Por que não tirar os veículos da área comercial?

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Do sociólogo Tiberio Alloggio, sobre o post Gestos de cidadania:

Vez em quando retorna esse papo sobre calçadas e sua ocupação. Os principais culpados ? Os comerciantes… e os camelôs que as ocupam.

Ainda ninguém sacou que em Santarém não temos calçadas ? E que as poucas que temos são minusculas e estão em condições deploráveis ?

gifwrapOs espaços atuais já não comportam mais o crescimento que Santarém teve e que ainda vai ter.

Ao invés de chorar e ou disputar os “centímetros cúbicos” de um espaço insuficiente, não seria a hora de “reivindicar” a transformação do centro comercial em uma “ilha de pedestres? Onde comércio e freguesia poderiam circular livremente e sem perigo?

Fechar o acesso aos veículos, que ocupam a grande maioria dos espaços determinadas áreas da cidade.

É urgente o poder público abrir um debate que envolva o conjunto da sociedade para que o possa “REPLANEJAR” o uso dos espaços (públicos e particulares) em áreas estratégicas da nossa cidade.

Cidadania é um conceito bem mais amplo que não se restringe apenas a uma determinada categoria.


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16 Responses to Por que não tirar os veículos da área comercial?

  • CIDADANIA , SERÁ QUE A ARIGOLANDIA SABE O QUE É , POIS ELES SÃO OS PRIMEIROS A NÃO CUMPRIR O CODIGO DE POSTURA DO MUNCIPIO , QUE POR SUA VEZNÃO FUNCIONA , FUNCIONA SÓ EM ALGUMA CAUSAS E PARA ALGUEM TIRAR ALGUM PROVEITO.

    QUANTO AO ESTACIONAR NO COMÉRCIO DE CARRO E SAI DE CASA E REZAR PARA ENCONTRAR UMA VAGA . QUANDO NÃOACHA ACABA CAINDO NOS ESTACIONAMENTO QUE ESTÃO COBRANDO UMA FORTUNA r$ 4,00 POR UMA HORA , ISSO É UM ABSURDO .

  • Jeso, as “ilhas de pedestres” é uma tendencia cescente nas cidades de porte medio do primeiro mundo, e é uma formula que funciona muito bem, mas depende tambem do planejamento e da dinamica de cada cidade. Conheço varias cidades em que foram criadas ilhas permantentes, e as ruas se tornaram muito mais vivas, agradaveis para compras, passeios e lazer.
    Por outro lado também conheço cidades com ilhas de pedestres nos finais de semana, por exemplo onde eu moro, as principais ruas do comercio sao fechadas somente nas sextas, sábados e domingos, com acesso somente para pedrestres, carga e descarga em horarios autorizados. Acredito que com um bom planejamento, seria uma otima soluçao para Santarém!!

  • Reúne toda a “arigolandia” que domina o comercio de Santarém e deixa o Tibério fazer uma proposta dessa. Agora, sai de perto que pode sobrar uma pedra ou uma rapadura na tua cabeça.
    Já basta os malucos daqui e ainda vem um da Itália pra complicar ainda mais.

  • Boa análise, Tiberio Alloggio!

    No entanto, na minha opinião, não deixaria o centro como somente para pedestres, mas o faria como um misto de passeio peatonal e veicular (motorizado e não motorizado). Com acessibilidade universal, tratamento paisagístico, exploração de espaços publicitários (com renda usada para manter as obras) etc.

    Não seria uma tarefa fácil implementar um projeto dessa envergadura. Todavia, não é impossível. Quem sabe esse não seria uma semente, que cresceria e se estenderia por toda a cidade?

  • A área circundada pelas avenidas Tapajós/Barão/Rui Barbosa e pela travessa Francisco Corrêa onde se concentra parte do nosso comércio de varejo local (principalmente com lojas de calçados e confecções) deveria ser preservado por um controle de tráfego entre segunda e sábado, como este proposto pelo Tibério Alloggio.

    E não só por ser um importante centro comercial, mas também por comportar o maior número de edificações históricas da cidade que sofrem com o impacto dos veículos que utilizam esse perímetro, seja pela poluição sonora, seja pela trepidação do solo.

    Talvez fosse importante se prever, num planejamento futuro, a existência de um edifício-garagem (quem sabe numa iniciativa público-privada) acima da Rui Barbosa (que tal usar o velho estádio Elinaldo Barbosa, abandonado depois de ser comprado por uma empresa de Belém e que está ocioso em pleno centro?), em que as pessoas pudessem estacionar seus veículos para seguir a pé para as suas compras.

