cearense e também sofri na pele esse preconceito indigno da colônia santarena em relação aos cearenses. Já sai pra porrada com muita gente por ser chamado de arigó.
Estou em Belém desde 1976 e aqui não se sabe nem o que é arigó. Esse é um termo pejorativo com intenção de ofender que infelizmente ocorre em terras tapajônicas e não adianta querer dizer que isso não existe. Lembro até que tinha um amigo cearense que se ofendia quando eu o chamava de conterrâneo. Veja em que ponto nós chegamos!
Felizmente os arigós são mais respeitados em Belém do que em nossa querida Santarém. Aqui em Belém não se sabe nem o que é arigó. Os santarenos não têm idéia dos prejuízos que esse preconceito traz à auto-estima dos cearenses. Aprendemos quando estudamos ética que “uma palavra dita com intenção de humilhar é capaz de matar sem que se sujem as mãos”.
É bom que pensemos nisso! Sugiro até que se inicie uma campanha em Santarém para que se acabe de uma vez por toda com esse preconceito odioso que infelizmente ainda reina na querida Pérola do Tapajós. Estou disposto a dar minha colaboração”.
TODO MUNDO não caralho!!!
Realmente, em Belém não se vê muito preconceito com pessoas que não são da área. Registre-se aqui que percebo algum preconceito contra maranhenses e também algum preconceito – até um pouco maior – com pessoas da região Sudeste do Pará: sendo de difícil dissociação “Sul/Sudeste paraense” e “violência” para o imaginário dos belenenses.
Putz….
Todo mundo chorando e se lamentando com o preconceito. Todo mundo, preconceituoso, sofrendo com o preconceito dos outros …
Mocorongo se lamentando do Paraense.
Paraense se revoltando com Amazonense.
Gaucho e paranaense chingando mocorongos e paraenses.
E agora, Arigó revidando o Mocorongo.
Então também eu, Estrangeiro e “Carcamanno” Italiano, perseguido pelos Petofóbicos …
Vou chorar.
Tiberio Alloggio
pronto só faltava o gringo………
De 1976 para cá muitas coisas mudaram, Sr. Osilênio. Se houve “perseguição”, “discriminação” em relação aos arigós, isso ficou pra trás, mas muito pra trás mesmo. Santareno de origem, um de meus melhores amigos é descendente de cearenses, a quem carinhosamente chamávamos de arigó. No ensino médio e superior, eles e elas estavam presentes. Paraenses e cearenses tiveram filhos e filhas, e estes também já tiveram filhos e filhas que deu origem a uma nova linhagem: os PARIGÓS. Hoje são inumeráveis os setores em que se destacam os ARIGÓS, e cito isso com respeito pois são SANTARENOS de origem nordestina que, como falaria Júlio César, “vieram, viram e venceram”. Sinta-se feliz por poder estar vivo e conferir que o que estou citando é verdade. Não se ressinta do passado. Viva o presente! Viva a diferença!
Acho essa questão muito preocupante. Na nossa família temos muitos amigos CEARENSES e NORDESTINOS!!! Gente da melhor qualidade, trabalhadora, honesta e amiga!!! Não conheço muito Fortaleza, mas pelo pouco que vi achei aquela terra maravilhosa, gostosa de se visitar, com povo extremamente acolhedor!! Acho esse preconceito um absurdo, assim como achei o caso do Amazonino lamentável. Mas enfim, o preconceito existe!!! Resta-nos acabarmos com isso!! E viva os cearenses, paraenses, maranhenses, amazonenses, etc, QUE SÃO BRASILEIROS ACIMA DE TUDO!!! Valew Jeso…
Quando vejo alguma notícia do Ceará me espanto. Mas lá há ainda habitantes?
Meu amigo arigó OSILENIO,
curte esta, mas não vai me dar porrada.
O ENCONTRO DE DOIS AMIGOS EM SÃO PAULO, ZÉ ANTONIO E CHICO BEZERRA.
Zé Antonio caminhava pela avenida São João, repentinamente Chico Bezerra vem por traz e diz: arribe os braços e não se bula, Zé Antonio reconheceu o sotaque e disse, porra conterraneo até aqui vc me persegue ?
ai q dó, ai q dó,stm ta chio de arigó
Vejamos,
Sou santareno e moro em Manaus e aqui há uma grande discriminação em relação à paraenses. Ouço muita coisa ruim, porém nem ligo mais. Estou aqui apenas de passagem em buscando uma melhoria de vida, assim como todos os paraenses que aqui estão, bem como, os cearenses que moram em Santarém. Vejo o termo “arigó” soar como identidade de pessoas trabalhadoras, prósperas e muitas vezes com destaque nas prinicpais universidades da região norte. No meu ponto de vista, não há preconceito algum na referencia deste termo.
