Curiosidades da Festa de Santo Antônio de Alenquer. Por Wildson Queiroz

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Curiosidades da Festa de Santo Antônio de Alenquer. Por Wildson Queiroz
Igreja matriz de Santo Antônio, em Alenquer (PA), padroeiro do município. Foto: Silvan Cardoso/JC
  • A devoção a Santo Antônio de Alenquer teve início em 1694 quando os padres capuchos da Piedade instalaram a missão de Santo Antônio do Surubiú as margens do rio Curuá.
  • Em 1701 o rei de Portugal autorizou a mudança da aldeia, que passou a ser localizada no local onde hoje está edificada a cidade, o início da povoação se deu nas imediações de onde está localizada a igreja matriz do santo.
  • A igreja de Santo Antônio recebeu o título de matriz após a visita do Bispo Dom Miguel de Bulhões no período de 13 à 17 de fevereiro de 1762.
  • A construção da atual igreja teve início em 1849, após a demolição da antiga igreja construída pelos indígenas, o prédio ficou pronto em 1870, mas a conclusão da parte interna só foi concluída em 1926 com a instalação de ladrilhos, estilo português, conforme está registrado no piso da igreja.
  • No dia 19 de junho de 1881 um incêndio atingiu o altar e algumas imagens, inclusive a imagem do padroeiro. As imagens danificadas foram levadas para Óbidos, onde foram restauradas.
  • Entre os anos de 1915 à 1917, a igreja passou por uma ampla reforma, em 1916, sob a coordenação monsenhor Secundo Bruzzo, a igreja foi totalmente iluminada com gás acetileno.
  • Os padres que ficaram mais tempo à frente da paróquia de Santo Antônio foram os padres João Cândido Rodrigues de Melo, vigário por 30 anos, de 1855 a 1885, ano em que faleceu, e Monsenhor Secundo Bruzzo, de 1900 a 1920.
  • O primeiro Círio de Santo Antônio ocorreu no ano de 1931, instituído e oficializado pelo vigário Frei Ambrósio Phillips Emburg. A imagem saiu da capela de São Benedito e seguiu até a igreja matriz.
  • A festividade com o maior tempo de duração aconteceu no ano de 1932, teve início em 13 e maio e encerramento em 13 de junho.
  • Em 1939 foram instalados para-raios na torre esquerda da igreja, no ano seguinte, a mesma torre desabou por conta de uma forte tempestade. Em 1955, Frei Guido coordenou os trabalhos de reconstrução da torre e instalou o sino.
  • Outra reforma aconteceu no ano de 1957, a igreja recebeu reparos e uma pintura nova para receber a ordenação Sacerdotal do Padre Raul Tavares, primeiro sacerdote alenquerense.
  • No ano de 1999, a imagem de Santo Antônio realizou uma peregrinação na capital do estado. Uma equipe da paróquia de Alenquer conduziu a imagem durante as programações religiosas em Belém.
  • Sempre houve uma preocupação com a existência de uma única imagem oficial de santo Antônio, por conta disso, no final da década de 1990 a professora Ilka Cabral encomendou uma nova imagem para ser utilizada como peregrina. A nova imagem tem características diferentes da utilizada no município e passou alguns anos apenas na própria igreja, somente em 2024 passou a ser oficialmente considerada imagem peregrina.
  • Em 2010 foi instituída a Caminhada de Fé de Santo Antônio com Nossa Senhora de Nazaré, com saída da localidade Km 15 e seguindo até a igreja matriz. A caminhada teve início na noite do dia 9 de junho e chegou na madrugada do dia 10 na igreja.
  • Em 2020, por conta da pandemia de Covid19, não houve arraial e a programação religiosa foi realizada com a matriz de portas fechadas, somente o celebrante, auxiliares e músicos participaram das celebrações de forma presencial.
  • No ano de 2024, a imagem de Santo Antônio passou por uma restauração completa, o trabalho foi realizado em Alenquer pelo artista Paulo Monteiro Junior, a batina do santo voltou a ter o tom marrom, símbolo dos franciscanos…
  • Neste ano de 2025, no dia 25 de maio, aconteceu o primeiro Círio Mirim. A imagem oficial de Santo Antônio saiu da igreja de São Sebastião e seguiu até a igreja matriz percorrendo o seguinte itinerário: 

Fontes: Revista Programa de Santo Antônio, de 1967 a 2024


Wildson Queiroz é pedagogo, historiador e professor. Membro do IHGTap (Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós), ex-secretário municipal de Cultura de Alenquer (PA), onde reside. É também fundador e atual presidente da Academia Alenquerense de Letras. Escreve regularmente no portal JC. Leia também dele: Por que Helder Barbalho transita no eixo Rio-São Paulo. E ainda: Os papagaios de Renato Sussuarana.

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