    Além de privilegiar o tráfego de pedestres na área para fazerem suas compras com mais comodidade, evitaríamos a briga pelo estacionamento nas diversas ruas e travessas estreitas do perímetro e estaríamos incentivando um caminhar saudável entre o estacionamento e o centro comercial, acabando com uma de nossas manias sedentárias.

    Quando houvesse shows na orla ou no período do arraial da Conceição, creio que poderíamos também fazer esse mesmo controle na referidas área, dando maior espaço de locomoção às centenas e/ou milhares de pessoas que convergissem para estes eventos.

  • O poder publico deve é pensar em outro local pra instalar o centro comercial, pq ai perto da orla nao da mais. Deveria ser um local mais afastado, com mais estrutura e que pudesse ser planejado, umas sugestão seriam pra Fernando Guilhon, onde a cidade esta se expandindo mesmo ou até no aeroporto velho.

  • Em tempo, liberar sim também as calçadas, pois ainda que pequenas, devem ser padronizadas e liberadas para o passei público, porque pertencem ao povo e não aos comerciantes. Embora eles insistem a privatizá-las, é necessário permitir a circulação das pessoas como meio de garantir o direito de locomoção do povo por um bem que lhe pertence e ao qual ele tem direito de livre acesso garantido legalmente.

  • Se essa proposta fosse factível teria sido implementada em larga escala em vários lugares do mundo. Porém, não há viabilidade econômica para isso. O impacto seria terrível em termos de perdas econômicas. Poucas cidades fazem isso, e mesmo assim em pequenas áreas dos seus centros urbanos. Ademais, mais e mais o mundo está concentrando investimentos e empregos do setor terciário, os representantes desse setor ganham e poder econômico e político tornado-se setores que lutariam por vetos a esse tipo de proposta. Mais ainda, quem bancaria os custos, políticos e econômicos dessa empreitada?
    Temos em Santarém é de redesenhar o centro e incentivar a descentralização do comercio e serviços, diminuindo assim a pressão sobre o bairro central.

  • BOA! também tenho a mesma opinião. Gente no natal e ano novo era impossível andar entre os carros, as pessoas. Concordo plenamente com essa idéia. Só falta o poder público ver isso. Será que vai ver????

  • A leitura da proposta do Tibério é: acabar com os carros dos privilegiados; todo mundo tem que andar a pé, de preferência com sandalinha de couro, nada de havaianas, tênis ou sapatos de cromo alemão… Socialismo é isso aí!

      1. Nem tanto quanto parece. Sabe a história do Guru indiano? Na Índia havia uma família composta de pai, mãe e dez filhos, a maioria ainda pequenos. Família pobre, paupérrima, só tinha uma casinha de um cômodo, e, no quintal, uma vaca, que, somo se sabe, na Índia é sagrada. A família passava fome, as crianças adoeciam, choravam muito, muita pobreza, vida fodida mesmo. Aí o chefe da família resolveu cosultar o Guru. Este, visitou a casinha de um só cômodo, olhou, olhou aquela miséria toda, cofiou a barbicha e decretou: “Coloquem a vaca aqui dentro com vocês”. Perplexa, mas confiante, a família fez o que o Guru mandou. Logo, a situação piorou pra cacete. A vaca não parava de mugir e de fazer cocô e urinar naquele único e pequeno cômodo da casa com toda aquela gente dentro, a imundície aumentou, claro, as moscas proliferaram, as crianças, coitadas, adoeceram e choravam mais alto ainda, e todo mundo passando fome, sem poder comer a vaca, que, como se sabe, lá é sagrada, e o pobre pai de família cada vez mais desesperado. Não demorou e ele chamou outra vez o Guru. E este, do alto de sua milenar sabedoria, decreta, com ar triunfante: “Tirem a vaca de dentro da casa, que vai melhorar, eu garano!” Deve ser, mais ou menos isso, o que o Tibério propõe. Deixaram crescer tanto a frota de carros e motos, dando incentivos eleitoreiros, até com IPI reduzido, e, diante da absoluta incompetência governamental para gerir o problema, como criar áreas de estacionamentos ou outras alternativas quaisquer, aí aparece um Guru indiano ou italiano, sei lá!, e decreta: “Então tira os carros (a Vaca Sagrada) do centro comercial, e pronto!, vai melhorar de uma hora pra outra.” Ao fim e ao cabo, eu queria mesmo é que me dissessem: o que é que se vai fazer com tantos carros e motos que todos os governos estimularam e continuam estimulando a comprar (de olhos gordos nos tributos embutidos nos altos preços dos veículos)? O problema verdadeiro é esse: ou se acha um jeito de estacionar carros e motos, ou se acaba com a sua fabricação e venda. Permitir que milhares e milhares de veículos novos sejam colocados nas ruas todos os meses, vai deixar as cidades cada vez mais difícil de se andar nelas, até mesmo a pé, a não ser que se carregue os carros na própria cabeça. É o mesmo que acontece com as armas de fogo: permitem a fabricação e venda, de olhos nos robustos tributos, e depois reclamam da violência. E é o que querem fazer com as drogas: legalizá-las, de olho nos impostos que o comércio legal das drogas vai gerar, e depois não sabem como resolver os problemas das cracolândias que se multiplicarão. Enviesada não é a leitura, é a maneira de encarar (e solucionar) o problema.

