por David Marinho (*)
Observo alguns espaços públicos e ruas do sistema viário da cidade de Santarém e constato que a cada dia demonstra saturação de mobilidade pelo aumento de veículos nas ruas.
Por conta desse fenômeno urbano, vejo a necessidade urgente da administração pública municipal elaborar um planejamento pelo menos para os próximos dez anos.
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Como exemplo dos riscos no trânsito, temos as travessias das avenidas Marechal Rondon e Presidente Vargas com a atual via dupla da avenida Barão do Rio Branco, que, segundo minha humilde observação, deveria ter apenas uma mão, de descida, a partir da Borges Leal.
E para auxiliar nessa mudança, a travessa Silvino Pinto deveria ser somente subida em mão única também – da Rui Barbosa até a Marechal Rondon, tendo mão dupla apenas no último trecho da travessa Silvino Pinto, entre Marechal Rondon e Borges Leal.
Complementando esse remanejamento, vejo também o canteiro central em frente à Delegacia de Polícia sendo utilizado como estacionamento, porém sem racionalização. E aproveitando a oportunidade, aqui vai uma sugestão para a utilização desse espaço de forma racional: redimensionar esse estacionamento público muito procurado diariamente pela sua dinâmica operacional.
Carros pequenos e médios, como pick-up, poderiam entrar nesta área na descida e sair na subida da referida travessa com as devidas sinalizações, que pelo espaço disponível acomodaria em média uns cinquenta carros.
Uma característica positiva dessa via para essa possível modificação é que ela ganha um alargamento substancial rumo a Borges Leal, o que condicionaria o recebimento de veículos com segurança, estacionados num ângulo de 45º, com ilhas arborizadas nos retornos e pintura sinalizadora horizontal, disciplinando as vagas dos veículos.
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* Santareno, projetista e gestor ambiental. Escreve regularmente neste espaço.
Acho que faltou mais uma opção.
A Alternativa: (D) Flamengo
Escolheria com certeza a (D) rsrsrsrsrsrsrs……
Sr. Anisio, por questão cultural, nós brasileiros jamais abandonaremos o sonho de ter nosso próprio carro, e se depender de nossa economia capitalista que dita os mercados e os governos emergentes, nunca daremos prioridades ao transporte coletivo, que seria o correto.
E outra, depois de termos nosso carro, é fácil ditar políticas para que os outros não consiga também esse bem de consumo… Essa é a política do “faça o que mando, mas não faça o que faço”…
Então, levaremos muitos anos ainda remediando as circunstânias para minimizar o mal maior.
Saudações.
Caro David,
O transporte coletivo de massa deve sempre ser priorizado no planejamento da mobilidade e da acessibilidade urbana. Não dá para aceitar a privatização de canteiros centrais, de calçadas e de faixas de trânsito para o estacionamento de veículos particulares.
Os estudos de impactos de vizinhança são instrumentos auxiliares do planejamento da urbanização e, se utilizados, podem apontar soluções para situações da mobilidade urbana, por exemplo.
A reserva de espaços públicos para servir de estacionamento não é uma política pública de mobilidade. A “economia capitalista” já deve ter vislumbrado que o uso de áreas particulares para servir como estacionamento é um bom negócio.
Sugestão: faça uma leitura sobre “introdução ao planejamento dos transportes” (Michael J. Bruton) e “transporte urbano, espaço e equidade: análise das políticas públicas” (Eduardo Alcântara Vasconcellos).
De fato.
Sr. Leandro, concordo plenamente com sua linha de raciocínio e da literatura pertinente ao assunto, recomendada. Mas não estou aqui defendendo estacionamentos indeliberadamente em qualquer lugar público, e sim, propondo um ajuste pontual num órgão que já existe e que infelizmente foi planejado errado, pois não previu a demanda de acessos e a necessidade de um estacionamento exclusivo a este setor.
