Realizada nesta quarta-feira (2) em Santarém a audiência de instrução e julgamento de um suposto crime de racismo que envolve 3 alunos da Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará). A prática criminosa aconteceu no ano passado.
O caso tramita na 1ª Vara Criminal. A ação penal foi ajuizada pela promotora de justiça Lilian Furtado Braga, da Promotoria de Saúde e Educação em Santarém.
O juiz Alexandre Rizzi acatou a denúncia em dezembro de 2018. Na época, foi marcada para hoje a audiência. Ismail Lima Costa e Elicleisson Siqueira Moraes passaram, então, à condição de réus.
Elisângela dos Santos, negra e quilombola, é a vítima. Ela foi injuriada várias vezes dentro da universidade. Os 3 faziam o mesmo curso. Os ataques desferidos pelos acusados também eram feito no grupo de WhatsAPP da turma.
Vários deles com uso de mensagens com conteúdo pornográfico, segundo revelou a promotora Liliam Furtado no processo.
Ismail Costa, segundo a promotora, assumiu ter enviado para o grupo [de WhatsAPP] da turma “o PDF [arquivo] intitulado ‘Livro Negro da Paz’, assim como a mensagem seguinte onde consta ‘Agora vai melhorar’. Ao visualizar tal documento, apareciam fotos sensuais de mulheres negras”.
Medo do réu que é militar
“O trauma e o medo foram de tamanha intensidade que a vítima pensou em desistir da tão sonhada graduação, porém, por orientação de terceiros, acabou fazendo mobilidade de curso. Mas, ao final de seu depoimento [Elisângela] deixa expresso que teme que ISMAIL lhe faça algum mal, especialmente por este ser militar”, denunciou a promotora.
Os acusados são acusados de crime de racismo, previsto no artigo 20 da lei 7.716/989. Que prevê pena de 2 a 5 anos de prisão, além de multa.
O blog não conseguiu localizar os réus e a defesa deles para o contraponto até a conclusão dessa matéria. O espaço para manifestação deles continuará aberto.
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Vai ver que o milico réu foi influenciado por um certo capitão que se referiu ao peso de negros, em arroba, dentre outras idiotices manifestadas sobre os negros; tornando-se, também, réu por racismo.
Era pra ter mostrado o rosto dos réus. Já que são réus, não tem que existe regalias
Militares que mancham a corporação, em sua maioria formada por homens e mulheres decentes. Este militar deve cair fora da PM, expulso, pois lá não deve ser lugar de racistas e pessoas que praticam atos ilegais e imorais. Jeso, estamos esperando a fotografia com a identificação dos acusados de racismo. Será que são caucasianos?