Crianças, como elas podem nos tornar uma pessoa melhor. Por Luanna Silva

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Crianças, como elas podem nos fazer uma pessoa melhor. Por Luanna Silva
Duas crianças, Maria e Joaquim, acariciam o rabo de uma jiboia, mas de olho na cabeça dela. Foto: JC

Uma criança em desenvolvimento precisa, antes de mais nada, de espaço e de compreensão para que ela seja quem é acima de tudo: uma criança.

Isso significa vê-la correr por todos os lados, gritar ao se emocionar, chorar sem receio, querer ter tudo nas mãos, perguntar, ter as suas emoções fora de controle. E você vai precisar entender isso e dar o espaço dela, deixar acontecer.

Não vão ser fofas o tempo inteiro, vão lutar por suas vontades, ainda que isso signifique deitar e reclamar no chão do super mercado. É difícil para uma criança entender as expectativas de comportamento que um adulto tem sobre eles, especialmente se você não as explica. E ela se importa sim, seu olhar raivoso ou magoado também é capaz de ferir seus sentimentos.

Para evitar isso, coloque os limites. Mostre a ela que seus atos tem consequências e que ela precisa aprender a ponderar. Aos poucos, ela vai se tornando mais consciente e responsável consigo mesma.

E esteja disponível, seja de fácil acesso para suas questões, seus desapontamentos, contrariedades, suas pequenas apresentações de arte, assista desenho com ela, saiba o que está se passando em sua mente.

Ela vai ver em você um amigo, alguém em quem pode confiar, e então você não vai precisar de outras pessoas para saber como anda seu filho, ele mesmo vai lhe procurar para contar.

Educar crianças é a missão mais difícil e a coisa mais importante a se fazer. Você vai vê-la crescer, e sem perceber, vai estar transformado também. Você faz o melhor por ela, e ela faz de você uma pessoa melhor, aproveite!

<strong>Raimunda Monteiro</strong>
Raimunda Monteiro

Professora do ICS/UFOPA, graduada em Comunicação, mestre em Planejamento de Desenvolvimento Regional, doutora em Ciências Socioambientais e pós-doutora em Ciências Sociais, ex-reitora da Ufopa.

Leia também de Luanna Silva: Liberte-se dos grilhões do rancor, perdoe.

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