Você há de concordar, que nossos gestores não administram com “visão” a longo prazo, e sim apenas com “vista”, a curto prazo, pois se preocupam apenas com seus “planos de mandato”, ou seja, 4 anos, e seus substitutos que se explodam com os problemas estruturais da cidade, que deveriam ser plenejados de 20 anos para frente com documento legal, para que seus sucessores tivessem a obrigação da continuidade, se os projetos se apresentarem bons em benefício da população…
Abraços.
Caro David,
Dois equívocos: (1) você propõe ajuste pontual para um planejamento errado, conforme sua avaliação e, (2) visa consolidar um planejamento errado utilizando espaço viário público. Imagina se essa moda de planejar pega?!
Não existe planejamento errado. Há sim, planejamentos sobre bases insuficientes de conhecimentos.
O sistema viário urbano de Santarém não oferece grandes restrições para o planejamento da mobilidade e da acessibilidade. Os alunos da faculdade de engenharia da ULBRA/STM são capazes da elaboração de um plano com boa precisão técnica e temporal.
Sr. Paju, qualquer elaboração de projeto com sua dinâmica de execução, não deixa de ser um planejamento; que é o ato de planejar, mesmo que esteja errado, e essas ações são passíveis de erros e falhas se forem feitas por leigos ou pessoas sem conhecimentos multidisciplinares pertinentes, dentro do que se propõe.
E quando o Sr. diz: “Há sim, planejamentos sobre bases insuficientes de conhecimentos”; traduzindo ´= erros, resultados negativos.
Então, existem planejamentos errados sim, se seus idealizadores estão a desejar em conhecimentos científicos e práticos.
Mas vamos para um resultado prático; o que o Sr. propõe para melhorar e humanizar a recepção de pessoas e a acomodação de seus veículos que precisam de atendimento na Delegacia de Polícia diariamente?
Dê a cara também aos tapas, pois pelo que se observa, você participa assiduamente deste blog, o que parabenizo pela preocupação de colaborar, porém sempre como um bom crítico. Quero conhecer também suas propostas de soluções.
Quanto aos nossos acadêmicos de engenharia. Cadê eles? Existem mesmo? Não vejo contribuírem com nada para melhorar nossa cidade!
Trabalho com construções diariamente, e nunca “trombei” sequer com um nos canteiros de obras, nem estagiando…
Saudações.
Caríssimo David,
Suas propostas demonstram falta de conhecimentos técnicos elementares. E o conhecimento precede o planejamento!
O sistema viário, conforme a própria denominação, exige uma visão sistêmica e não pontual.
Acadêmicos de engenharia civil da ULBRA têm conhecimentos suficientes para solucionar os problemas de mobilidade e acessibilidade de Santarém, visto que esses problemas ainda são elementares.
Já ofereci a você uma grande contribuição: a leitura de dois livros técnicos sobre o tema.
Sr. Leandro.
Este tema está se transformando num “ping-pong” desnecessário. Não vamos abusar da oportunidade que o Jeso nos dá de expor nossas idéias.
Mas para terminar, então lhe pergunto; quem surgiu primeiro? O ovo ou a galinha?
Da mesma forma pergunto: Quem surgiu primeiro? Os livros ou as obras? Os livros registram apenas fatos consumados que foram primeiro executados e deram certos ou errados. De outra forma, são ficção; viagens à Marte, à Júpter, coisas assim…
E as experiências nos diz que muitas obras feitas por “caboclos” do interior que não estão nem em livros, duram e funcioanam melhor que algumas obras feitas por “celebridades científicas”, autores de vários livros. Portanto, a ciência e o conhecimento nos ajudam muito sim, mas não podemos desprezar a “sabedoria” impírica das pessoas humildes.
Na psicologia vemos alguns profissionais vendendo receitas para as pessoas, como lidar com filhos e a família, e no entanto, suas próprias famílias são verdadeiros infernos. Um paradoxo, não?
Quando nos “viciamos” a só criticar, somos como reporteres de guerra, que só passam sobre cadáveres e apertam as mãos dos vencedores, sem contribuir em nada com a guerra…
Com todo respeito e expectativa, estou esperando sua “proposta de solução” para melhorar o assunto em questão: “o estacionamento da Delegacia de Polícia de Santarém”…
Sds.