O termo Arigo sempre foi usado no sentido pejoratvo aos cearenses, pois os filhos de Santarem se julgavam superiores aos retirantes que chegavam em busca de vencer na vida com outros habitos costumes, e realmente venceram. Eles encontram um modo de sobreviver ao preconceito, uniram-se! e formaram uma comunidade morando no mesmo bairo, criando seu proprio clube, etc hoje pode-se dizer que a uniao dos cearenses foi maior que o preconceito.
Embora o termo arigo ainda seja usado, ja nao pesa tanto como outrora, pois conquistaram espaço, respeito e trouxeram desenvolvimento a Santarem, conseguiram participar da vida social e sair do gueto em se viram obrigados a viver.
O outro, o estrangeiro, sempre sera visto como ameaça aos da terra, xenofobia e mais antiga do que imaginamos carioca-paulista, brasileiro-argentino, paraense-amazonense, santareno-cearense… o outro sempre incomodara
VCS SÃO CRIANÇAS,ISSO É CULTURA .VÃO EM MARABÁ VER COMO OS MARANHENSES SOFREM.
Meu caro Zé Ronaldo,
A família da Pastora é minha segunda família. Quanta saudade dela, que me tinha como seu filho. Dessa família só posso falar de muita admiração, respeito e carinho. Abraços pr’a Selma, Tâmara e Gabi.
Antonio Silva, muito obrigado por haver compreendido perfeitamente o teor das minhas colocações.
Meus amigos Paulo Paixão e “Espoca Bode”, tenham a certeza de que muitos cearenses preferem ser chamados de “mocorongos” do que “arigó”.
Sou paraense, tenho dois irmão com sangue nordestino e sobrinhos também e os amo muito. Digo bem que uma de minhas irmãs sofreu muito preconceito por ser morena e os cearences não aceitavam pq na concepção deles cearense tem que casar com cearence e a cor da pele é muito levada em conta. Por outro lado meus avós conviveram com uma familia de nordestinos onde trocavam peixe por baião e foram amigos irmão até morrer. Não dá pra comparar o que o Amazonino fez e muito menos justificar. Em Santarém o que tem é nordestino, se Santarém fosse preconceituosa não teríamos nordestinos espalhados por aqui e muito bem de vida, com os mesmos direitos que nós. Santarém é uma cidade de bem e de gente muito hospitaleira e tem que no mínimo ser respeitada por isso. Amazonino Mendes se dó pq é daqui que vão os enfermeiros, administradores de empresas, professores, artistas e até políticos de grande influência para até governar o Amazonas.
Nos anos 40, com a Segunda Guerra Mundial, foi montado uma base norte-americana no Ceará mudando os costumes da população, que passou a realizar diversos manifestos contra o nazismo. Também na mesma década, o governo, afim de estimular a migração dos sertanejos para a Amazônia realizou uma intensa propaganda. Esse contingente formou o “Exército da Borracha”, que trabalharam na exploração do látex das seringüeiras na Amazônia.
O termo arigó, que significa uma ave migratória, foi utilizado pelos próprios migrantes para se auto-referirem, ou seja, para se colocarem como migrantes. No entanto, a memória histórica dos arigós associou ao termo signficados outros, como os de arruaceiro e desordeiro, isso porque, ao se encontrarem nas hospedarias, e diante da precariedade em que viviam, esses arigós protestaram, pois aquilo que lhes tinha sido prometido pelo governo no momento da partida não estava sendo cumprido.
O Cleber Diosnes com a assinatura do Jeso, já dizem tudo, pois não foi os mocorongos quem os denominaram de arigós nossos irmãos cearenses e sim um fato histórico, é foi os próprios cearenses quem deram o nome do bairro onde se concentravam a maioria de VILA ARIGÓ. Se não ficarmos atentos às diferenças históricas, corremos o risco de achar natural se alguém hoje resolver associar movimento históricos com chacotas.
Vi vários comentários, e penso que brincadeira são válidas com todo o respeito ao seu destino, muitos estão confundindo com que houve em Manaus que foi totalmente um puro preconceito. No futebol Jeso! Dizem que a maior torcida do Brasil e do Flamengo… Pois é só preto e arigó que torcem…É preconceito?
O Terror é negro, paraense do Marajó, formado em São Luis MA, casado com uma arigó, uma filha a qual carinhosamente a chamo de ARICORONGA.
Tudo é questão de educação e principalmente de bom senso.
