Não demorou nem 24h a nomeação da delegada Márcia Rabelo para a Superintendência da PCPA (Polícia Civil do Pará) no Baixo Amazonas no lugar do delegado Jamil Casseb.
Ao final do dia de ontem (1º), em edição extra do diário oficial paraense, a portaria de nomeação da policial foi tornada sem efeito por quem o nomeou: Luziel Guedes, chefe da Casa Civil do governo Helder Barbalho.
Por que os pais da indicação de Márcia Maria de Sousa Rabelo para o cargo, João Pingarilho (deputado estadual, Podemos) e Bárbara Matos (vereadora, PP), não conseguiram sustentar a nomeação da delegada, expondo-a ao vexame?
A nomeação
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Entenda em 8 atos.
1º) A queda de Jamil Casseb do cargo já se cogitava há pelo menos 10 dias. O JC, inclusive, chegou a postar uma nota nas plataformas Threads e Instagram.
2º) A saída do policial foi idealizada ainda na campanha de 2024, e ganhou corpo quando João Pingarilho, 1º suplente do Podemos, foi alçado ao cargo de deputado estadual e Bárbara Matos (PP) eleita vereadora.
3º) Márcia Rabelo faz parte desse grupo, tendo, inclusive, feito campanha explícita para Bárbara Matos no ano passado.
4º) O plano “Márcia Rabelo na Superintendência da PCPA no Baixo Amazonas em 2025” foi operacionalizado por João Pingarilho na Alepa (Assembleia Legislativa do Pará). O presidente da Casa, Chicão (MDB), foi instrumentalizado como a ponte para Pingarilho obter a nomeação. Teve pleno êxito.
A desnomeação
5º) Ontem (1º de abril), a nomeação da delegada foi publicada no DOE (Diário Oficial do Estado) na edição matinal. Pingarilho, Bárbara e Márcia comemoraram. A vereadora, inclusive, fez da sessão ordinária e vesperal da Câmara de Santarém desta terça-feira (1º) caixa de ressonância da sua conquista política.
6º) Antes disso, tão logo saiu a nomeação de Márcia Rabelo, os barbalhistas santarenos (políticos e servidores graduados) contrário à saída de Jamil Casseb começaram a articular. Fizeram pressão no governador. Que, inclusive, disse a eles que a mudança tinha sido feita sem o seu ok.
7º) No final da tarde, por ordem expressa de Helder Barbalho, a nomeação da delegada foi tornada sem efeito.
8º) Em resumo: Pingarilho e Bárbara, neófitos na área, fizeram muito barulho sobre essa troca essencialmente política de Márcia por Jamil. Deixaram bem claro para sociedade essa motivação. Resultado: dentro da própria corporação, tanto em Santarém como em Belém, houve reação a essa tentativa de interferência na PCPA. O bloco majoritário dos contra (político e policial) a mudança acabou convencendo o governador.
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Prezepada de prezeperos expondo a delegada.
É curioso como políticos interferem em área essencialmente técnica.
O que move um político empresário a querer um delegado no comando da polícia regional para chamar de seu. Tem coisa que racionalmente não conseguimos entender, a coisa já vem coisada