
Mais de 15 mil quelônios foram devolvidas à natureza na Fazenda Aliança Piraruacá, em Terra Santa (PA), e 47 mil em Oriximiná (PA) no período de 6 a 14 deste mês. A ação faz parte do ciclo de soltura do projeto de conservação ambiental Pé-de-Pincha, que neste semestre deve totalizar, aproximadamente, 65 mil quelônios soltos nos 2 municípios.
Por conta do período pandêmico e objetivando preservar a saúde de todos, não foi possível realizar o amplo encontro, que reúne convidados diversos, entre escolas, universidades, comunitários, entre outros, para evitar aglomerações.
Assim, a ação simbólica de soltura envolveu equipe reduzida do Pé-de-Pincha.
A comunidade de Ascenção, no Lago Sapucuá (Oriximiná) é parceira do projeto desde 2001. De lá para cá, observa que a iniciativa contribuiu para aumentar o número de quelônios nesta localidade, que, antes, era mais reduzido.
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“É muito bom esse projeto porque, antes, fazia tempo que não víamos essas espécies. Quando começamos o projeto, eram poucos. Hoje já temos uma quantia de quase 3 mil filhotes de quelônios para soltar. Cresceu. Por isso, é muito bom”, relata o agricultor Lázaro Figueiredo.
Realizado desde 1999, o projeto é uma iniciativa do Ibama e da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) com a parceria da Mineração Rio do Norte (MRN), prefeituras municipais e voluntários (comunidades, instituições públicas e privadas), que tem contribuído para garantir a conservação de quelônios na Amazônia.
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Sandra Azevedo, coordenadora do Pé-de-Pincha pela UFAM, ressalta o empenho dos comunitários voluntários e parceiros como fundamental em 2020.
“O caminho pode ter sido difícil, às vezes até demais, mas todos souberam manter a confiança uns nos outros, e não desistiram em manter o projeto vivo. Nosso muito obrigada a todos os voluntários, comunitários e demais parceiros”, declara a coordenadora, que há 21 anos dedica-se ao projeto.

Desde 1999, já foram devolvidos à natureza 5,65 milhões, contribuindo para a conservação destas espécies. Para 2021, a previsão total de soltura é de 65 mil filhotes de tartarugas, tracajás, pitiús, calalumãs ou irapucas, que serão inseridos na natureza com o apoio da MRN, do governo, da instituição de pesquisa e de 26 comunidades de Oriximiná e Terra Santa.
As 26 comunidades ribeirinhas participantes do projeto em Oriximiná e Terra Santa são envolvidas em todas as etapas do processo: desde a identificação das covas dos ovos até a ida dos filhotes para os berçários, onde os filhotes permanecem até o momento da soltura dos animais nos lagos e rios de origem.
Com informações da MRN
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Fotos: Davyd Santos
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Fotos: Davyd Santos