O ser humano (ALGUNS ) é o único animal (racional ) q/ tem sim uma natureza peçonhenta: mania de grandeza, de se achar melhor q/ o outro e querer humilha-lo.
Hitler foi o ápice disso.
Briga idiota essa de preconceito AM e PA, assim como do RJ e SP e por aí vai… isso existe.
Particurlamente vejo como tremendos idiotas, pessoas q/ por algum recalque muuuito grande , tentam humilhar os outros, fazem isso p/ suprir algum grande tralma.
Há casos e casos, p. ex., tem gente q/ chama de arigó/mocorongo c/ sentido pejorativo como diz o jronaldo. Porém, tem gente q/ chama asim por costume, até carinhoso, no fundo a gente sabe. Lembro do saudoso e grande Profº. Dororó que dizia ( e PUBLICAVA)q/ tinha orgulho de ser chamado de mocorongo.
Todo mundo tem seus momentos de grande sensibilidade, vulnerabilidade e se deixa atingir por m… Qdo alguém me chama de mocorongo (até no sentido de avacalhar) não me sinto mal nem inferior a ninguém pq sei da minha existência, do meu valor perante a vida e sei tbm q/ existem muitas encruzilhadas.
È uma discursão muito longa …..
Parenses que se sentem preconceito no Amazonas , cearenses que sentem o preconceito dos paraenses , nortistas que sentem preconceito de sulistas,brasileiros que sentem preconceito de norte americanos , negros de brancos , ´pobres de ricos , petistas da “elite” e assim vai .. todos reclamam , todos se sentem perseguidos ….
Jeso, analise este caso, no final de janeiro deste ano um primo meu se formou em medicina na UEA em Manaus,bem, ele assim como eu somos filhos de cearenses. Na festa de formatura, bastante de nossos parentes foram para a festa, óbvio que todos cearenses. Adivinha o que esse meu primo fez em sua apresentação na festa. Colocou um chapéu estilo do Pinduca e entrou dançando o carimbó do macaco, toda a familia dançava, além de estarem com uma bandeira do Pará. O que se tira disso, é que nessa situação do preconceito dos Amazonenses com os Paraenses, os cearenses que adotaram Santarém e tiverem seus filhos aqui, tomam as dores. Apesar de haver esse preconceito quanto Arigós(por parte de alguns), não se igua-la a situação em Manaus.
Abraços
Estou agora com 23 anos, tenho descendência cearense e faço parte de uma geração em que ser chamado de arigó não ofende mais a mim e nem a meus familiares, às vezes ficamos até orgulhosos….É notório que, no momento atual, a população de origem nordestina em Santarém está sendo mais respeitada devido a uma certa ascensão social….muitos são grandes empresários, grandes médicos, excelentes advogados, delegados brilhantes, juízes bastante respeitados, vereadores e até mesmo a vice-governadoria está ocupada por um de nós…O termo “arigó” é tão inofensivo que o usamos até mesmo em e-mail, orkut e facebook, e somos bem queridos pelos amigos santarenos pois onde estamos fazemos a festa, é típico fazermos muito barulho mesmo…não há mais isso de preconceito, adjetivo jocoso, “ah coitado de mim, me chamaram de arigó”…. nada de ofensa!!! pessoal relaxem….
um abraço a todos…
Santarém recebeu e sempre receberá a comunidade Cearense não há preconceito com os irmãos.
Santarém recebeu e sempre receberá a comunidade Cearense não há preconceito com esses irmãos.
Afinal, quem pode me esplicar o verdaddeio significado de Arigó, pois meu pai que era cearense, contava me que é uma ave que vive mudando de lugar (nomade) é isso mesmo prof. Jeso?. Sim e meu pai fazia era curti com ele mesmo, muito bem humorado que era, nunca o ví ficar com raiva por ser chamado de arigó ao contrario, ele mesmo chamava seus conterraneos de arigó.
É isso mesmo, Cleber, uma ave.
Não sou cearense, nem descendente, nasci em Bragança, sou genuinamente paraense. Depois de andar por esse mundão afora, desemboquei em Santarém onde encontrei gente da mais alta qualidade, tanto cearense quando santareno.
O que se discute aqui é preconceito, Jeso está certo, e precisa ser extirpado, mas há uma grande diferença no caso que envolveu o político amazonense: paraense em Manaus é sinônimo de bandido, ladrão, assassino, mau caráter etc., ao contrario dos cearenses aqui. Nunca vi alguém falar ¨ tá explicado¨ quando um cearense se envolve em alguma coisa socialmente condenável. Os cearenses aqui tem suas ¨colônias¨, seus clubs, dominam o comercio e muito mais.
