
Os negacionistas não se cansam de despejar artilharia para rejeitar, minimizar ou desacreditar evidencias científicas sobre as mudanças climáticas, em especial aquelas que indicam que o aquecimento global é causado pelas atividades humanas, incluindo a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento.
Como se não bastasse o questionamento de algo fartamente comprovado pelas evidencias científicas, os negacionistas escolheram um novo alvo para direcionar ataques e desinformações: o Curupira, ser lendário reconhecido por sua luta em defesa das florestas.
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Desde que foi escolhido como mascote da COP30, evento que será realizado no mês de novembro em Belém (PA), o Curupira tem sofrido todo tipo de ataque com informações falsas sobre suas características e missão:
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“Anda pra trás e põe fogo na floresta”, disse um deputado federal. Um artigo publicado na Folha de São Paulo nesta segunda-feira,7, afirma que a escolha do Curupira como mascote da COP30 foi um ato falho, “Com os pés virados ao contrário, o menino ardiloso deixa pegadas simulando que anda para frente quando caminha para trás.”
Ato falho cometem todos aqueles que desacreditam no impacto das mudanças climática no aquecimento do planeta; na contribuição humana no aumento da temperatura do planeta. Ato falho comentem aqueles que desconhecem as histórias e tradições, o folclore, os mitos e lendas da Amazônia.
O Curupira, entidade das matas com os pés virados ao contrário, continua a enganar aqueles que questionam sua relevância. Enquanto os negacionistas andam para trás, ele segue em frente com sua missão e propósito em defesa das florestas e da vida.

❒ Wildson Queiroz é pedagogo, historiador e professor. Membro do IHGTap (Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós), ex-secretário municipal de Cultura de Alenquer (PA), onde reside. É também fundador e atual presidente da Academia Alenquerense de Letras. Escreve regularmente no portal JC. Leia também dele: Por que Helder Barbalho transita no eixo Rio-São Paulo. E ainda: Os papagaios de Renato Sussuarana.
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