Toda família pode ter seu carro, seja por desejo, sonho, por trabalho. E defendo veementemente essa posição.
Mas o que deveríamos fazer, é racionalizar esse transporte do ‘todo dia’. É pensar no todo, ao invés de ajustes pontuais.
Parabenizo-te pela vontade e coragem de trazer tuas ideias a público, e incitar esse debate.
Então, Sr. Anísio. Obrigado pela participação no “post”. E como o Sr. disse, ninguém é dono da única verdade, mas é a partir da provocação de uma idéia, que várias cabeças pensantes contribuem com sugestões, e as coisas caminham para uma proposta mais próxima de uma solução lógica e viável.
Abraços.
David,
Insisto: faltam conhecimentos técnicos elementares a você.
Conhecimento e sabedoria são os principais responsáveis pelos saltos gigantescos em ciência e tecnologia.
Vá estudar, vá conhecer para então propor.
Saudações luminosas!
Relembrando a História
Certo dia, um grupo de amigos navegadores, se encontraram numa cantina, e resolveram tomar alguns conhaques. Um deles tinha conseguido uma façanha que deixara os outros insatisfeitos, (sem ler em livros, muito pelo contrário, escreveriam muitos livros sobre ele).
Então, alguém do grupo tentando desclassificá-lo, disse que qualquer um dos que ali se encontravam, poderia ter conseguido o mesmo resultado.
A pessoa alvo da questão, pediu um ovo ao cantineiro, e como numa “pegadinha” deu aos colegas para que eles tentassem colocá-lo em pé. Todos tentaram, mas sem sucesso. Então o dito cujo, pegou o ovo, deu uma pequena batida em uma de suas extremidades, deixando-o em pé.
Os outros protestaramem coro : Ah! Mas assim, também conseguiría-mos!
Logo a figura respondeu: E porque não o fizeram?
Estamos falando sobre quem?
* Alternativa A: Pedro Álvares Cabral
* Alternativa B: Cristovão Colombo
* Alternativa C: Vasco da Gama
Quem tiver cérebro que pense! Quem tiver ouvido que ouça! Quem tiver lógica que entenda…
Elaborar idéias e produzir textos literários, é como navegar em mares, nunca dantes navegáveis, sem temer o horizonte…
Quando o Alexandre vai contratar o David Marinho heim?
Falta projetos, falta estudo técnico.
No momento em que o planeta debate o uso do transporte individual, e a prioridade ao pedestre, nos aparece um projeto desse. Contramão.
Aproveitando a dica, o TJE/PA bem que poderia adquirir os terrenos limítrofes ao Fórum local para futura expansão, inclusive estacionamento, aproveitando os estados dos imóveis ainda sem construção ou com construção rústica.
Dr. José Ronaldo, o Sr. tem razão quanto ao Fórum e sua problemática quanto a estacionamento.
Deveria ser prática daqui pra frente, pela escassez de terrenos para prédios em Santarém, para que todo prédio público a ser construído tenha pilotís ou sub-solo para estacionamento dentro de sua própria área.
Acredito que poder público municipal já deve observado o caos que está ficando o trânsito local, tá na hora de agir Sra Secretária de mobilidade urbana.
Caros,
Santarém não é mais o bairro da Aldeia e da Prainha, há muito tempo. A cidade incha, os veículos transitam por ruas mal sinalizadas e os pedestres se defendem, ora na rua, ora em calçadas (quando existem e não estão ocupadas).
A situação não é mais crítica face aos bons traçados e larguras das vias urbanas mais antigas, que possibilitam trajetos alternativos até o centro da cidade.
Mas Santarém tem obrigação legal de realizar seu plano de mobilidade urbana até maio de 2015, conforme determina a Lei 12.587/2012, que instituiu as diretrizes para a Política Nacional de Mobilidade Urbana.
Boa, Jeso…
Excelente artigo!!! Em vez de só criticar, oferece solução!! PARABÉNS!!!!!
E quem tem coragem de mexer ?