Fui casado com uma nordestina, tive um filho amado com outra e atualmente namoro uma negra cubana, linda, por quem estou apaixonado e feliz pra caramba.
Viva a paz entre povos.
Chico Corrêa
Conheço o Osilênio há muito e fquei surpreso com suas declarações, principalmente pelo modo brincalhão como se porta com os amigos. Digo isso porque me considero um deles.
Quanto a expressão “arigó” usada em tom jocoso, nada difere do termo “mocorongo”, posto que as duas possuem análogo significado ( vide dicionário). Estou desconhecendo o amigo!
Quanto as porradas, era ele quem as pegava, inclusive da Pastorinha, lá na Sudam. Vou contar pro “Formiga”.
um abraço meu, da Selma e das meninas pra vc e famííia.
Meu caro OSILENIO,
vc já inicia errando ao dizer colonia aos mocorongos, (veja no Aurélio o significado de colonia ), lembro muito bem ( pois tenho 65 anos ) quando da chegada dos nossos irmãos nordestinos, foi um foguetório, foram recebidos de braços abertos pelos mocorrongos, fiquei triste com o meu Amigo ARIGÓ, ( nos conhecemos desde o tempo da VARIG ) ao dizer que já deu porrada em paraense, veja vc nem por isso deixou de ser amado por uma paraense (mocoronga ). Peço que tire de sua mente isso, pois o povo mocorongo e os paranses não só amam como muito devem aos nordestinos ( ARIGÓ ), os bravos irmãos ARIGÓS ( desculpe, pois não é no sentido pejorativo ), é quem estão dando as cartas tanto na colonia Santarena, como na mocoronga, pois temos e nos orgilhamos disso, um vice governador , varios vereadores, profissionais liberais, e altos empresários comandando a economia da colonia Santarém, enfim, meu grande amigo OSILENIO ARIGÓ,não se estresse, tome maracugina, vc lembra do tempo da VARIG, tinha o espoca bode (eu também sou )Antonio ( padre) e ele nunca te deu porrada por isso, peço que acesse http://www.pousadamuiraquita.com.br ao vistar Alter do Chão vc tem seu lugar cativo em nossa pousada.
Entendo que o termo colônia usado pelo Osilênio passou muito bem a mensagem. Não acho que seja motivo para polemizar quanto a isso.
Indiscutível é o prejuizo imenso que o tratamento de arigó dado pelos santarenos aos cearenses e seus descendentes causou em suas vidas.
Quantos descendentes de cearenses cresceram sofrendo essa terrível discriminação, com prejuízo emocional e psicológico? E muitos para minorar os males da discrimianção chegaram (e chegam) ao ponto de esconderem suas origens e raízes, como mecanismo de defesa.
Saliento que sou santareno e não tenho parentes nordestinos, e apesar de sempre me incomodar essa discriminação, jamais traduzirei o sofrimento dos discriminados.
Por isso acho risível o esforço de alguns santarenos em tentar convencer as próprias vítimas de que não foram discriminadas.
É claro que os cearenses e descendentes são bravos porque, mesmo em meio ao sofrimento da discrimianação, venceram.
Também acho pertinente a sugestã/proposta do Osilênio de nos esforçarmos para extinguir esse mal, especialmente quando sentimos na pele as chagas da discriminação. Embora entenda que em Santarém como em Manaus isso, infelizmente, é uma nefanda cultura.
Caro amigo Osilênio,
Posso até concordar com você no que afirma. Sou santareno e me orgulho de sê-lo e nem por isso, sequer alguma vez, fico irritado por belemenses ou outros me chamarem de mocorongo, o importante é que nós santarenos ou tapajoaras fazemos a diferença, onde chegamos porque somos bom de guerra, talentosos e criativos…, no entanto, acho que não deveriam mudar o foco da questão. O foco da questão foi o Sr. Amazonino ter feito aquela ignorância e baixaria com todos nós brasileiros, no entanto não querem publicar “meu escrito” onde desabafo o meu repúdio àquele troglodita. Espero que este meu gancho passe na censura, do contrário, terei que virar um direitista canoa…
Paulo, duas observações:
1) Não existe mudança de foco. O foco é um só: preconceito racista, no Amazonas e em Santarém. Contra paraenses, em voga em Manaus; e contra cearenses, em voga em Santarém.
2) Não existe censura ao seu artigo s/ Amazonino. O leitor do blog pode ler o que vc. escreveu neste link: https://jubalcabralfilho.blogspot.com/2011/02/justica-sera-feita-podem-crer.html