
A Polícia Federal, uma das corporações mais almejadas por concurseiros do país, vai abrir 1,5 mil vagas em 2021. O edital vai ser publicado em janeiro, mas, em entrevista exclusiva ao site Metrópoles, a diretora de Gestão de Pessoal da PF, delegada Cecília Silva Franco, deu detalhes do novo processo seletivo, em primeira mão.
As provas estão previstas para serem aplicadas em março.
A corporação quer celeridade no processo para que, em agosto, os aprovados já ingressem na academia e o provimento de cargos ocorra até 31 de dezembro de 2021. Excedentes também poderão ser chamados.
Trata-se do segundo maior concurso já realizado pela corporação. Ao final do processo, a PF contará com o maior efetivo de sua história, podendo ultrapassar a marca de 12 mil policiais.
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Os concurseiros de plantão não devem encarar novidades no edital, segundo antecipou a delegada à reportagem. A seleção por meio de cotas raciais, no entanto, será modificada.
Delegada: redução de prazo
Além da prova objetiva e discursiva, o concurso ainda conta com teste de aptidão física, psicológica, exames médicos, prova oral e títulos para delegado, e prova de digitação para escrivão.
O objetivo da instituição é realizar esta primeira etapa já no primeiro semestre, para que os alunos ingressem no curso de formação – que tem duração de 10 semanas e é realizado na Academia Nacional de Polícia (ANP), em agosto.
“Fizemos um pedido ao Ministério da Economia solicitando a redução do prazo para dois meses após a publicação do edital. Ainda não obtivemos uma resposta formal, mas já sinalizaram de forma positiva para a nossa demanda”, explicou a delegada.
Atualmente, uma das maiores preocupações é a pandemia do novo coronavírus, que fez com que outras provas, a níveis regional e nacional, fossem suspensas por tempo indeterminado.
A PF, porém, acredita que a atual situação não vai influenciar o processo de seleção. “A responsabilidade de toda organização do concurso é da banca contratada. A parte que a PF atua é na fiscalização e segurança em etapas; o candidato vai ver equipes ostensivas da corporação”, disse Cecília Franco.
“O planejamento de biossegurança é previsto no projeto básico, no contrato. A banca tem de tomar todas as providências, de acordo com a legislação vigente. Isso inclui o número reduzido de alunos em sala de aula (que pode variar em cada estado), o distanciamento social, entre outros. A banca está ciente e preparada para o novo cenário”, ressaltou.
O edital
Segundo a delegada, as adequações no edital são feitas pela corporação entre um certame e outro. Ela afirma que a PF alcançou um formato de seleção, mais próximo do que entende como ideal. Por isso, o candidato que pretende fazer o novo concurso não deve esperar surpresas.
O contrato firmado com a banca foi publicado no Diário Oficial da União (DOU), na quinta-feira (31/12).
Uma má notícia para muitos candidatos que almejam entrar na Polícia Federal é que só será possível fazer uma inscrição. Todas as provas serão realizadas no mesmo dia.
A pessoa vai ter que escolher apenas um cargo que deseja concorrer, decisão tomada já no ato da inscrição. Eventualmente, se houver duas inscrições, será validada apenas a última manifestação.
“Abrir para mais opções é sempre um prejuízo muito grande – inclusive na formação dos candidatos, há recurso empregado na manutenção de cada um na academia. Como muitas pessoas fazem mais de um curso e precisam, ao final, optar por um cargo, não conseguimos preencher as vagas do concurso. Gera prejuízo tanto para a instituição quanto para outros candidatos.”
Leia a íntegra da reportagem neste link.
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