        1. Oi Anônimo,
          Sugiro a você procurar ajuda profissional, você sofre de algum distúrbio, talvez seja bipolar.
          Em meio a um monte de asneiras que escreveu, há momentos de bom senso. Realmente devemos criticar a sociedade e seus padrões de consumo, mas isso nada tem a ver com arrecadação de impostos! A sociedade mais consumista do mundo é a que tem uma das menores cargas tributaria (EUA). No capitalismo, TUDO gira em torno do LUCRO e não de IMPOSTOS.
          Dizer que a proposta de mudança na legislação de drogas tem viés arrecadador é outra falácia. Um dos argumentos dos defensores de tal proposta é de que com a legalização os impostos cobririam PARTE dos custos das políticas antidrogas. Alem disso, a piadinha sem graça e preconceituosa sobre a cultura Hindu é totalmente desmedida, faça piadas utilizando como referência sua religião, não a dos outros.
          Para seu conhecimento a utilização de calçadões ou restrições ao trafego de veículos em regiões centrais (tradicionalmente históricas e comerciais), é algo muito comum, há exemplos no mundo inteiro, em quase todas as capitais brasileiras e também em muitas de nossas cidades médias.
          O problema é que o fanatismo político do PTibério gerou o preconceitos dos reacionários de plantão, mesmo quando ele tem boas propostas elas são atacadas com fundamentos alienados, ou muitas vezes sem fundamentos.
          PTibério sua proposta é muito boa, no tempo que morei em Santarém sempre sugeri isso aos amigos, o difícil será convencer a elite feudal que domina essa cidade.
          Abraço.

          1. A piada do Guru indiano (que também pode ser italiano, britânico, francês, americano ou brasileiro), não tem nada de preconceituosa contra a cultura hindu, é apenas um chiste contra a hipocrisia, a incompetência ou a mera burrice dos governantes que estimulam o que parece ser o paraíso na terra e que depois sempre acaba virando um inferno.Você não entendeu. Falácia é achar que, uma vez liberadas as drogas, haverá alguma política anti-droga eficaz. “Anti”, por quê?, se estará liberada? Não se deve combater o que é livre, pois não?

          2. Oi Anônimo.
            Você deve ser leitor da Veja né! Que visão limitada do mundo. Há campanhas e programas contra o uso de álcool, tabaco, sal, açúcar, gordura…. todas substâncias legalizadas. A Formula 1 baniu a propaganda de cigarros, que antigamente era o principal patrocinador da categoria. Quem fuma é obrigado a conviver com imagens bizarras veiculadas no maço de cigarros. Meu tio, alcoólatra, participa semanalmente de programa do SUS para dependentes, esses dias, tive acesso a uma cartilha que explicava as conseqüências sobre o uso excessivo de sal e açúcar…. a lista é longa. Além disso, muito eficiente a proibição que você defende, a violência do trafico mata dez vezes mais do que as consequências do consumo. Acho que os exemplos são suficientes para provar que sua tese está equivocada. Obs. Não me declaro a favor da política de legalização, minha opinião está em processo de formação, sou capaz de escutar os argumentos de ambos os lados e refletir sobre o assunto. Não me fecho dentro das paredes das minhas próprias idéias. Obs 2. Não foi preconceituoso? Então faça piadinhas sobre padres pedófilos, ou sobre os pastores milionários de algumas igrejas evangélicas.
            Abraço.

      2. Os textos do autor sempre são enviesados, então é natural que uma ou outra resposta também sejam…

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