por David Marinho (*)
Depois de várias semanas do desaparecimento do avião bimotor da Jotan com cinco pessoas a bordo, no trajeto entre Itaituba e Jacareacanga, é desesperador o sofrimento das famílias dos sinistrados nessa expectativa de encontrá-los ainda com vida.
As tentativas convencionais e tecnológicas de busca mostraram-se ineficazes até agora. Só resta uma tentativa minuciosa com pessoas voluntárias, como garimpeiros, mateiros, índios, assim como militares dos batalhões de selva adentrarem na mata a pé fazendo uma varredura.
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Por isso, os familiares devem fazer pressão nas autoridades federais, estaduais e municipais para o fornecimento de materiais logísticos, alimentação e pessoal, afinal os parte dos desaparecidos são funcionário públicos federais que estavam a serviço.
Aqui vai uma humilde sugestão de busca onde sinalizei num mapa extraído do Google Earth, a partir das duas margens do rio (direita e esquerda), já que os pilotos usam os rios como referência de seus voos.
Partiriam várias equipes formadas por três pessoas cada, tendo entre elas alguém experiente em andar na mata, equipados com armas, botes infláveis, mantimentos e instrumentos de orientação como bússolas ou GPS, rádios, sinalizadores e fogos de artifícios para comunicação.
Elas caminhariam, se possível, até 30 Km dentro da mata, em linha reta, afastadas uma das outras em 50 metros, com a necessidade de pernoitarem na mata para dar continuidade logo no dia seguinte.
Finda essa distância, todos previamente combinados se deslocariam rumo ao Sul, ultrapassando toda a faixa de varredura feita, e retornariam fazendo outro trajeto ainda virgem no sentido inverso até a margem do rio. E assim sucessivamente, na direção do Norte para o Sul (conforme esquema da figura 2), até ultrapassar Jacareacanga, pois o piloto pode ter se perdido e ter voado sem rumo pela falta de visibilidade e sobrevoado inclusive no Estado do Amazonas.
O ponto de partida dessa busca deveria ser mais ou menos do lugar de onde foi feito o contato por mensagem de celular, que pelo horário da saída do voo de Itaituba, a velocidade do avião e a distância entre Itaituba e Jacareacanga, assim como a capacidade de voo com o combustível que tinha em seus tanques, os profissionais da área com um simples cálculo poderiam precisar esse local de partida dessa varredura, inclusive até onde poderia ter chegado sua capacidade de voo
com o combustível disponível.
Sei que a topografia do terreno e alagados dificulta muito, mas alguma coisa tem de ser feita com esforço no intuito de ajudar, e tudo será possível. E esperamos em Deus, para que esse pessoal esteja ainda com vida esperando esse socorro que não deve demorar muito.
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* Santareno, é projetista e gestor Ambiental. Escreve regularmente neste blog.
David Marinho, todos sabem, que em mata fechada, ela é assim por que as árvores são grandes e copas grandes, evitando assim a fotossíntese da mata ciliar, pouco existente. Amigo 09751, nada disso, trata-se de vidas humanas, de parentes e amigos, da comunidade, de todos que vivem em uma socidade harmoniosa e fraterna. A generosidade é mundial e não tem preço; sua sugestão é válida e necessária. Temos sim, que apelar para todo o mundo, para a ONUS e suas tecnologias de ponta. Temos que apelar, apelar e apelar; nunca esquecer do Nosso Bom Deus ! Vamos achá-los sim. Amém !
A mata virgem e alta só é fechada em beira de estrada. Após adentrar a partir de onde não entra luminosidade a mata é fechada apenas nas copas das árvores. Embaixo dá para caminhar rapidamente e não leva um mês para transitar 30km. Já a mata Atlântica é mais fechada.
Então Hochmeister, num ramal comum se anda 6 a 7 Km/h, numa pisada firme. Nas condições de mata não muito fechada, considerei que se possa andar pelo menso 3 Km/h X 6h diária, se andaria 18 Km/d. Nessas condições daria para ir e voltar nos 30 Km., em 4 dias.
Agora, se a mata for realmente fechada a coisas fica um pouco mais difícil, mas não para desistências.
Concordo quando diz que mata fechada nas copas das árvores, inibe a vegetação rasteira pela falta do sol no solo. A vegetação de fecha mais, nos limites de estradas, roçados e grandes desmatamentos pela “recuperação cicatrizantes” da natureza nas capoeiras em proteger a parte agredida e antropizada, ecologicamente falando.
Boa ideia. Minha humilde opinião é que estão procurando no lugar errado, vide o caso do avião da Malysia Air Lines. É a conclusão que eu tenho depois de mais de um mês e nem sequer uma pista. Chegou a hora de procurar ajuda de profissionais de fora do país que são bem mais treinados e atualizados que os nossos, mas como é “apenas” uma avião de pequeno porte desaparecido, talvez essa ajuda nunca venha.
Quem troca figurinha ! Também troca aquilo, seu nojento.
Neste momento tudo é válido para ajudar a encontrar ! Espero os sobreviventes.
