Helder, a COP30 e a imprensa. Por Wildson Queiroz

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Helder, a COP30 e a imprensa. Por Wildson Queiroz
Belém em obras para a COP30 em novembro. Foto: reprodução

Nas últimas semana, o governador do Pará, Helder Barbalho, tem encarado o desafio de convencer os grandes grupos midiáticos e a imprensa do eixo Rio-São Paulo sobre a viabilidade de realização da COP30 em Belém, no mês de novembro.

Na sexta-feira, 11, após participar do leilão de parte da Cosanpa na Bolsa de Valores de São Paulo, o governador reservou um espaço em sua agenda para visitar a redação do jornal Folha de São Paulo. No sábado, 12, conversou com jornalistas do jornal O Globo, do Rio de Janeiro.

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Na entrevista, publicada neste domingo, 13, o governador garantiu que haverá leitos suficientes para os participantes do evento e turistas que pretendam visitar a capital do estado, assegurou que os equipamentos em construção ficarão como um legado e afirmou que a COP “não é de nem de esquerda e nem de direita.”

Ainda na semana passada, o jornal O Globo publicou matéria paga pelo Governo do Pará, ressaltando o avanço das obras e as potencialidades que se abrem com a realização do evento internacional em uma cidade amazônica.

Nos últimos dias, multiplicaram-se nas redes sociais reportagens questionando a capacidade de Belém de receber o evento; a falta de leitos nos hotéis, a infraestrutura da cidade, a deficiência na coleta de lixo e até questões climáticas, como o calor, são pontos constantemente criticados pelos veículos de imprensa e jornalistas que comentam sobre o assunto.

A prestigiada revista Inglesa The Economist em reportagem publicada na quarta-feira, 9, sobre a realização da COP30, não poupou críticas a sede do evento. “Belém é uma cidade esburacada na Amazônia brasileira, quente, pontilhada de esgoto a céu aberto e com poucos leitos de hotel.” A publicação vaticina ainda que a cúpula do clima da ONU deste ano “certamente será caótica”.

Ao que tudo indica, daqui a até novembro, o governador Helder Barbalho ainda vai gastar bastante sola de sapato e saliva para convencer os críticos de que a escolha da cidade de Belém vai muito além do simbolismo amazônico e que a cidade estará preparada para receber a grande demanda de visitantes e sediará o evento de proporções internacionais atendendo a todas as expectativas.


Wildson Queiroz é pedagogo, historiador e professor. Membro do IHGTap (Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós), ex-secretário municipal de Cultura de Alenquer (PA), onde reside. Escreve regularmente no portal JC. Leia também dele: Por que Helder Barbalho transita no eixo Rio-São Paulo. E ainda: Os papagaios de Renato Sussuarana.

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