Um garimpeiro morreu nesta sexta-feira (25) após entrar em confronto com uma equipe do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis). Os funcionários do órgão participavam de uma ação de fiscalização contra garimpo ilegal na área de proteção ambiental (APA) do Tapajós, no Pará.
Segundo o instituto, o homem, que estava armado com uma pistola, atirou contra os agentes ambientais, que reagiram. Ele foi levado de helicóptero para um hospital em Itaituba (PA), mas não sobreviveu.
De acordo com o Ibama, a região do Tapajós concentra a maior quantidade de alertas de garimpo no país, principalmente em unidades de conservação e terras indígenas.
“A operação foi iniciada em 10 de agosto. Desde então, houve queda de cerca de 90% dos alertas de garimpo na região”, diz o Ibama.
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Desmobilização
Já foram destruídas 62 escavadeiras hidráulicas, 66 dragas, 89 motores, cinco motos, quatro caminhonetes, duas carretas-tanque, um tanque-aéreo, um barco-tanque, um caminhão e 61 mil litros de diesel. Os agentes desmobilizaram 29 acampamentos de apoio ao garimpo ilegal.
A ação é feita em conjunto com o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e tem apoio da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Força Nacional de Segurança Pública e da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas).
Nas últimas semanas, o Ibama intensificou as ações contra o garimpo ilegal no Pará, onde a atividade vem causando dano especialmente na Terra Indígena Munduruku.
Pará, o mais crítico
Em maio, por exemplo, uma operação no baixo rio Tapajós apreendeu cinco aeronaves, 42 mil litros de diesel, 1.600 litros de combustível de aeronaves e duas armas de fogo. O órgão identificou que os helicópteros também eram usados por garimpeiros na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, onde desde janeiro o governo Lula (PT) vem atuando para a desintrusão do território.
As terras yanomami e munduruku fazem parte de um grupo de sete que foram alvo de decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), ainda no governo de Jair Bolsonaro (PL), de expulsão dos garimpeiros.
O território do Pará é visto por integrantes do governo Lula como o mais crítico e prioritário, após as ações de repressão em Roraima se aproximarem de sua fase final. É onde o Ibama deve concentrar seus esforços nos próximos meses.
Com informações da Folha de S. Paulo
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