
O Pará tem, em média, 4 policiais militares para cada mil habitantes. Esse número é maior que a média nacional, de 2,9 para cada mil habitantes. Os números estão no levantamento Raio-X das Forças de Segurança Pública, lançado nesta terça-feira (27) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
É um índice considerado razoável, se comparado com o restante do mundo. Nos Estados Unidos, a porção média varia de 1,8 a 2,6, como mostra a Associação Internacional de Chefes de Polícia.
O Amapá ocupa o topo do ranking, com 10,8 policiais militares por mil habitantes, seguido pelo Distrito Federal (6,6) e Acre (5,7).
Tocantins (1,8), Paraná (2,0) e São Paulo (2,1) estão na outra ponta do ranking, entre os piores estados do país.
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Herança militarista
Mais policiais não significa, entretanto, mais segurança, conforme explica Renato Sérgio de Lima, presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). “No Amapá, por exemplo, há 4,2 policiais para cada mil pessoas, mas o estado tem a maior taxa de mortes violentas do Brasil”, explica.
“A alta mortalidade ali é puxada, em especial, pelo número de mortes decorrentes de intervenções policiais. O estado herdou características do militarismo e, por isso, tem a polícia que mais mata no Brasil. Na outra ponta, Santa Catarina, com 1,3 policiais militares por mil habitantes, tem a segunda menor taxa de mortes violentas intencionais. Lá, a PM passou por um processo de mudança completa da gestão da segurança, descentralizando batalhões e unidades de comando”.
Mais informações aqui.
O Pará tem duas cidades entre as 20 mais violentas do Brasil: Altamira e Itaituba.
Com informações de O Globo
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excelente comentário, Rainilson.
Isso colabora substancialmente para que o Estado (de maneira geral) se consolide como o maior violador de direitos, de acordo com os dados de várias pesquisas científicas.
Essas informações só confirmam a plena execução da necropolítica (política da morte), em detrimento da biopolítica (política da vida).
Os absurdos gastos com segurança pública deveriam, também, ser utilizados em saúde, educação, saneamento básico e outros.
Em nível municipal, por exemplo Santarém como centro regional, não temos nem um hospital municipal “de portas abertas” em pleno funcionamento. É a política neoliberal (estado mínimo).
Isso é um absurdo!
Daqui a pouco teremos eleições, arena adequada para mudarmos essa realidade.
Boa sorte a todos nós munícipes, que Deus nos proteja!!!
Ótimo comentário, recheado de informações e pontiagudos em oportunas reflexões.