Em 2023, o Pará exportou um valor acumulado de US$ 22,2 bilhões, fechando o período com uma variação positiva de 3,45% em relação ao ano anterior. Ao todo, foram exportadas 179 milhões de toneladas. Foi o maior exportador da região Norte e segundo maior da Amazônia Legal.
No ranking nacional, o estado ficou na terceira colocação em saldo, com US$ 20.345.715.389 bilhões, atrás de Mato Grosso e Minas Gerais, e manteve a sétima posição em valor exportado.
Nas importações, ficou na 17ª posição no país, com um valor de US$ 1.912.413.526 bilhões, 3.693.086 milhões de toneladas e queda de – 30,19%. Os dados são do Ministério de Estado do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, analisados e divulgados pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Pará (CIN/Fiepa).
Pós-pandemia
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De acordo com a coordenadora do CIN/Fiepa, com base nos resultados apresentados durante todo o ano, o consolidado de 2023 demonstrou uma recuperação da balança no período.
“Foi um período difícil para o comércio exterior em função de diversos fatores, entre os quais o de que o mundo ainda sente alguns reflexos da pandemia, no qual os países se voltaram mais para o seu mercado interno, valorizando seus produtos nacionais. Além disso, tivemos a crise interna no setor imobiliário pela qual passou a China, que é o nosso principal hoje comprador Internacional; além do cenário de guerra que gera incertezas e impacta negativamente a relação comercial entre os países. Apesar desses problemas, o Pará conseguiu fechar o ano com um resultado positivo, ainda que com uma margem pequena, nos surpreendendo positivamente”, afirma Lobato.
Mineração
No período, o setor mineral manteve 84% de participação nas exportações paraenses. Os destaques foram para o minério de ferro, que exportou mais de US$ 12.9 bilhões, apresentando uma variação positiva de 1,45% e mais de 161 milhões de toneladas que tiveram como principal destino a China; e o cobre que exportou mais US$ 2.452 bilhões e teve um crescimento de 41,15%, em comparação com o mesmo período do ano anterior, tendo como principal comprador a Alemanha.
Além da mineração, os outros produtos que fecharam em alta em 2023 foram a soja, que exportou US$ 1.657.078.513 bilhão, com 3.198.506 toneladas vendidas principalmente para a China, com um crescimento de 18,55% no período; o palmito, que apresentou uma variação positiva de 4,59%, com um volume de US$ 739.406 mil exportados principalmente para os Estados Unidos; e as sementes de gergelim, que apresentaram um crescimento de 355,28%, com um valor exportado de US$ 59.876.121 milhões, tendo como principal destino a Índia.
Para o presidente da Fiepa, Alex Carvalho, apesar dos números positivos na exportação, os resultados poderiam ser potencializados com uma maior verticalização da produção e por meio de investimentos em infraestrutura, pesquisa, inovação e qualificação de mão de obra.
“Entendemos que os resultados das exportações são positivos e trazem divisas importantes para o nosso Estado. Entretanto, do ponto de vista do setor industrial, não poderíamos deixar de lamentar o fato de que a economia paraense ainda é composta, quase que unicamente, pela venda de commodities, que são produtos de baixo valor agregado para o mercado internacional. São riquezas naturais do nosso estado que poderiam estar sendo transformadas em bens de consumo com retornos altamente relevantes para a nossa economia”, analisa Carvalho.
Destinos
Os principais destinos das exportações do Pará, de janeiro a dezembro de 2023, foram a Ásia, União Europeia, América do Norte e Oriente Médio, com um volume de negócios de mais de US$ 20 bilhões.
Da Ásia, o país que mais comprou do Pará está a China, com US$ 11.186.158.808 bilhões; do bloco da União Europeia, a Alemanha apresentou um acumulado de US$ 683.867.135 milhões; da América do Norte, os Estados Unidos importaram US$ 794.682.482 milhões; e do Oriente Médio, Omã foi responsável por US$ 273.578.668 milhões.
No cenário nacional, impulsionadas pelo setor mineral, as cidades paraenses que mais exportaram foram Parauapebas, com US$ 6.750 bilhões, e Canaã dos Carajás, com US$ 6.400 bilhões, ficando atrás apenas das cidades do Rio de Janeiro (RJ), Duque de Caxias (RJ) e Paranaguá (PR).
Além destas, também aparecem Barcarena (US$ 2.680 bilhões), Marabá (US$ 2.109 bilhões) e Paragominas (US$ 749 milhões). A capital Belém ficou em 12º lugar no ranking Brasil, com US$ 206.364.348 milhões, no seu valor total exportado no período de janeiro a dezembro de 2023.
No consolidado do ano, fecharam em baixa a madeira, com -39,39% e US$ 212.858.782 milhões exportados; os sucos de Frutas, com -1,14 % e US$ 73.287.463 milhões exportados; os peixes, com US$ 69.286.633 milhões exportados e queda de -11,49%. Outro produto que registou baixa foi a carne de bovinos, com -22,09% no período, e valor exportado de US$ 505.792.914 milhões.
Com informações e fotos da Fiepa
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