P.s A surra tem que ser com fiapo de cacho de açaí, que não dói tanto…
A idéia até que é boa. No entanto, sugiro que, um avião de aerofotogametria, equipado com uma câmera de boa resolução , faça o esquadrinhamento da área e depois as fotos sejam analisadas em laboratórios por especialialistas em sensoriamento remoto como geógrafos dessa área e geólogos entre outros, apesar que o custo é alto, mas, o governo tem esses aviões. De qualquer forma, as equipes por terra devem continuar as buscas.
Isso J.P.A.U. Deveríamos utilizarr essa tecnologia da aerofotogrametria sim. O antigo projeto Radan fez muitos levantamentos aéreos em mosaicos fotográficos assim, em bacias hidrográficas para projetos hidrelétricos e mineradores.
Porém, hoje temos o Google Earth, que é mais eficaz e em tempo real, porém acredito que só a NASA tenha esse acesso.
Saiu alguma informação quanto a mancha de óleo que encontraram?
Bruno.
Essa mancha de óleo saindo no rio se for verdade mesmo, pode ser uma grande esperança de que estão vivos, pois deve ser uma estratégia dos sobreviventes em derramarem óleo ou combustível do avião em algum igarapé, sabendo que pela corrente chegaria ao rio e seria uma espécie de mensagem dizendo: “estamos vivos”, sigam a trilha do óleo. ..
Oxalá seja verdade, com eles todos vivos e que DEUS seja louvado!!!
Mário tu és um covarde e, melindra o sentimento alheio, se fossem de tua família (pai e mãe), talvez, fosse mais sensível e menos irresponsável. Nada de censura ao Jeso, que é tão democrático, que deixa passar uma opinião dessa, desprovida de qualquer sentimento humano ou animal. Nem na Santa Páscoa ! Te desprezo …, Te disse.
Pelo o que eu sei o Comandante não sabia nadar, acho que naquele momento ele tinha o Rio como melhor opção, quem sabe né?
Realmente Merabet, ouve-se sempre que os pilotos se orientam pelos rios como referência de suas viagens.
Jeso,
Você poderia organizar um evento para trocas de figurinhas do álbum da copa do mundo?
Abraços.
Mario.
Esse Sr Santareno eh um FORA DE SERIE. ELE TEM OPINIAO, PLANEJAMENTO, PROJETO PARA TUDO.
Avisa para ele que caminhar 30 km numa mata fechada levaria um mes…..
fala serio.
Alex, são vidas humanas que estão em jogo. Então não importa o tempo, que seja uma semana, um mês, um ano, mas que alguma coisa dever ser feita.
Existem famílias com parentes desaparecidos a anos, nas cidades e nas matas, que até hoje não perderam a esperança de encontrá-los.
Em vez de botar “pissica”, faz a tua parte pelo menso orando ou rezando. Ou não acreditas também em Deus?
David Marinho, sua opinião é louvável, sua sugestão é viável, aceitável e a mais eficiente. Só com simples reparo, em linha reta com espaço de 100m, a esta distância os grupos podem de imediato se aproximarem um do outro, em qualquer eventualidade e, a área abrangida seria duplicada. Acrescento mais um elemento auxiliar imprescindível; os cães adestrados de todas as polícias. Até de particulares. A pressão nas autoridades, não deve ser só da família, mas de todos os segmentos sociais, da região Oeste/PA; principalmente. Com a fé, com a esperança, com a generosidade humana de toda a comunidade, juntos, a busca incansável e árdua; sem dúvida será alcançada. Em nome do, “SENHOR BOM DEUS”. Que assim, seja !!!
Pois é Dr. Fernandes, qualque opinião e ajuda nesse momento é louvável e necessária, pois são vidas humanas que estão em jogo, e ainda podem ser salvas.
As Forças Armadas, poderiam aproveitar essa oportunidade com seus Batalhões de Selva, efetivando essa missão que seria um “ótimo exercício prático” de deslocamento e de sobrevivência na selva para seus soldados!
A Aeronáutica pelo ar dando o apoio necessário e a Marinha pelo rio Tapajós, também no apoio.
Só lamento pelo tempo precioso perdido na tomada de decisões…
Olá Jeso, assim como todos nós estamos ansiosos que encontrem o amigo Luis e demais funcionários da FUNASA, o Sr. David Marino não deve ser diferente, mas é importante que ele saiba que caminhar 30 km como ele sugeriu em mata fechada como é o caso dessa região levaria no mínimo 1 mês, só quem conhece de fato essas áreas é quem pode ter a dimensão das dificuldades que as equipes estão enfrentando. Mas toda tentativa é bem vinda desde que não fujamos da realidade da região. Trata-se de mata densa e fechada. Grade Abraço.
Valfredo, agradeço sua contribuição, quanto a esse aspecto de dificuldade em alguns trechos fechados, mas deve ter manchas alternadas de caminhamentos mais livres. As partes mais fechadas são em capoeiras remanescentes depois de desmatamentos. Porém alguma coisa tem de ser feita o mais rápido possível, o tempo passa e as resistências humanas diminuem.
Nesse momento devemos acreditar em Deus e fazer a nossa parte!
Mais valei o alerta para um melhor planejamento.