Reflexões sobre o processo de gestão democrática. Por Eládio Delfino Carneiro Neto

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Reflexões sobre o processo de gestão democrática. Por Eládio Delfino Carneiro Neto

A indicação do nome para a direção da 5ª Unidade Regional de Educação (5ª URE) foi feita pelos partidos políticos, vencedores e detentores do poder político no Pará e em Santarém.

Mais uma vez, a comunidade escolar teve que aceitar o processo unilateral de indicação política, para a escolha do nome, que assumiu tão importante cargo da educação santarena.

Eládio Neto (*)

Acreditamos, entretanto, que apesar dessa prática ainda ser utilizada, a opção da comunidade escolar santarena pela gestão democrática está se evidenciando e seguindo o rumo proposto pelas diretrizes da “Política de Educação Básica do Estado do Pará”.

Prova disso, foi a realização das eleições diretas, em 2009, para a escolha dos diretores de 15, de 30 escolas estaduais em Santarém. Essa ocorrência pioneira corrobora que a gestão democrática deu passos significativos, para atingir seu ideal.

Um ano depois, em 21 de dezembro de 2010, novamente a comunidade escolar percebe um avanço significativo na gestão democrática. Foi a vez da comunidade escolar municipal ir às urnas, para escolher os diretores e vices das escolas da rede pública municipal de ensino, em Santarém.

Tais eleições foram importantíssimas e demarcaram uma nova fase na educação do estado do Pará e em solo santareno, rumo a uma gestão democrática de fato.

Além disso, as eleições servem para evidenciar que o processo democrático está sendo construído coletiva e permanentemente por todos os membros da comunidade escolar.

 

Esses passos significativos rumo ao ideal de gestão são incentivos aos trabalhadores em educação, para que não se omitam na discussão, participando e lutando para que a prática da gestão democrática, seja efetivada em todas as esferas de ensino, inclusive nos órgãos administrativos Seduc, Semed, 5ª URE e Cesome.

Além disso, nós, educadores, devemos também nos conscientizar e socializar com os demais membros da comunidade escolar (estudantes, pais, professores, gestores, técnicos e apoio) que este objetivo a ser alcançado constitui-se em um dever de todos os que atuam frente às escolas e aos sistemas públicos de ensino no Brasil.

A luta por uma gestão democrática plena e autônoma continua e é permanente, mas vamos a um questionamento, que vem sendo propalado nas redes sociais:

“A Seduc realmente publicará em 2020, o edital com o ordenamento e disciplinamento do processo de escolha dos gestores das ‘novas UREs’?

A nossa resposta é: não sabemos! Mas fica subtendido que sim, pois os comentários nas redes sociais são favoráveis e indicam que uma vez mais a gestão democrática toma o rumo do ideal.

 

Finalizando: só nos resta esperar e brigar, para que na próxima troca de governo, os chefes da URE e do SOME não sejam indicados politicamente, mas sim eleitos pelo voto e empossados pela comunidade escolar.


— * Eládio Carneiro é professor do SOME (Sistema Modular de Ensino) Santarém.

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